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sábado, 16 de junho de 2018

As vinhas de La Templanza

Autor: María Dueñas
Edição: 2018/ abril
Páginas: 536
ISBN: 978-972-0-03085-6
Tradutor: Carlos Romão
Editora: Porto Editora

Sinopse: 

Uma história de coragem perante as adversidades e de um destino marcado pela força de uma paixão.

Nada fazia supor a Mauro Larrea que a fortuna que tinha conquistado fruto de anos de luta e perseverança se desmoronaria de um dia para o outro, graças a um inesperado revés.

Asfixiado com dívidas e afogado em incertezas, aposta os últimos recursos numa jogada temerária na esperança de se reerguer. Até que a perturbadora Soledad Montalvo, mulher dum negociante de vinhos inglês, entra na sua vida para o arrastar rumo a um futuro inesperado. 

Da jovem república mexicana à radiante Havana colonial, das Antilhas à Jerez da segunda metade do século XIX quando o comércio de vinhos com Inglaterra converteu a cidade andaluza num enclave cosmopolita e lendário, por todos estes cenários se desenrola As vinhas de La Templanza, um romance que fala de glórias e derrotas, de minas de prata, intrigas de família, vinhas e cidades fascinantes cujo esplendor se desvaneceu com o tempo.

A minha opinião: 
Não são muitas as vezes que fico sem palavras com um livro. Um livro que supera todas as minhas mais auspiciosas expectativas numa semana de férias planeada para algumas leituras e dou por mim enredada apenas numa. E completamente envolvida. Rendida a uma personagem que me arrebatou. Um mineiro duro, audaz e temerário. Um aventureiro que procura noutras latitudes recuperar a sua fortuna. "Para o Oriente, as Antípodas, a Terra do Fogo, os mares do Sul." (pag. 483) México, Cuba e Espanha. Locais dispares que deixaram de existir e que foram reconstituidos com precisão e encanto. Uma piscadela de olho ao passado num jogo crucial (de bilhar) de mentiras e verdades, de paixões, derrotas, maquinações e amores frustados, em que intervêm duas mulheres prodigiosas e rivais. Corajosas, arrogantes e descaradas, assim são Carola e Soledad. As personagens ganham vida neste grande romance que lembra os grandes clássicos de outros tempos num tributo aos mineiros e adegueiros. 

Muito mais poderia acrescentar sobre os cenários com atmosferas e ambientes que segui ávida ou sobre a movimentada e vigorosa trama que na magistral prosa fluí com graça e sensibilidade, sem quebras, até que no final deixa um vazio na alma. Um romance que me deixa a clamar por mais romances assim, pelo que tenho de procurar ler "O Tempo Entre Costuras". Posto isto, tenho de ponderar bem o que ler a seguir...

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