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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Uma Educação

A minha opinião:
Não imaginei que esta biografia de Tara Westover fosse tão dura. Incomodou-me muito. Difícil ler quando a brutalidade e a humilhação são recorrentes perante o temor e a passividade impotente, vindo de quem devia proteger. O fundamentalismo e a loucura. Sete filhos numa família Mórmon em Idaho. Tara é uma das mais novas a lutar, sem acompanhamento médico ou uma educação formal para sair daquele ambiente e sobreviver. Quando pensava que já conhecia o pior surge uma nova ameaça. Manipuladora e controladora.
Em suma, uma família em que havia Amor, temor e perda. E culpa... com personalidades fragmentadas. 

O comportamento ambíguo de Tara na segunda e terceira parte deste livro, quando já sabia a verdade, levou-me a questionar também a sua sanidade mental. E se a realidade não se confundia com a ficção. Mas não. Este é um bem escrito testemunho, poderoso e corajoso, sobre uma família que queria anular uma verdade incómoda. 

Autor: Tara Westover
Páginas: 376
Editora: Bertrand Editora
ISBN: 9789722533799
Edição: 2019/ setembro


Sinopse:
Tara Westover cresceu a preparar-se para o Fim dos Tempos, para ver o Sol escurecer e a Lua pingar, como que de sangue. Passava o verão a conservar pêssegos e o inverno a cuidar da rotatividade das provisões de emergência da família, na esperança de que, quando o mundo dos homens falhasse, a sua família continuasse a viver.
Não tinha certidão de nascimento e nunca pusera um pé na escola. Não tinha boletim médico, porque o pai não acreditava em médicos nem em hospitais. Não havia quaisquer registos da sua existência.
O pai foi ficando cada vez mais radical com o passar do tempo, e o seu irmão, mais violento. Aos dezasseis anos, Tara decidiu educar-se a si própria. A sua sede de conhecimento haveria de a levar das montanhas do Idaho até outros continentes, a cruzar os mares e os céus, acabando em Cambridge e Harvard. Só então se perguntou se tinha ido demasiado longe. Se ainda podia voltar a casa.

Uma Educação é a história apaixonante de uma mulher que se reinventa. Mas é também uma história pungente de laços de família e de dor quando esses laços são cortados. Com o engenho dos grandes escritores, Tara Westover dá forma, a partir da sua experiência singular, a uma narrativa que vai ao cerne do que é a educação e do que ela nos pode oferecer: a perspetiva de ver a vida com outros olhos e a vontade de mudarmos.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Conduz o Teu Arado sobre os Ossos dos Mortos

A minha opinião:
Brilhante. Nenhum outro adjetivo me ocorre para descrever numa palavra este romance. 

A imagem de capa e o título incomoda. Certamente era esse o propósito da autora quando o escolheu dum excerto de um poema de Blake. E faz todo o sentido. Os que ousam ler este romance vão descobrir uma personagem que me encantou e me deu imenso gozo desde o início.  Uma revelação. A riquissima vida interior e inteligência desta mulher que tem teorias diversas e bem humoradas mas que oculta uma grande mágoa. E um grande coração. Poucos eram os que a conheciam, apesar de ela cuidar do bem comum, mas esses amavam-na profundamente.

Poderia ser um romance tétrico, macabro ou negro mas com uma personagem luminosa como a Janina D... (o apelido é impronunciável como o da autora) seria difícil. Há mortes. Há um assassino que a velha senhora pretende desvendar e para isso usa a Astrologia. 

Um livro perturbador e subtil que marca. Um livro com mensagem que se deseja que faça eco em muitas consciências. Um livro especial. Justo prémio Nobel. Quem escreve assim, merece. 

Autor: Olga Tokarczuk
Páginas: 288
Editora: Cavalo de Ferro
ISBN: 9789896686673
Edição: 2019/ novembro


Sinopse:
Numa remota aldeia polaca, a excêntrica Janina Duszejko, professora reformada, divide os seus dias a traduzir a poesia de William Blake e a observar os sinais da astrologia, fazendo por manter-se afastada das pessoas e próxima dos animais, cuja companhia prefere; mas a pacatez dos seus dias vê-se interrompida quando começam a aparecer mortos vários membros do clube de caça local. Certa de encontrar respostas, Janina decide lançar-se na investigação do caso, chegando a uma estranha teoria que espalhará o terror pela comunidade.

Sob a máscara de policial noir ou fábula macabra, Conduz o Teu Arado Sobre os Ossos dos Mortos é um romance mordaz e desconcertante que questiona a nossa posição acerca dos direitos dos animais e responsabilidade sobre a natureza, bem como todas as ideias preconcebidas sobre a loucura, a justiça e a tradição.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Chegada a Hora

A minha opinião:
Depois de ler cinco das Crónicas de Clifton, não fico surpreendida com a narrativa em que alternadamente cada uma das personagens revela de si num enredo que evolui ao longo do Sec. XX. Ainda assim, sou surpreendida pelas reviravoltas da trama na vida das personagens, principalmente daquelas que gosto neste sexto volume. Os vilões, também não param de surpreender, com o nível de avidez  e os requintes de malvadez que conseguem atingir. Quando pensamos que foram derrubados, eles reagrupam e voltam a investir. Não tendo uma escrita brilhante, é acessível, e a história está tão engendrada, na dose certa de drama, intriga e estratégia, que é uma leitura entusiasmanate e viciante. Muitos devem ser os leitores que os lêem todos de seguida.

"Um livro que traga felicidade às gerações vindouras, cuja reputação sobreviva a qualquer lista de best-sellers e te possibilite fazer parte do punhado de autores cujos nomes nunca morrerão." (pag. 225)

Autor: Jeffrey Archer
Páginas: 448
Editora: Bertrand Editora
ISBN: 9789722534499
ReEdição: 2017/ outubro

Sinopse:
Chegada a Hora é o penúltimo livro das Crónicas dos Clifton e, à semelhança dos anteriores, todos eles nº 1 do top britânico, mostra o extraordinário talento de Jeffrey Archer como contador de histórias. O bilhete de suicídio com que abre este livro tem consequências arrasadoras para Harry e Emma Clifton, assim como para Giles Barrington e Lady Virginia. Giles tem de decidir se vai desistir da política para tentar salvar Karin, a mulher que ama, do outro lado da Cortina de Ferro. Mas será que Karin o ama de facto ou será uma espia? Lady Virginia está arruinada e só encontra uma solução para os seus problemas financeiros quando conhece Cyrus T. Grant III, um americano que está em Inglaterra para ver o seu cavalo correr no Royal Ascot. Sebastian Clifton é agora CEO do Farthings Bank, uma posição que absorve todo o seu tempo e energia. Até conhecer Priya, uma bela jovem Indiana que já tem noivo escolhido pelos pais. Harry Clifton continua decidido a tirar Anatoly Babakov de um gulag na Sibéria, mas eis que acontece algo inesperado, que nenhum dos dois poderia ter previsto.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

O Mar por Cima

A minha opinião:
Possidónio Cachapa é um dos autores portugueses que mais gosto. A escrita é ágil e irreprensível. E a história não falha. Mesmo que custe. Aqui, recria, o ambiente de uma ilha dos Açores, com tal eficiência que sinto a claustrofobia de estar confinada.

"O que sabem as crianças que sejam capazes de pôr em palavras? Aos meninos, só se permite serem depositários de segredos duros."

Um romance forte que confirma o que já sabia. A capacidade de revelar, o bom e o mau da natureza humana, com ou sem fantasia, em histórias que fazem estremecer com o peso do mar por cima. Tanto sentimento e dor num romance de beleza impar de que não se consegue apartar. Um romance que só um grande escritor de alma lusa seria capaz de realizar. 

Dois meninos, David e Ruivo, não se esquecem. Duas personagens puras num microcosmos em que o amor não se compreende quando não se recebe. 

Autor: Possidónio Cachapa
Páginas: 288
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9789896652166
ReEdição: 2017/ junho

Sinopse:
Romance de uma intensidade crua e feroz, vagando entre as ondas e o verde dos Açores.

O mar por cima é um desafio à nossa visão do mundo, do indivíduo e do amor. 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

As Ilhas dos Pinheiros

A minha opinião:
Muito louco.
Ora vejamos, Gilbert Silvester teve um sonho e por isso viajou para longe de tudo o que sempre estivera habituado. O Japão. Terra do chá. Neste desatino, encontra um jovem suicida. Um bloqueio impediu um bom desempenho nos exames e a vergonha dos pais, pelo que se decidiu a adquirir o manual do suicida para executar o seu. 

Duas personagens distintas em conflito com o seu Eu. Duas culturas. E tanto para refletir nesta diferenciada forma de estar na vida numa narrativa quase delirante, ao qual não me consegui apegar. 
Reconheço o seu mérito mas ... não foi para mim.

Autor: Marion Poschmann
Páginas: 152
Editora: Relógio D'Água
ISBN: 9789896419714
Re-Edição: 2019/ Novembro

Sinopse:
Gilbert Silvester, professor associado e investigador no campo da pogonologia, no âmbito de um projeto universitário financiado com fundos externos, está em choque. Na noite passada sonhou que a sua mulher o anda a enganar. Num absurdo ato irrefletido, decide deixá-la, apanha o primeiro voo intercontinental disponível e viaja até ao Japão, para conseguir ganhar distanciamento.

Aí chegado, toma contacto com as descrições das viagens do poeta clássico Basho e passa então a ter um objetivo: à semelhança dos antigos monges itinerantes, também ele quer agora ver a Lua sobre as ilhas dos pinheiros. Ao empreender o percurso tradicional seguido nessas peregrinações, pensa distrair-se com a observação da natureza e assim resolver a agitação que internamente o perturba.

Antes sequer de começar, depara-se com um estudante, Yosa, cuja leitura de viagem é The Complete Manual of Suicide.

Um romance de magistral desenvoltura: profundo, repleto de humor, cativante, comovente. No Japão, terra do chá, mistu- ram-se a luz e a sombra, o superego freudiano e os sombrios deuses do xintoísmo. E, uma vez mais, coloca-se a velha questão: não passará a vida, no fim de contas, de um sonho?

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Não Chames Noite à Noite

A minha opinião:
O último livro que li descreve com rigor o ambiente frio,  belíssimo e mortal das montanhas de neve, enquanto neste romance temos o deserto. Antiquíssimo, impassível, límpido. E a solidão. O elemento comum nestas paisagens.

Amos Oz é um nome sobejamente conhecido. Israelita, como rápidamente percebi na narrativa em que um casal disseca a aridez do seu quotidiano numa relação sem filhos em que alternadamente dão testemunho do seu sentir. Sentem muito, comunicam pouco.

As primeiras páginas não me entusiasmaram, apesar de ser o tipo de história que aprecio. As personagens Theo e Noa não me agradaram. Aliás, irritaram-me naquela "dança cega", o que me fez perceber que estava envolvida. E...não amei.
A narrativa, bem detalhada, passa ao leitor a percepção do que se passava naquela pequena localidade. Leitura que desconcerta e inquieta. 

Autor: Amos Oz
Páginas: 272
Editora: Dom Quixote
ISBN: 9789722069106
Re-Edição: 2019/ Novembro

Sinopse: «Afinal, ninguém sabe nada sobre ninguém. E ainda por cima, do que menos se sabe é do amor.»

Em Tel Keidar, uma pequena cidade situada junto ao deserto do Neguev, a morte brutal de um jovem adolescente, possivelmente por overdose, vai interferir no equilíbrio íntimo do casal Theo e Noa, fragilizado pela diferença de idades, pela ausência de filhos, pelo tédio e pela incomunicabilidade.

Com um virtuosismo inexcedível, Amos Oz faz alternar essas duas vozes narrativas, a de Theo e a de Noa, juntando-lhes ainda a do narrador, cronista anónimo que por vezes cede a palavra ao «coro» dos habitantes da cidade.

Assim, como que reunindo progressivamente todas as peças de um puzzle, o autor revela-nos a intimidade mais profunda de dois seres, ao mesmo tempo que retrata as tensões de uma pequena comunidade, recheada de personagens excessivos e pitorescos.

Não Chames Noite à Noite é uma preciosa sinfonia de humanidade em que Amos Oz explora com incomparável discernimento as possibilidades - e os limites - do amor e da tolerância.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Uma vida inteira

A minha opinião:
Uma vida inteira, tão longa, de Andreas Egger. Uma história de vida contada com desvelo.

Solitário e resignado, tantas vezes desesperado, viveu em comunhão com a natureza num vale isolado, que gradualmente mudou com o progresso.

A escrita belíssima e simples humaniza este homem que parece fazer parte daquela fria paisagem. Um homem que difícilmente se esquece e era apenas um homem vulgar. Um homem que sobreviveu. Afinal, um homem excepcional.

Temia ler este livro, que imaginava de emoções fortes, ainda que soberbo. Li-o no momento certo e apreciei cada palavra. 
(Parabéms Tania Ganho pelo excelente trabalho).

"Pode-se comprar as horas a um homem, pode-se-lhe furtar os dias ou roubar-lhe a vida inteira, mas ninguém pode tirar a nenhum homem um simples momento. É assim a vida." (pag. 39)

Autor: Robert Seethaler
Páginas: 120
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03230-0
Edição: Outubro, 2019

Sinopse:
Quando Andreas Egger morre, leva consigo as memórias de uma vida inteira. Uma existência de enorme simplicidade, inocência e beleza, nas montanhas alpinas para onde foi mandado aos quatro anos, depois de ficar órfão.

A seguir ao silencioso espanto que dele se apodera quando vê pela primeira vez a aldeia que passará a ter como sua, conhece os maiores sofrimentos às mãos do agricultor encarregado de tomar conta dele. Embora fisicamente marcado, Egger é resiliente e acaba por encontrar o seu lugar na vertente nevada onde erige a sua vida. É ali que encontra um trabalho que o liga ao mundo e ao progresso e que conhece Marie, a mulher que amará para sempre. Mas é também ali que vê tombar os que constroem a modernidade, manchando com sangue a alvura da neve.

A vida simples de Egger na solidão da montanha acompanha as mudanças que o mundo conheceu ao longo do século XX. De todas ele fez parte, quer enquanto soldado na Segunda Guerra Mundial, quer como espectador da alunagem, quer servindo de guia turístico do lugar que o adotou.

Em Uma Vida Inteira, o leitor encontra isso mesmo: um comovente retrato do que cabe nos anos que passam entre o primeiro sopro de vida e o último fechar de olhos. Com uma prosa simples, mas incrivelmente enternecedora, este pequeno romance é um brilhante passeio pela vida, que não deixará ninguém indiferente.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Os Despojos do Dia

A minha opinião:
Romance de um autor galardoado em 2017 com o prémio Nobel, sucessivamente adiado, até me deparar com ele ao arrumar um outro livro na estante. Achei que era uma aposta segura para este início de ano.

A escrita requintada convence mas o enredo introspectivo de Stevens, mordomo que reflete sobre o passado nos muitos anos em que serviu um distinto cavalheiro que acreditava ter grande estatura moral como condição prévia de grandeza, não me entusiasmou por aí além.~O narrador protagonista desfia recordações em que analisa a sua relação com os outros, principalmente com a governanta com quem manteve uma relação ambígua. Iníbido emocionalmente é devotado à profissão que tudo justifica. No fim, é feito um balanço honesto e bem desenvolvido sobre como vivemos e encaramos o passado. 

Um livro que não nos deixa indiferentes, mas não teve em mim o impacto que antecipava. Esperava mais. 

Autor: Kazuo Ishiguro
Páginas: 256
Editora: Gradiva
ISBN: 9789726622093
Edição: 2017/ Outubro

Sinopse:
Durante um passeio pelo campo, após trinta anos de serviço em Darlington Hall, Stevens, o mordomo perfeito, reflecte sobre o passado, num esforço de se convencer de que serviu a Humanidade servindo um «grande homem», Lord Darlington. Mas as recordações suscitam-lhe dúvidas quanto à verdadeira «grandeza» de Lord Darlington e dúvidas ainda mais graves quanto à natureza e ao sentido da sua própria vida...

Os Despojos do Dia é um estudo psicológico magistral e um retrato de uma ordem social e de um mundo em extinção, insular, pós-Segunda Guerra Mundial. «Os Despojos do Dia é um livro de sonho. Uma comédia de costumes que evolui magnificamente até se tornar um estudo profundo e tocante sobre a personalidade, a classe e a cultura.»

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O Que Sabe o Vento

A minha opinião:
Não iria ler este livro se uma boa amiga não me tentasse. Há livros assim, que passam por nós sorrateiramente até que nos caem ao colo e é uma surpresa tão grande que deslumbra.

O IRA (Exército Republicano Irlandês) é parte da história na perspetiva de uma das personagens. Uma história sobre o amor. Magia. História. 

Apesar de ter uma grande dose de fantasia é um bestial romance histórico que toca a autora de uma forma muito pessoal mas o seu propósito maior é levar o leitor a um maior respeito pelos homens e mulheres que vieram antes e o seu desejo e a sua luta para tornar este mundo melhor. Admirável e plenamente conseguido. Além de que, a história de amor intemporal de fundo é extraordinária. 

Um romance que prezo e vou guardar com muito carinho. Muito me ensinou.

Autor: Amy Harmon
Páginas: 416
Editora: TopSeller
ISBN: 9789896686598
Edição: 2019/ Setembro

Sinopse:
«Só o vento sabe o que verdadeiramente vem primeiro.»

Anne Gallagher cresceu encantada pelas histórias do avô acerca da Irlanda. Destroçada pela morte dele, viaja até à sua casa de infância para espalhar as cinzas do avô no lago Lough Gill. Aí, invadida pelas lembranças do homem que adorava e consumida pela história que nunca conheceu, vê-se levada para uma outra época.

A Irlanda de 1921, à beira de uma guerra civil, é um sítio turbulento e instável… Mas é lá que Anne inesperadamente desperta, desorientada, ferida e ao cuidado do Dr. Thomas Smith, o homem que a resgatou do invulgar acidente que sofreu e que é tutor de um rapazinho que lhe é estranhamente familiar. Confundida por todos como a mãe perdida do rapaz, Anne adota a sua identidade, convencida de que o desaparecimento dessa mulher está ligado ao seu.

Com a tensão a escalar no país, levando Thomas a juntar-se à luta pela independência da Irlanda, Anne vê-se arrastada para o confl ito e percebe que vai ter de decidir se estará disposta a desistir da vida que conhecia por um amor que nunca pensou vir a encontrar. Mas será mesmo dela a escolha?

Numa inesquecível história de amor, a viagem impossível de uma mulher através de décadas pode mudar tudo…

Top 10 de leituras em 2019 (sem nenhuma ordem específica)








OS LIVROS QUE MARCARAM E NÃO VOU ESQUECER!