Edição: 2018/ maio
Páginas: 448
ISBN: 9789722065047
Editora: Dom Quixote
Sinopse:
Um homem levanta a voz acima da algazarra de conversas. E pede que ponham mais alto o som do televisor do restaurante. É então que todos reparam no que ele vê. Não percebem ou não acreditam. E na rua, no bairro, na cidade, no país, homens, mulheres e crianças vão-se calando. Está por todo o lado, a imagem horrível e hipnotizante. O homem que pediu silêncio leva as mãos à cara e pensa: como chegámos aqui?
A era da comunicação global trouxe inimagináveis maravilhas. Partilhas imediatas de ensinamentos, denúncias e solidariedades. Mas permitiu também que saísse das cavernas uma realidade abjecta. Insultos, ameaças, ironias maldosas. Nunca, como hoje, a semente do ódio foi tão espalhada.
É sobre este pano de fundo que se conta a história de uma família. Três gerações a olhar para um futuro embriagado num estado de guerra. Uma família que esconde, enquanto puder, um segredo.
Jogos de Raiva traça duros retratos sem filtro sobre medos e remorsos, sobre o racismo, a depressão, a sexualidade, o jornalismo, a adopção, a arte e a amizade. E o poder das histórias.
É sobre a urgência da confiança, da identidade e do amor.
É um livro sobre todos nós, à deriva num novo mundo
A era da comunicação global trouxe inimagináveis maravilhas. Partilhas imediatas de ensinamentos, denúncias e solidariedades. Mas permitiu também que saísse das cavernas uma realidade abjecta. Insultos, ameaças, ironias maldosas. Nunca, como hoje, a semente do ódio foi tão espalhada.
É sobre este pano de fundo que se conta a história de uma família. Três gerações a olhar para um futuro embriagado num estado de guerra. Uma família que esconde, enquanto puder, um segredo.
Jogos de Raiva traça duros retratos sem filtro sobre medos e remorsos, sobre o racismo, a depressão, a sexualidade, o jornalismo, a adopção, a arte e a amizade. E o poder das histórias.
É sobre a urgência da confiança, da identidade e do amor.
É um livro sobre todos nós, à deriva num novo mundo
Estou a ler menos. Retomar o labor habitual após as férias custa e com este livro é garantido que logo na primeira página levamos um abanão, ou melhor, um estalo bem dado para acordar. Depois... é perceber como e porquê ao longo de uma narrativa que sem peias nem meias palavras explode à frente dos nossos olhos para nos recordar o que queremos esquecer ou ignorar. Assuntos tabu como o suicidio, a depressão, o racismo, são abordados de um modo que, os mais distraidos ou pouco exigentes não podem deixar de reparar, mesmo que não percebam o quanto custou a aguçar. Leitura exigente, durissima em algumas partes, abraça causas que não procuramos num romance e extrema-as até ao limite, sem com isso nos impedir de ler compulsivamente até ao fim. De assinalar, a escrita apurada, assertiva e tão lúcida de Rodrigo Guedes de Carvalho que nos obriga a ler e a reler. Importa refletir sobre o jornalismo de hoje e o impacto das redes sociais na vida quotidiana.
A história gira em torno de uma familia do Porto. Riquissimas personagens. De conteúdo. Tanto de nós existe em cada uma delas. Os mais atentos, sensiveis e inteligentes vão perceber o quanto a vilania, ira, vaidade e inveja se manifesta e como combatê-la. A familia na dor da perda e na dor de não entender, subsiste e supera, com o amor que os une apesar das diferenças.
Como Bernard Shaw tinha aconselhado numa lição para alunos de escrita criativa:"Se não consegues livrar-te dos esqueletos da tua familia, ao menos fá-los dançar". (pag. 182)
Rodrigo, obrigada por esta dança.
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