Edição: 2003/ outubro
Reimpressão: 2016
Páginas: 440
ISBN: 972-41-3575-6Páginas: 440
Editora: ASA
Sinopse:
Teresa Mendoza. Uma mulher solitária que constrói um império a partir do nada, num mundo implacável inteiramente dominado por homens, o mundo do narcotráfico. Uma história de corrupção, amor e morte que nos revela o que de melhor e de pior existe no ser humano. Teresa vê-se forçada a fugir do México quando o namorado, que trabalhava para um cartel de droga, é assassinado. Este vai ser o momento de viragem da sua vida. Pobre e analfabeta, estava longe de imaginar que acabaria por se converter numa lenda do narcotráfico espanhol. No final, aquela que regressa à sua terra natal para ajustar contas com o passado será uma Teresa muito diferente da que fugiu doze anos antes.
A minha opinião:
Arturo Pérez-Reverte, escritor espanhol conta a história da Rainha do Sul. O corrido de Teresa Mendoza. Uma mulher complexa que se observava de longe nas situações de maior perigo. Os homens da sua vida Guero e Santiago determinaram o seu destino quando teve que correr para se salvar. Acabou presa bem longe da sua terra onde conheceu uma mulher, a Tenente O'Farrell que a instruiu. Depois, foi muito esperta, correu riscos e montou uma poderosa rede de transporte de droga por mar ou ar. Tornou-se uma lenda e uma mulher muito solitária e culta.
Uma história exaustivamente detalhada e completa como se de uma reportagem se tratasse em que não faltaram entrevistas que o jornalista e narrador apurou em três continentes sobre doze anos da vida de Teresa Mendoza. Bem escrita e repleta de peripécias e aventuras. Uma leitura mais profunda e séria sobre um mundo real que o autor parece conhecer bem. Uma leitura em dois tempos mas com uma ordem cronológica crescente, e com dois ritmos, mais lento com a protagonista ou mais rápido com as entrevistas.
Um livro que vale a pena ler ou reler, uma vez que foi reeditado com nova apresentação.
De referir, o elogio recorrente que o autor faz à leitura com Teresa "que verificou que aquilo que não era mais do que um objeto inerte de papel e tinta ganhava vida quando alguém passava as suas folhas e percorria as suas linhas, projectando aí a sua existência, as suas inclinações, os seus gostos, as suas virtudes ou os seus vícios.
(...)
E que cada livro lido é, como cada ser humano, um livro singular, uma história única e um mundo à parte." (pag. 194)
"Às vezes interrogo-me como conseguem superar as coisas, aqueles que não lêem." (pag. 167)
Sem comentários:
Enviar um comentário