Edição: 2018/ março
Páginas: 336
ISBN: 978-972-0-03069-6
Tradutor: Elsa T. S. Vieira
Editora: Porto Editora
Sinopse:
Elsa tem sete anos de idade, quase oito, e é diferente. Para já, tem como melhor - e única - amiga a avó de setenta e sete anos de idade, que é doida: não levemente taralhoca, mas doida varrida a sério, capaz de se pôr à varanda a tentar atingir pessoas que querem falar sobre Jesus com uma arma de paintball, ou assaltar um jardim zoológico porque a neta está triste. Todas as noites, Elsa refugia-se nas histórias da Avozinha, cujo cenário é o reino de Miamas, na Terra-de-Quase-Acordar, um reino mágico onde o normal é ser diferente.
Quando a Avozinha morre de repente e deixa uma série de cartas a pedir desculpa às pessoas que prejudicou, tem início a maior aventura de Elsa. As cartas levam-na a descobrir o que se esconde por detrás das vidas de cada um dos estranhíssimos moradores de um prédio muito especial, mas também à verdade sobre contos de fadas, reinos encantados e a forma como as escolhas do passado de uma mulher ímpar criam raízes no futuro dos que a conheceram.
A minha avó pede desculpa é uma belíssima história, contada com o mesmo sentido de humor e a mesma emoção que o romance de estreia de Fredrik Backman, o bestseller internacional Um homem chamado Ove.
Quando a Avozinha morre de repente e deixa uma série de cartas a pedir desculpa às pessoas que prejudicou, tem início a maior aventura de Elsa. As cartas levam-na a descobrir o que se esconde por detrás das vidas de cada um dos estranhíssimos moradores de um prédio muito especial, mas também à verdade sobre contos de fadas, reinos encantados e a forma como as escolhas do passado de uma mulher ímpar criam raízes no futuro dos que a conheceram.
A minha avó pede desculpa é uma belíssima história, contada com o mesmo sentido de humor e a mesma emoção que o romance de estreia de Fredrik Backman, o bestseller internacional Um homem chamado Ove.
A minha opinião:
Quando vi este livro reconheci o autor de Um Homem Chamado Ove. Um excelente cartão de visita para este novo livro para quem já o leu. Daí, a pedir este livro emprestado à minha boa amiga Cristina foi um instantinho e logo o recebi dado o entusiasmo que ambas partilhamos por esta escrita fantasiosa baseada na realidade.
"Todas as crianças de sete anos merecem ter os seus super-heróis e um dos superpoderes dos herois devia ser nunca ter cancro." (pag.27)
A avóznha é a melhor amiga de Elsa, uma criança inteligente e perspicaz, que através de vários contos de fadas lhe dá a conhecer o mundo e os que a rodeiam no que define como "castelo", que não é nada mais nada menos do que o pequeno prédio onde habitam e em que todos os inquilinos são personagens. Um mundo de encantar, sem perder o pé no real e nos múltiplos problemas do dia-a-dia. Morte, perda, sofrimento, solidão, perseguição, traumas, tudo tem o seu lugar sem perder a beleza e a leveza, numa narrativa que sem ser exaustiva é muito completa e abrangente. Ao alcance do entendimento de uma criança.
"Porque nem todos os monstros eram monstros, a princípio. Alguns são monstros nascidos da dor." (pag.118)
A relação desta avó tão especial com esta criança tão peculiar, tão diferentes e tão iguais a tantas outras que muito se amam, é o tema principal deste romance. Mas o protagonistmo desta avó não se encerra na relação com a neta. Os superpoderes desta avó vão sendo desvendados ao longo da trama e a admiração e o espanto confortam o leitor como só um bom romance o consegue.
"A avózinha de Elsa vivia num ritmo diferente das outras pessoas. Funcionava de forma diferente. Num mundo real, em comparação com tudo o que funcionava, ela era caótica. Porém, quando o mundo real se desmorona, quando tudo se transforma em caos, as pessoas como a avózinha de Elsa podem ser as únicas que se mantêm funcionais." (pag.123)
Talvez por a expetativa ser muito alta não me deslumbrou como esperava.Ainda assim é um romance que merece muito ser lido para descobrir o tanto que se esconde nas "entrelinhas". Ternura que se manifesta na capa e extravassa ao longo de todo a estória.
"Todas as crianças de sete anos merecem ter os seus super-heróis e um dos superpoderes dos herois devia ser nunca ter cancro." (pag.27)
A avóznha é a melhor amiga de Elsa, uma criança inteligente e perspicaz, que através de vários contos de fadas lhe dá a conhecer o mundo e os que a rodeiam no que define como "castelo", que não é nada mais nada menos do que o pequeno prédio onde habitam e em que todos os inquilinos são personagens. Um mundo de encantar, sem perder o pé no real e nos múltiplos problemas do dia-a-dia. Morte, perda, sofrimento, solidão, perseguição, traumas, tudo tem o seu lugar sem perder a beleza e a leveza, numa narrativa que sem ser exaustiva é muito completa e abrangente. Ao alcance do entendimento de uma criança.
"Porque nem todos os monstros eram monstros, a princípio. Alguns são monstros nascidos da dor." (pag.118)
A relação desta avó tão especial com esta criança tão peculiar, tão diferentes e tão iguais a tantas outras que muito se amam, é o tema principal deste romance. Mas o protagonistmo desta avó não se encerra na relação com a neta. Os superpoderes desta avó vão sendo desvendados ao longo da trama e a admiração e o espanto confortam o leitor como só um bom romance o consegue.
"A avózinha de Elsa vivia num ritmo diferente das outras pessoas. Funcionava de forma diferente. Num mundo real, em comparação com tudo o que funcionava, ela era caótica. Porém, quando o mundo real se desmorona, quando tudo se transforma em caos, as pessoas como a avózinha de Elsa podem ser as únicas que se mantêm funcionais." (pag.123)
Talvez por a expetativa ser muito alta não me deslumbrou como esperava.Ainda assim é um romance que merece muito ser lido para descobrir o tanto que se esconde nas "entrelinhas". Ternura que se manifesta na capa e extravassa ao longo de todo a estória.
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