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terça-feira, 31 de março de 2020

A Luz sobre as Trevas


A minha opinião:
Comprei este livro num impulso. A capa é linda mas romances históricos que muito ensinam não é o meu género de leitura habitual. Vi um único post, muito elogioso. 
 
As primeiras cem páginas são enquadramento histórico daquele período tenebroso em que a guilhotina era a voz dos revoltosos e a batalha de Valmy o início da ação e da intriga em torno da defesa dos valores, liberdade, igualdade e fraternidade. A narrativa desenrola-se durante a Revolução Francesa.

Os justos protagonistas são quatro e o romance acontece entre André e Sophie, numa trama baseada em factos reais em que os vilões têm nome e os bons arriscam mesmo a cabeça num empolgante suspense.

Os ideais mais elevados sucedem em França numa espiral de caos, medo e flagrante carnificina. A luz e as trevas. A esperança e o desespero. A História numa narrativa cativante onde entra  a conquista de Malta e do Egipto com Napoleão Bonaparte. Personagens fascinantes para uma história arrebatadora.  Um dos melhores romances históricos que li.

Autor: Owen Pataki e Allison Pataki
Páginas: 384
Editora: TopSeller
ISBN: 9789898869593
Edição: 2017/ novembro

Sinopse:
Um romance sobre amor, coragem e sacrifício na Revolução Francesa.

Três anos após a tomada da Bastilha, as ruas de Paris fervilham com os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Para assegurar os direitos recém-conquistados, o governo revolucionário empreende uma perseguição a todos os inimigos da Revolução, entre os quais se incluem os membros da aristocracia. Estes são acusados de traição e condenados à guilhotina. Vive-se, assim, o Período do Terror da Revolução Francesa.

Movido por um sentido de dever para com a República, Jean-Luc St. Clair, um jovem advogado idealista, muda-se para Paris com a família. Aí, o seu caminho cruza-se com o de André Valière, um nobre que abdicou do seu título e se alistou no exército para evitar a execução, e o de Sophie de Vincennes, uma bela e jovem viúva aristocrática que embarca numa luta pela sua independência.

À medida que a busca incessante por justiça alimenta a sede de sangue nas ruas, Jean-Luc, André e Sophie são forçados a questionar as decisões de quem detém o poder. Conseguirão eles fazer vingar os ideais da Revolução em que tanto acreditam?

segunda-feira, 23 de março de 2020

Este Foi Um Homem

A minha opinião:
Supunha,  erradamente, que o último seria apenas um Happy End, sem o nível de intriga a que já me tinha habituado (se não tivesse interrompido a leitura mais tempo do que planeara). O volume Sete de As Crónicas de Clifton mantêm a mesma intensidade e vertigem que todos os outros e o suspense obriga a fazer pausas na leitura para recuperar a confiança na vitória dos bons.  A argúcia e a malícia de uma mulher, Lady Virginia Fenwick, consegue prevalecer, enquanto todos os outros vão sendo sucessivamente derrotados. A grande vilã. Jeffrey Archer deve ter uma grande admiração e temor pelas capacidades femininas. 

Algumas pistas são deixadas sobre como escrever um grande romance com o último de Harry Clifton, ao cumprir um desejo materno.

Este foi um homem notável que nasceu pobre nas vielas de Bristol, filha de um estivador e se apaixonou pela filha do proprietário das docas. Harry provou que a caneta é mais poderosa que a espada quando venceu como escritor de bestsellers mas principalmente como defensor dos direitos humanos. Os valores desta de outras personagens fazem desta saga uma apetecível leitura, que me arrebatou em todos os volumes. 
Muito bom.

Autor: Jeffrey Archer
Páginas: 448
Editora: Bertrand Editora
ISBN: 9789722534932
Edição: 2018/ abril


Sinopse:
Em Whitehall, o secretário do Gabinete dá a conhecer a Giles Barrington a verdade sobre a sua esposa Karin. Será uma espia ou um peão de um jogo maior? Entretanto, Harry Clifton propõe-se escrever o seu magnum opus, enquanto Emma, que completa dez anos como presidente do Royal Infirmary de Bristol, recebe uma chamada inesperada de Margaret Thatcher a convidá-la para um cargo ministerial.

Sebastian Clifton torna-se presidente do banco Farthings Kaufman, mas apenas depois de Hakim Bishara se demitir por motivos pessoais. Jessica, a talentosa filha de Sebastian e Samantha, é expulsa da Escola de Belas Artes, mas a tia Grace vem em seu auxílio. Lady Virginia está prestes a fugir do país para evitar os credores quando a duquesa de Hertford morre e surge uma nova oportunidade para ultrapassar os seus problemas.

domingo, 22 de março de 2020

Laranja de Sangue

A minha opinião:
Surpreendentemente bom!
Um primeiro thriller muito competente, com uma protagonista que não conquista pela vida dupla e pelo frequente abandono à bebida. A comparação com o thriller "A rapariga no comboio" de Paula Hawkins é por isso inevitável.

Os antagonistas, o marido e o amante de Alison apresentam  ambíguos comportamentos para uma Alison insegura, apesar da bem sucedida carreira profissional, quando por fim vai defender um primeiro caso de homicídio. 

Em resumo, é isto que se passa na trama.   Pouco a  pouco, e com muito envolvimento, desvendei o que realmente se ocultava no seio da família de Alison, bem como o móbil do crime que ia defender. Como leitora compulsiva, a fachada de famílias perfeitas nem sempre me convence.

Gostei muito deste thriller mas não é o mais chocante. Nem Alison a protagonista mais tola. O desfecho foi empolgante. Laranja de Sangue, a acidez que vinga.

Autor: Harriet Tyce
Páginas: 320
Editora: TopSeller
ISBN: 9789896687595
Edição: 2020/ fevereiro
 
Sinopse:
«Só mais uma noite. Depois acabo com isto.»

A vida de Alison parece perfeita. Tem um marido dedicado, uma filha adorável, uma carreira em ascensão como advogada e acaba de lhe ser atribuído o primeiro caso de homicídio. Só que Alison bebe. Demasiado. E tem vindo a negligenciar a família. Além de que esconde um caso amoroso quase obsessivo com um colega que gosta de ultrapassar os limites.

«Eu fi-lo. Matei-o. Devia estar presa.»
A cliente de Alison não nega ter esfaqueado o marido e quer declarar-se culpada. No entanto, há algo na sua história que não parece fazer sentido. Salvar esta mulher pode ser o primeiro passo para Alison se salvar a si própria.

«Estou de olho em ti. Sei o que andas a fazer.»
Mas alguém conhece os segredos de Alison. Alguém quer fazê-la pagar pelo que fez. E não irá parar até ela perder tudo o que tem.

Um thriller envolvente, com um final absolutamente inesperado e chocante, protagonizado por uma personagem muito empática.

quarta-feira, 18 de março de 2020

O Pintor de Batalhas

A minha opinião:
Faltava-me ler este livro de Arturo Pérez-Reverte (saiu uma nova edição que incluo abaixo). Segundo consta é o melhor dos melhores deste autor que muito gosto.

Andrés Faulques procura a imagem definitiva, fugaz e eterna que tudo explique. A imagem que não conseguiu captar através da câmara fotográfica em trinta anos e espera na ressaca da memória que talvez a consiga reproduzir com a ajuda de pinceis. 

"De tanto abusar dela, de tanto a manipular, há muito tempo que uma imagem deixou de valer mais do que mil palavras."  (pag. 66)

Um tratado sobre a natureza humana no encontro entre o Ivo Markovic, o croata resiliente que procura o fotógrafo para o matar.  Uma mulher Olvido mudara Faulques, e nele deixara impresso o seu olhar. Um amor em cenários de guerra.

Profundo, dramático e muito intenso mas também inteligente. Realmente bom. Intemporal. Exigente, denso. Não é um romance fácil de ler. Exige concentração para não se perder o fito do que se pretende apreender através das brumas da memória do pintor de batalhas. Curiosamente, lembrou-me um outro grande romance deveras conhecido,  "As velas ardem até ao Fim" de Sàndor Márai, pela interação sombria com o passado e a presença quase fantasmagórica do croata.

Autor: Arturo Pérez-Reverte
Páginas: 224
Editora: Edições Asa
ISBN: 9789724150000
Edição: 2007/ março
 
Sinopse:
A história mais intensa e perturbadora da já longa carreira de Arturo Pérez-Reverte.

Do Vietname ao Líbano, do Cambodja à Eritreia, de El Salvador à Nicarágua, de Angola e Moçambique aos Balcãs e ao Iraque… Depois de trinta anos a tirar fotografias em busca da imagem definitiva, do momento a um só tempo fugaz e eterno que explica tudo, o fotógrafo de guerra André Faulques substituiu a câmara pelos pincéis. Não conseguindo tirar a foto capaz de transmitir o caos do Universo, agora, enquanto tenta compreendê-lo, começa a pintar um grande fresco circular no muro de uma torre de vigia no Mediterrâneo, onde vive sozinho, perturbado pela memória de uma mulher que nunca conseguiu esquecer e pela visita inesperada de um homem que o quer matar. O homem é uma sombra do seu passado, uma das inúmeras faces da guerra com que ele ganhou a vida. Mas o poder da imagem vai muito além da sua existência física e, à medida que o romance avança, a história do artista e do soldado emerge, entrelaçada com uma história de amor condenada e o progresso de uma pintura impregnada de História.

Deslumbrante do início ao fim, O Pintor de Batalhas arrasta o leitor e subjuga-o, através da complexa geometria do caos do século XX: a arte, a ciência, a guerra, o amor, a lucidez e a solidariedade combinam-se no vasto mural de um mundo que agoniza.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Os Três Casamentos de Camilla S.

A minha opinião:
Rosa Lobato Faria. Recordo-me vagamente dela como atriz mas nunca li nada dela. Pelo menos, que me lembre. Uma boa amiga insistiu e gentilmente emprestou-me este livro para cumprir este livro para cumprir um desafio. Outros se seguirão. 

Um romance que não é uma biografia mas um exame de consciência de Camila Seabra aos 92 anos. O seu objetivo é contar sobre os seus três casamentos porque eles marcaram a vivência de três mulheres diferentes numa só. A história que atravessa quase um século é contada com delicadeza e simplicidade. 

Paca é coprotagonista. A mãe de criação que nunca lhe faltou. Duas mulheres exemplares, profundamente ligadas neste romance tão viciante para uma mulher adulta como é um conto de fadas para uma criança. 
Lindo.

Autor: Rosa Lobato de Faria
Páginas: 208
Editora: BIS
ISBN: 9789896602314
Edição: 2017/ abril



Sinopse:
Aos noventa anos de vida, Camilla decide percorrer os seus diários e contar as suas memórias. A sua história é a de uma mulher que, ainda que às vezes de longe, viu o tempo e os actos mudarem o mundo.

É também a história dos seus três casamentos e do seu único amor. A vida de Camilla é feita de iguais medidas de alegria e desespero.

A sua memória é a de uma jornada de crescimento, desde a inocente casada demasiado cedo à mulher que amou e sofreu e viveu uma vida completa. E a voz de Camilla é fascinante, tal como o é o percurso da sua vida.

É a autobiografia de uma velha senhora que aos noventa anos decide contar a sua vida, incluindo o que ela possa ter de inconfessável. Desde os ambientes à narrativa (que atravessa quase um século de história ) estamos perante um livro adequadamente romântico.

Bowie Uma Biografia

A minha opinião:
Uma bem ilustrada biografia por Fran Ruiz de David Bowie, um ídolo do meu tempo, de que eu pouco sabia, com exceção da maioria das suas musicas. Excêntrico, muito criativo, tinha uma imagem forte, e um passado ligado a drogas duras. Bowie foi um mestre do artíficio e do disfarce. Desconhecia que a sua faceta pública e privada se misturavam e que as sombras e os demonios sempre o rodearam, mesmo sem as drogas de que se livrou no final dos anos setenta, bem como de muitos dos seus amigos, cada vez mais agarrados. 

Não sabia da importância de John Lennon na vida de David Bowie. Ou da ligação com os Queen. Sequer, que era um excelente pai e um bom irmão.

Um camaleão. Uma carreira plena para um homem completo com o amor de Iman e dois filhos. Uma boa vida. Não se esquece.

Autor: María Hesse
Páginas: 176
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9789896658786
Edição: 2019/novembro

Sinopse:
Com o seu alter ego perturbador, Ziggy Stardust, e músicas como "Starman" ou "Space Oddity", Bowie desafiou as regras da música e tornou-se um ícone de sua geração e uma referência para as gerações presentes e futuras. A sua longa carreira artística está intimamente ligada à sua biografia pessoal. Este livro aborda todos os aspectos da sua vida, os seus enigmas e anedotas.

quarta-feira, 11 de março de 2020

Aprender a Falar com as Plantas

A minha opinião:
Um bom livro é certeiro, como uma seta apontada ao coração. Mexe com as nossas emoções. Abala-nos. Frequenemente, nas primeiras páginas. São esses os meus livros cinco estrelas. Os que não se esquecem.

Paula! Acabou de perder o homem que a abandonou. Como se sente e reage quando se é cornuda, solitária e com tarefas domésticas. Complexo e nada lamechas. Credível, numa muler inteligente, que para mais é uma mulher de ciências. Uma neonatologista. Esta parte da trama é extraordinária. 

Assim que o comecei a ler, encantei-me com a Paula que, fica como uma das minhas protagonistas favoritas. Uma mulher real. Completa.

Romance magistral de rara sensibilidade e inteligência sobre a frugalidade da vida, acomodando a perda e o amor com novas vitórias e outros desejos.
Amei este livro.


Autor: Marta Orriols
Páginas: 240
Editora: Dom Quixote
ISBN: 9789722069304
Edição: 2020/ fevereiro

Sinopse:
Paula Cid é uma neonatologista de 42 anos. Apaixonada pelo seu trabalho e mergulhada na rotina de um relacionamento que dura há quinze anos, perde o companheiro num acidente poucas horas depois de ele a ter convidado para um almoço em que lhe disse que havia outra mulher na sua vida e ia sair de casa.

Juntamente com o choque de uma morte estúpida e prematura, Paula terá, pois, de enfrentar o desgosto de ter sido abandonada e de lidar não apenas com o luto, mas sobretudo com o ressentimento e o rancor.

Aprender a Falar com as Plantas confirmou Marta Orriols, que já tinha publicado contos, como uma das autoras espanholas mais interessantes da atualidade.

Vencedor dos prémios Òmnium e L’Illa dels Llibres, o romance revela os pormenores da alma feminina, levando-nos em segundos da dor à ternura, do sorriso à emoção mais dramática.

quarta-feira, 4 de março de 2020

A Última Carta

A minha opinião:
Revi recentemente, pela enésima vez, o filme "P.S. Eu amo-te". Um sinal para ler "A última carta", uma sequela do livro que não li. A história é tão boa que tenho curiosidade em saber mais sobre este romance emotivo.

"Pede a Lua. Se falhares, permanecerás sempre entre as estrelas".

A prosa desta jovem escritora é maravilhosa. Não é à toa que ficámos rendidos ao seu romance de estreia quando ela tinha vinte e um anos. Contudo, as diferenças entre o filme e o livro são assinaláveis, o que não é surpreendente. 

Holly procura a magia que as cartas de Gerry criaram após a sua morte como forma de mitigar a dor da separação. Seis anos depois fala no assunto para um podcast e... toca algumas pessoas. 

Um romance leve sobre uma tema díficil como é a morte. Não a podemos controlar mas podemos controlar a maneira como a deixamos. Uma nova perspectiva. Continua a ser um romance emotivo e simultaneamente divertido, proeza que muito admiro. Ela conseguiu de novo, desta vez com uma Holly diferente e o Clube P.S. Eu amo-te. Muito bom. 

Autor: Cecelia Ahern
Páginas: 320
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9789896659608
Edição: 2020/ fevereiro

Sinopse:
Faz sete anos que o marido de Holly Kennedy morreu — seis, desde que ela leu a sua última carta, na qual ele lhe pedia que encontrasse coragem para forjar uma nova vida. Holly orgulha-se da forma como tem evoluído e crescido. Até que recebe a mensagem: «Precisamos desesperadamente da sua ajuda, Holly. Estamos a ficar sem ideias e...» — ela respira fundo, em busca de energia — «… todos nós estamos a ficar sem tempo.» Os membros do Clube P. S. Eu amo-te, inspirados nas últimas cartas do seu marido, Gerry, querem que Holly os ajude a escrever as suas próprias mensagens de despedida para os que lhes são queridos. Holly vê-se atraída, de novo, para um mundo que se esforçou tanto por deixar para trás. Relutante, começa a relacionar-se com o clube, mesmo quando a amizade deles ameaça destruir a paz que ela acredita ter alcançado. Porque cada uma dessas pessoas espera de Holly a ajuda para deixar algo significativo àqueles que mais ama, ela embarcará numa jornada notável que a desafiará a questionar se abraçar o futuro implica trair o passado e o que significa amar alguém para sempre…

segunda-feira, 2 de março de 2020

Os Tempos do Ódio

A minha opinião:
Rosa Montero é uma das autoras cujos romances gosto de ler. Até então, nunca lera nenhum dos seus romances de fantasia. Não é o meu género. Contudo, tenho a aguardar para ser lido "O Peso do Coração".

O que pensei primeiro foi que lia um romance para jovens leitores, dada a simplicidade da trama com um cenário extravagante e personagens de fácil acesso e projeção. Bruna Husky é uma protagonista androide (rep) com característidas muito particulares que se admira e se teme. Com pupilas verticais como as dos répteis ou dos felinos, tem os dias contados: três anos, três meses e dezasseis dias, e menos tempo ainda para salvar o seu amado. 

E... como acontece com a boa literatura fiquei enredada naquela luta corrida contra o tempo, numa Madrid futurista fervilhando de ódio. Muitos dos problemas atuais que ignoramos ou evitamos, assim como a inteligência do homem mudaram o mundo, tal como o conhecemos, mas os sentimentos continuam a ser uma força imutável.
Uma aventura vertiginosa numa escrita ágil que inesperadamente me arrebatou. Corrupção e um final bestial, ao qual não faltou Rosa Montero.


Autor: Rosa Montero
Páginas: 312
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03274-4
Edição: 2020/ fevereiro

Sinopse:
Independente, pouco sociável, intuitiva e poderosa, a detetive replicante Bruna Husky tem apenas um ponto vulnerável: o seu enorme coração. Dilacerada pelo súbito e inexplicável desaparecimento do homem que ama, o inspetor Paul Lizard, a replicante enceta uma investigação desesperada e em contrarrelógio que a conduz até uma colónia remota dos Novos Antigos, uma seita que nega a tecnologia, e às origens de uma trama sombria de luta pelo poder, que remonta ao século XVI. Enquanto isso, a situação no mundo é cada vez mais tumultuosa, a tensão popular aumenta e a guerra civil parece inevitável. Numa história que é, no essencial, um retrato preciso e deslumbrante dos tempos em que vivemos, Bruna terá de enfrentar o seu maior medo: a morte.

Os Tempos do Ódio é um romance intenso e emocionante, no qual estão presentes os grandes temas da escrita de Rosa Montero: a passagem do tempo, a paixão como forma de vencer a morte, o amor ao próximo como fator indispensável para uma vida plena, a luta contra os excessos do poder e o horror aos dogmas.