Edição: 2018/ janeiro
Páginas: 304
ISBN: 9789722361583
Tradutor: Susana Canhoto
Editora: Presença
Sinopse:
Hendrik Groen pode estar velho, mas ainda muito longe de estar morto, e espera não ser enterrado tão cedo. Os seus passeios diários são cada vez mais curtos porque as pernas começam a dar de si, e as suas idas ao médico são agora mais frequentes do que ele gostaria. Hendrik está velho, mas quem disse que tem de viver confinado ao lar para idosos perto de Amesterdão esperando que a morte chegue? Quando o Ano Novo começa, decide escrever o seu diário...
Um romance inspirador que se tornou um fenómeno literário em todo o mundo. Ao chegar à última página, será difícil ao leitor, de qualquer idade, despedir-se de um personagem tão encantador e divertido.
Um romance inspirador que se tornou um fenómeno literário em todo o mundo. Ao chegar à última página, será difícil ao leitor, de qualquer idade, despedir-se de um personagem tão encantador e divertido.
A minha opinião:
Ser membro de um clube de leitura tem destas coisas. Muitas são as leituras que se fazem por influencia de quem leu e nos sugestiona. Mas não é apenas isso. O convívio, a partilha, a saudável divergência e discussão que se gera entre pessoas que se respeitam e querem bem é muito bom. Este livro, à semelhança de tantos outros que li, foi um empréstimo de quem me conhece bem e sabe dos meus gostos literários. Não falha. Adorei.
Já tinha reparado neste livro, (pudera, faço prospecção de mercado com regularidade), mas fiquei em dúvida. Gostei tanto do Ove de "Um Homem Chamado Ove", um resmungão com um coração de ouro, que ansiava por encontrar outra personagem assim. Hendrik não é lamuriento, queixinhas, sequer resmungão, mas sarcástico, generoso e consciencioso. Aliás, são oito os velhos vivaços do clube Velho mas não morto que decidem gozar o melhor que puderem o resto das suas vidas. Adorei o desbocado Everet.
Hendrik faz um diário de todos os seus dias durante um ano. Hilariante e comovente em partes iguais, e sempre acutilante. Um retrato imperdível da Terceira Idade. O contexto é diferente do nosso, uma vez que se passa num lar na Holanda, e ainda que não sejam abastados, as circunstâncias são outras num dos países mais ricos do mundo. O declínio, as limitações e a morte são transversais.
A escrita corrente e fluída em pequenos trechos torna fácil o pegar e largar do livro. O teor do que se lê, dá que pensar dado que não caminhamos para novos. O mistério sobre o autor não me intrigou mas encantou. A popularidade deste livro não me surpreendeu. Os vários temas sérios que foram abordados davam uma longa palestra com muita discussão. Recomendo.
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