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domingo, 31 de março de 2013

A frágil doçura do bolo de limão

Autor: Aimee Bendler
Edição: 2013, Março
Páginas: 350
ISBN: 9789898470768
Editora: Marcador

Sinopse:
Na véspera do seu nono aniversário, a delicada Rose prova o bolo de limão com chocolate que a mãe fizera e descobre ser dona de um dom mágico: consegue percecionar as emoções da mãe ao saborear aquela fatia de bolo. Para seu grande espanto, experimenta desespero na aparente alegria da mãe. Em pouco tempo, torna-se conhecedora de alguns segredos, daqueles que a maioria das famílias preferiria manter guardados: o afastamento do pai, a transgressão da mãe e o isolamento cada vez maior do irmão.

A minha opinião:
Um romance tocante e profundo que não nos deixa indiferentes. Há uma força em certas narrativas que mudam algo em quem os lê. Uma força nas palavras que provocam tensão e agitação inicialmente,  depois emoção, sentimentos e pensamentos que conduzem finalmente a reflexão e ação. Este é um romance assim. 

Rose Edelstein, personagem e narradora desta história enquanto criança de 9 anos e 12 e jovem de 17 anos mexe com tudo o que pacificamente acomodámos dentro de nós e sentimos surpreendentemente o impato de emoções como tristeza, vazio, solidão e simultâneamente ternura, doçura e compreensão através do seu relato pungente sobre a descoberta de que os alimentos lhe sabiam a sentimentos. Conseguia saborear os sentimentos que as pessoas não sabiam que estavam a sentir quando os preparavam ou confecionavam. Sabia demais. Demasiado para uma criança assimilar e processar e as suas palavras são de uma candura e singularidade que ... torna este romance absolutamente mágico e extraordinário

Numa cadência suave e fluída vai expondo as fragilidades do ser humano através dos elementos da sua família. Uma família igual a tantas outras, da classe média, mas em que nada é o que parece. A falta de comunicação e naturezas diferentes afastam-nos. Sentimentos profundos e recalcados, omissos e escolhas. Segredos que guardamos dentro de nós.

Um prazer de ler! Um romances de sentimentos e percepções. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Nas Asas da Memória



Autor: Sarah Sundin
Edição: 2012, Outubro
Páginas: 468
ISBN: 9789897260285
Editora: Quinta Essência

Sinopse:
O major Jack Novak nunca recusou enfrentar um desafio - até que conhece a enfermeira tenente Ruth Doherty. Quando Jack vai parar ao hospital do exército depois da queda de um avião, decide que a sua missão prioritária é conquistar o coração de Ruth. Não será fácil. Não só Ruth está concentrada no seu trabalho para poder sustentar a família, como carrega um segredo vergonhoso que a impede de entregar o coração a qualquer homem. À medida que o perigo e a tensão da Segunda Guerra Mundial aumentam, Jack e Ruth irão precisar um do outro mais do que nunca. Conseguirá Jack transpor as defesas dela? Ou estarão destinados a seguir caminhos diferentes.

A minha opinião:
O primeiro volume desta trilogia "Asas de Glória" agradou-me mais. Nas Asas do Amor pareceu-me mais verossímel e as personagens mais cativantes. Apesar de se tratar de uma trilogia, as histórias são independentes.
Recomeçando pelo fim, que foi o que fiz, vou desenvolver as razões porque este 2º livro não me agradou tanto como o anterior. Possivelmente como a expetativa era alta, o resultado seja pouco animador, mas é muito mais do que isso.

Cada um dos volumes desta trilogia é sobre o romance de um dos irmãos Novak,  filhos de um pastor protestante muito apegado à sua religião (tal como a autora) que se apaixonam enquanto combatentes  na 2ª Guerra Mundial. A temática agrada-me bastante mas o que me contrariou foi o excesso de religiosidade das personagens, mesmo supondo que em cenário de guerra a religião seja um fator preponderante. A autora descredibilizou as personagens no contexto da narrativa com o intuito de incutir mensagens de apego à fé em Deus.

Narrativa fluída mas muito descritiva, sem desenvolver o romance entre Jack e Ruth, o que dá algum destaque a personagens secundárias como Charlie e May que tem um envolvimento mais imediato e sentido. Emoção e drama surge quando Ruth tem de enfrentar um perigoso e charmoso predador e vigarista, mas fiquei em suspense sobre a guarda da irmã Maggie com a tia pouco escrupulosa.

Enfim, por tudo isto, uma leitura agradável mas que ficou áquem das minhas expetativas. Vou passar ao 3º e último volume "Nas Asas do Amanhã" para reencontrar romance e drama com Ray Novak. 

sábado, 23 de março de 2013

Fragmento

"Com o tempo sucede algo muito estranho.
Domina a nossa vida mais do que qualquer outra dimensão. Na verdade, tudo gira em torno do tempo que temos, o tempo que não temos, o tempo que nos resta. Esse é o tempo real. Um dia, dez meses, cinco anos. Mas depois está também o tempo que percebemos, que é o irmão caprichoso do tempo real. É o que faz com que uma hora de espera dure trinta e cinco minutos e que, por outro lado, a hora que nos resta para fazer uma coisa importante se veja reduzida num instante a oito minutos.
Escapa-nos, persegue-nos, e só existe um ponto no qual nós controlamos o tempo. São esses escassos momentos em que estamos imersos nele e por isso não o notamos. Então deixamo-lo em suspenso, detemos todas as pequenas rodas de engrenagem que encaixam tão bem umas nas outras, e vamos em ponto morto pela vida. 
São os momentos do amor."
(pag. 199)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Encontras-me no Fim do Mundo

Autor: Nicolas Barreau
Edição: 2013, Março
Páginas: 216
ISBN: 9789897260513
Editora: Quinta Essência

Sinopse:
Jean-Luc Champollion é aquilo a que os franceses chamam um homme à femmes. O encantador proprietário de uma galeria bem-sucedida ama a arte e a vida, é muito sensível ao encanto das mulheres, que de bom grado lho retribuem, e vive num dos bairros da moda de Paris, em perfeita harmonia com o seu fiel dálmata Cézanne. Tudo corre bem até que, uma manhã, Jean-Luc encontra no correio um envelope azul, e a sua vida muda para sempre. A missiva é uma carta de amor, ou melhor, uma das declarações de amor mais apaixonadas que o galerista já viu, mas não vem assinada: a misteriosa autora decidiu esconder-se e convida-o a descobrir quem é. Jean-Luc fica inicialmente confuso, mas decide alinhar. A remetente anónima forneceu-lhe um endereço de e-mail e desafia-o a responder. Mas a tarefa não é fácil. Em breve, Jean-Luc tem apenas um objetivo: descobrir a identidade da caprichosa desconhecida, que parece conhecer muito bem os seus hábitos e gosta de o provocar incessantemente. Assombrado pelas suas palavras, Jean-Luc segue as pistas dispersas na correspondência, cada vez mais incapaz de resistir à mais doce das armadilhas. O objeto da sua paixão existe apenas no papel e na sua imaginação, mas ele sente conhecer melhor esta mulher do que os quadros expostos na sua galeria, mesmo que nunca tenha visto o seu rosto. Ou será que viu?

A minha opinião:
Com Nicolas Barreau viajamos até ao fim do mundo para encontrar a felicidade... das personagens.


"Às vezes olha-se para uma coisa cem, mil vezes, antes de verdadeiramente a vermos pela primeira vez".
Christian Morgensten

Com esta pequena nota de abertura, perspetiva-se que a principal personagem masculina, Jean-Luc -Le Duc não via o óbvio. Um grande amor mesmo debaixo do seu nariz. Mas também o leitor não o vê porque fica tão embrenhado e enredado na trama que não consegue senão sentir empatia, comoção e ternura pelo Jean-Luc que se apaixona pelas belas palavras (em detrimento da imagem) da sua misteriosa, inteligente e  enigmática Principessa que elege o estilo da literatura francesa do século XVIII para o seduzir. Afinal, "O mistério eleva o normal à categoria de extraordinário""A razão procura mas é o coração que encontra" .

Não é um tema novo mas depende da arte do autor para ser bem sucedido e com este romance passou-se o mesmo do que com o anterior. Fiquei seduzida e rendida desde as primeiras páginas deste pequeno romance. O autor é um exímio contador de histórias que enternecem e divertem sem nunca quebrar o ritmo ou a fluência tal é a vivacidade da narrativa e o encanto das personagens. E sempre em Paris. Que cenário maravilhoso, com cafés, restaurantes, bares e hotéis e outros recantos pitorescos e reais que nos fazem viajar, sonhar e espantar entre páginas.

Simplesmente maravilhoso e irresistível. Amei.   

segunda-feira, 18 de março de 2013

O Canto de Aquiles

Autor: Madeline Miller
Edição: 2013, Fevereiro
Páginas: 344
ISBN: 9789722525541
Editora: Bertrand
 
Sinopse:
Aquiles, «o melhor dos gregos», filho da cruel Tétis e do lendário rei Peleu, é forte, veloz e belo – irresistível para todos aqueles que o conhecem. Pátroclo é um jovem príncipe inábil, exilado na sequência de um ato de grande violência. Criados juntos por uma questão de circunstâncias, constroem uma ligação inseparável, mas arriscam a ira divina.
São treinados pelo centauro Quíron nas artes da guerra e da medicina, mas, quando chegam os rumores de que Helena de Esparta foi raptada, todos os heróis da Grécia são convocados para cercarem a cidade de Troia. Seduzido pela promessa de um destino glorioso, Aquiles junta-se à causa e Pátroclo, dividido entre o medo e o amor pelo seu amigo, segue-o. Mal sabem eles o que as cruéis Moiras lhes reservam…
Este livro de Madeline Miller, que conquistou o prestigiado Orange Prize 2012, é uma releitura fascinante da lenda do guerreiro Aquiles.
 
A minha opinião:
Este romance atraiu-me desde o primeiro momento que o vislumbrei nas prateleiras de uma livraria. Tudo nele apelava à mitologia grega, com Aquiles e a guerra de Troia. Profecias, mitos e lendas pejados de herois, reis e deuses que lemos e relemos em variadissimas e fascinantes versões. A versão aqui apresentada é de Patróclo como narrador e personagem.
 
Esta é uma estreia gloriosa de uma autora a não esquecer se mantiver este elevado nível de escrita e de construção de personagens. Narrativa vibrante de uma epopeia que certamente todos conhecemos mas, numa escrita suave, cristalina e veloz.  Para além da ação e suspense, temos um amor intemporal em que todas as personagens aparecem com outro colorido e brilhantes de humanidade, como se as reconhecessemos mas renascidas. Certamente que Madeline Miller escreveu com paixão.
 
"Quanto maior o monumento, maior o homem. A pedra que os gregos extraem para o seu túmulo, enorme e branca, estende-se até ao céu. Tem uma inscrição: AQUILES. Será erguida em memória dele e dirá a quem passa: ele viveu e morreu, e vive de novo na recordação."
(pag. 329)
"...Mas a fama é uma coisa estranha. Alguns homens só alcançam a glória depois de morrerem, enquanto a memória de outros se desvanece. O que é admirado numa geração é abdominado na outra. - (Ulisses) Abre as suas mãos largas e prossegue: - Não podemos dizer quem sobreviverá ao holocausto da memória. Quem sabe? Talvez um dia até eu seja famoso. Talvez mais famoso do que tu - concluiu com um sorriso."
(pag. 334) 
 
Um romance surpreendente e justo merecedor de destaque.
Um prazer de ler.

domingo, 10 de março de 2013

Primeira Campa à Direita

Autor: Darynda Jones
Edição: 2013, Fevereiro
Páginas: 272
ISBN: 9789724248271
Editora: Círculo de Leitores
 
Sinopse:
Charley Davidson, investigadora privada a tempo parcial e ceifeira negra a tempo inteiro. Quer dizer que vê os mortos. Vê mesmo. E a função dela é convencê-los a "irem para a luz". Mas quando esses mortos muito mortos morreram em circunstâncias pouco ideais, querem que Charley entregue os maus à justiça. Para complicar, tem andado a ter uns sonhos muito sensuais com um ser que a tem seguido toda a vida...
Com tensão ao rubro e humor a rodos, Primeira Campa à Direita é o passaporte para momentos de suspense da melhor qualidade.
Num enredo repleto de humor, sensualidade e suspense, Darynda Jones criou uma série de cinco audaciosos thrillers. Primeira Campa à Direita, o primeiro da série, coloca-nos face a uma ambiguidade constante entre o bem e o mal, entre a vida e a morte, entre o desejo de ajudar e a força maligna que sempre acompanha (e tenta) Charley, a protagonista.


A minha opinião:
Agora que o terminei de o ler, posso garantir que este livro me divertiu imenso. Sarcasmo, insolência e malicia são as carateristicas da principal personagem e narradora Charley Davidson. Com um dom extraordinário e uma desenvoltura invulgar, ela desdobra-se em várias atividades com o apoio ou atrito de outras personagens, sejam elas incorpóreas ou corpóreas.

Narrativa repleta de acção e diálogos, mistura de paranormal, policial, suspense e humor. A nota dominante é o humor. Mantive um sorriso parvo no rosto porque apesar do suspense com os crimes a desvendar, as situações de violência infringidas ao Reyes ou a violência doméstica do caso como detetive privada, a atitude de "Dutch"/ Charley é arrojada, interventiva e sempre sarcástica. Mesmo tendo sido vitima de descriminação e rejeição devido às capacidades que possuia.
 
O tio e o pai são os tradicionais policias duros que atingiram o topo da carreira graças ao elevado número de crimes que resolveram (à conta da participação de Charley). O pai, como é óbvio, quando se retirou montou um bar fantástico.

Vibrante e com um ritmo rápido, é uma ficção bem contada e bem estruturada, um tanto jovial (talvez esteja a desvalorizar o conteúdo em prol do formato), mas que bem que  me soube lê-lo. Um livro perfeito para dias de mau humor e neuras. Dias de trovoada também estão incluídos neste pacote.

Recomendo até porque desejo ler os próximos livros sobre a Ceifeira Negra e o misterioso e sexy "mauzão". 


sábado, 9 de março de 2013

Nada é por acaso

Autor: Zibia Gasparetto
Edição: 2012, Novembro
Páginas: 306
ISBN: 9789896681722
Editora: Nascente (uma chancela 20|20)

Sinopse:
Adele, uma empresária de sucesso, precisa de um neto para manter o controlo das suas empresas. Mas a sua filha, Maria Eugénia, é estéril. Adele contrata, então, Marina, licenciada em Direito e à procura de emprego, para ser mãe de aluguer. Marina terá de engravidar de Henrique, genro de Adele, e em troca receberá 1 milhão de dólares. Inicialmente constrangida pela insólita proposta, Marina acaba por aceitar, aliciada pela súbita prosperidade financeira que lhe permitirá ajudar a sua própria família.
É nesse momento que se inicia um processo que mudará a vida de todos os envolvidos – uma mulher estéril, uma mãe de aluguer, um pai biológico e uma empresária dominadora –, convergindo para um emocionante final, absolutamente surpreendente.

A minha opinião:
Pode parecer estranho, até para mim, mas gosto de abranger várias vertentes "literárias". Depois de um romance de afetos - sentimentos, e outro sobre uma relação essencialmente fisica e sexual, decidi-me a ler um romance sobre a óptica da espiritualidade e reencarnação. Conceitos diferentes sobre assuntos triviais mas para os quais eu mantenho a mente aberta. Reservo-me algumas dúvidas, que a racionalidade se impõe e desse modo, podemos considerar esta obra como fição, ou absorver e reconfortarmo-nos com a fé de que Nada é por acaso.
Para o perceber basta averiguar os dados biográficos desta autora brasileira.
... Zibia Gasparetto aprendeu a ler aos quatro anos e, aos oito, passava horas sentada a escrever histórias. Parou de escrever na adolescência e só viria a retomar a escrita sob a forma de psicografia quando as suas faculdades mediúnicas surgiram.
Influenciada por espíritos comunicantes, Zibia Gasparetto é hoje uma autora de referência no mundo da espiritualidade e um fenómeno literário.

Uma escrita tão simples e despretensiosa que está ao alcance da compreensão de todos. Narrativa leve e ritmada, com muitos diálogos (alguns dispensáveis por serem redundantes) . Notei que algumas páginas sairam da sequência narrativa (pags. 160/167) e saltaram para capítulo anterior.

A sinopse reporta a um outro assunto com menos impato do que o expetável - o das barrigas de aluguer. Polémico, mas com personagens tão sãs e iluminadas pela sua conduta e discernimento que os desafios que enfrentam são fácilmente superados com alguma ajuda.

Enfim, tudo tem os seus momentos e este livro também mereceu o meu tempo de o ler.

domingo, 3 de março de 2013

Rendida

Autor: Sylvia Day
Série: Crossfire (vol.1)
Edição: 2012, Outubro
Páginas: 352
ISBN: 9789897450006
Editora: 5 Sentidos

Sinopse:
Gideon Cross apareceu na minha vida como uma luz na escuridão.
Um homem lindo, fascinante, um pouco louco e muito sedutor.
A atração que sentia por ele era diferente de tudo o que tinha experimentado até então. Eu desejava-o como a uma droga que me enfraquecia dia após dia.
Gideon encontrou-me fragilizada e carente e entrou facilmente na minha vida.
Descobri que também ele tinha os seus próprios demónios. Tornámo-nos o espelho um do outro; éramos o reflexo das nossas mais profundas cicatrizes e... desejos.
Este amor transformou-me, mesmo que ainda hoje continue a rezar para que os pesadelos do passado não voltem para nos atormentar.

"Sendo verdade que Rendida tem muito em comum com As cinquenta sombras de Gray, Rendida é uma história mais completa, mais bem escrita. As personagens são mais sólidas e o enredo é mais sensual. É um romance erótico que não pode perder" (Romance Novel News)

A minha opinião:
Não estabeleço termos de comparação com "As cinquentas sombras de Grey" porque não o li. Ainda!

Depois do último romance que li, tão terno e idilíco, este foi certamente o reverso. O que atraiu as personagens não foi o muito que partilhavam de emoções e sentimentos, mas uma poderosa atração fisica que os levou a um fogosa e volátil relação em que o sexo era o culminar de tanta tensão. Muitas páginas com uma letra miudinha que descrevem atos sexuais, ou não fosse esta uma ligação carnal.

Um romance da nova vaga em que a imagem, o sucesso e o luxo são sobrevalorizados. Personagens fantásticas. Muito ricos e muito belos, jovens e poderosos. Uma elite. Um conto de encantar dos tempos modernos não fosse o vazio e a dor de vidas destroçadas que o dinheiro não pode resolver exceto com recurso a bons terapeutas.

Escrita fluída e com muito calão para narrar uma relação conturbada em que o sexo é uma forte componente, o que é plausível, mas sobre o qual se vão revelando tabus e traumas que prendem o leitor. Nada de chocante porque o sexo é consensual e não violento ou sadomasoquista.

Leitura viciante mas pouco substancial. Entretenimento.