Autor: Gail Honeyman
Edição: 2017/ abril
Páginas: 328Edição: 2017/ abril
ISBN: 9789720048981
Tradutor: Elsa T. S. Vieira
Editora: Porto Editora
Sinopse:
Eleanor Oliphant tem uma vida perfeitamente normal - ou assim quer acreditar. É uma mulher algo excêntrica e pouco dotada na arte da interação social, cuja vida solitária gira à volta de trabalho, vodca, refeições pré-cozinhadas e conversas telefónicas semanais com a mãe.
Porém, a rotina que tanto preza fica virada do avesso quando conhece Raymond - o técnico de informática do escritório onde trabalha, um homem trapalhão e com uma grande falta de maneiras - e ambos socorrem Sammy, um senhor de idade que perdeu os sentidos no meio da rua.
A amizade entre os três acaba por trazer mais pessoas à vida de Eleanor e alargar os seus horizontes. E, com a ajuda de Raymond, ela começa a enfrentar a verdade que manteve escondida de si própria, sobre a sua vida e o seu passado, num processo penoso mas que lhe permitirá por fim abrir o coração.
A minha opinião:
Eleanor Oliphant é uma personagem literária única e este romance é realmente um achado. Um belissimo primeiro romance.
Uma capa banal que apenas faz sentido depois de ler o livro. À primeira vista não cativa. Ora bem, à segunda também não. Senão fosse uma ou outra critica/opinião que li, certamente não lhe teria pegado. A sinopse cumpre e não revela demasiado mas acaba por ser muito limitada. E as criticas na bandana, que normalmente são encaradas com cepticismo, desta vez são o melhor incentivo para esta leitura.
Quantas vezes refletimos sobre o mal e nos que lhe são próximos? E nos que lhe sobrevivem? Afinal, não é apenas ficção. E com isto alerto para que nem sempre o que parece é, e um romance pode ser mais do uma história de enamoramento e felicidade como nos contaram em criança.
Uma existência absolutamente vazia e rotineira. Durante anos foi assim a vida de Eleanor, mas um novo projecto para agradar à mamã, levou de um contacto a outro e assim mudou. Gradualmente a inteligente e mordaz Eleanor começa a sua educação.
Cheguei a pensar que a inaptidão social se tratava de uma doença e fui avançando lentamente na leitura com um misto de expetativa, ansiedade e angustia. E o que mais me espantou foi a empatia com a personagem que se manteve coerente ao longo de toda a narrativa, enquanto vamos percepcionando o mundo pelos seus olhos. Um mundo que evolui na medida dos seu crescimento emocional. Divertido e embaraçoso, cruel e compassivo, um romance agridoce que mexe com emoções. Raymond e Sammy, que personagens secundárias extraordinárias. Generosas! E no final, algumas surpresas que acomodaram o meu coração e me deixaram a ansiar por mais.
Obrigado Célia!
Cheguei a pensar que a inaptidão social se tratava de uma doença e fui avançando lentamente na leitura com um misto de expetativa, ansiedade e angustia. E o que mais me espantou foi a empatia com a personagem que se manteve coerente ao longo de toda a narrativa, enquanto vamos percepcionando o mundo pelos seus olhos. Um mundo que evolui na medida dos seu crescimento emocional. Divertido e embaraçoso, cruel e compassivo, um romance agridoce que mexe com emoções. Raymond e Sammy, que personagens secundárias extraordinárias. Generosas! E no final, algumas surpresas que acomodaram o meu coração e me deixaram a ansiar por mais.
Obrigado Célia!
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