Autor: João Pinto Coelho
Edição: 2017/ novembro
Edição: 2017/ novembro
ISBN: 9789896604578
Editora: Leya
Sinopse:
Quando as cinzas assentaram, ficaram apenas um judeu, um cristão e um livro por escrever.
Paris, 2001. Yankel - um livreiro cego que pede às amantes que lhe leiam na cama - recebe a visita de Eryk, seu amigo de infância. Não se veem desde um terrível incidente, durante a ocupação alemã, na pequena cidade onde cresceram - e em cuja floresta correram desenfreados para ver quem primeiro chegava ao coração de Shionka. Eryk - hoje um escritor famoso - está doente e não quer morrer sem escrever o livro que o há de redimir. Para isso, porém, precisa da memória do amigo judeu, que sempre viu muito para além da sua cegueira.
Ao longo de meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne - a editora que não diz tudo o que sabe -, virá ao de cima a história de uma cidade que esteve sempre no fio da navalha; uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era.
Na senda do extraordinário Perguntem a Sarah Gross, aplaudido pelo público e pela crítica, o novo romance de João Pinto Coelho regressa à Polónia da Segunda Guerra Mundial para nos dar a conhecer uma galeria de personagens inesquecíveis, mostrando-nos também como a escrita de um romance pode tornar-se um ajuste de contas com o passado.
Paris, 2001. Yankel - um livreiro cego que pede às amantes que lhe leiam na cama - recebe a visita de Eryk, seu amigo de infância. Não se veem desde um terrível incidente, durante a ocupação alemã, na pequena cidade onde cresceram - e em cuja floresta correram desenfreados para ver quem primeiro chegava ao coração de Shionka. Eryk - hoje um escritor famoso - está doente e não quer morrer sem escrever o livro que o há de redimir. Para isso, porém, precisa da memória do amigo judeu, que sempre viu muito para além da sua cegueira.
Ao longo de meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne - a editora que não diz tudo o que sabe -, virá ao de cima a história de uma cidade que esteve sempre no fio da navalha; uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era.
Na senda do extraordinário Perguntem a Sarah Gross, aplaudido pelo público e pela crítica, o novo romance de João Pinto Coelho regressa à Polónia da Segunda Guerra Mundial para nos dar a conhecer uma galeria de personagens inesquecíveis, mostrando-nos também como a escrita de um romance pode tornar-se um ajuste de contas com o passado.
A minha opinião:
O Holocausto não é de todo um dos meus temas favoritos (e li recentemente um romance), mas quando soube do lançamento de "Os Loucos da Rua Mazur" não pude deixar de estar presente, e com isso, a leitura tornou-se premente. A curiosidade levou a melhor, a que não foi alheio o sucesso anterior. E o prémio Leya. Um fim de semana de frio bastou, mas não foi uma leitura rápida e tranquila. O talento de João Pinto Coelho torna-a visceral.
A história começa pela inocência, com os cogumelos. Três crianças, três amigos, antes do início da Segunda Guerra Mundial numa qualquer comunidade da Polónia onde judeus e católicos coabitavam. Um lugar sem nome, referido como shetl, palco da tragédia, como outras. Universal. Sessenta anos depois, o livreiro cego aceita encontrar as imagens que faltam ao amargo amigo de infância para concluir o último livro. Shionka, é a misteriosa e relevante personagem do trio.
A narrativa em dois tempos vai de antes, durante e depois da guerra, seguindo o rasto das personagens, sem nunca se enlear, até Paris. O fantasma, esse não chega ao fim. Louco. Como outros o foram. O ódio e o ciúme que enlouquecem. Temível, numa sentida leitura que faz vacilar. Escrito assim, dá que pensar e demais recear. Parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário