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segunda-feira, 28 de maio de 2018

A Mulher à Janela

Autor: A. J. Finn
Edição: 2018/ março
Páginas: 488
ISBN: 9789722361873
Tradutor: Maria João Lourenço
Editora: Presença

Sinopse: 

Anna Fox não sai à rua há dez meses, um longo período em que ela vagueou pelos quartos da sua velha casa em Nova Iorque como se fosse um fantasma, perdida nas suas memórias e aterrorizada só de pensar em sair à rua. A ligação de Anna ao mundo real é uma janela, junto à qual passa os dias a observar os vizinhos. Quando os Russells se mudam para a casa em frente, Anna sente-se desde logo atraída por eles - uma família perfeita de três pessoas que a fazem recordar-se da vida que já teve. Mas um dia, um grito quebra o silêncio e Anna, da sua janela, testemunha algo que ninguém deveria ter visto e terá de fazer tudo para encobrir o que presenciou . Mas mesmo que decida falar, irá alguém acreditar nela? E poderá Anna acreditar em si própria?

Um thriller eletrizante onde nada nem ninguém é o que parece.

A minha opinião: 
Li recentemente algo com o qual concordo. Por vezes, são os livros que nos escolhem. Parece bizarro, mas nem tanto, se considerarmos o que nos atrai para um livro. As editoras procuram acertar e sem dúvida que uma boa campanha publicitária resulta num bom número de vendas, mas não necessáriamente num sucesso que deslumbre o leitor. Pode ser apenas mais um livro que se lê. Este thriller atraiu e convenceu. 

Uma mulher em frangalhos, por razões que se desconhecem. Agorafóbica. Sabem o que é? Alguém que não aguenta estar em espaços abertos. E que sofre ataques de pânico. Alguém que se enclausurou em casa... e vê filmes antigos, quase todos a preto e branco. Anna, aliás doutora Fox, está só e anestesia-se com álcool e medicamentos enquanto espia os vizinhos através da lente da sua máquina fotográfica. Uma personagem que parece tão cinematográfica quanto as personagens dos filmes que assiste, quando testemunha o assassinato de uma mulher no outro lado da rua e ninguém parece reparar ou saber. Um pressuposto aliciante.

Puro psicopata. A adrenalina levava-me a interromper a leitura por alguns momentos e retomava logo de seguida ansiosa por saber mais. Gosto disso. Desse contágio que trespassa o leitor, quando somos reféns da tensão e suspense da narrativa. A personagem jogava xadrez e calculava as suas ações como numa partida para descobrir quem é o criminoso de entre os suspeitos. E o mistério adensa-se quase até ao final. A problemática protagonista cativa e dá que pensar. E o que se passa no seio de uma familia também. 

Muito Bom. Mais uma estreia. 

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