Edição: 2018/ março
Páginas: 272
ISBN: 9789898892041
Editora: Desassossego
Sinopse:
Pode a reclusão revelar mistérios da condição da mulher?
O que têm em comum uma colombiana, uma romena, uma angolana, uma venezuelana, uma uruguaia, três brasileiras e nove portuguesas? Para elas, a liberdade é um desejo que carregam na mente, livre para sonhar, com o corpo preso num cárcere, labirinto entre o Rio de Janeiro, o Porto e Lisboa.
São mães, vaidosas, filhas, amantes, sonhadoras, escrevem cartas, leem livros, amam. São barqueiras invisíveis entre dois mundos: o mundo cá de fora e um céu gradeado. Este é mais do que um livro-reportagem, é a intuição subjetiva a partir de conversas com mulheres privadas de liberdade: os medos, os desafios, as conquistas, os desabafos, a ânsia de ser livre.
A minha opinião:
Fiquei curiosa quando percebi que este livro de não ficção era sobre mulheres reclusas. "Tendemos a olhar o mundo e os outros com as lentes da nossa própria condição. Com a fronteira dos nossos próprios caminhos e limitações. Temos uma lente que é a nossa construção social. E isso é sempre limitador ou indagador." (pag.71)
A minha consciência indagadora e limitada levou-me a ler este livro. A abrir o meu prisma sobre a condição destas mulheres. "Sonhos, ansiedades, dificuldades, tempo ocupado, reinserção social, criminalidade" (pag. 106) violência e dor. Em suma, a condição feminina em reclusão, porquê e como subsistem.
O peso do tempo fechada. "O tempo, sempre o tempo, precioso traiçoeiro se não ocuparem os dias. Uma faca de dois gumes, uma densidade que impõe a inércia e a autodestruição." (pag.107) (PELE, Afroreggae e Reklusas). Projectos ocupacionais e não só. Tantos testemunhos apurados em sete anos entre lá e cá do Oceano Atlântico. Na sua essência muitos são semelhantes. Lamento, engano, culpa, mas nunca desapego afectivo que dá alento, esperança e disponibilidade para a mudança ao sairem.
Fragmentos de histórias escolhidas. De azar, ambição e ilusão. Narrativas paralelas. Desabafos de alma. A forma de ver, pensar e sentir da jornalista que compôs este livro com intenção de dar voz às margens. Simples e cru, em passagens quase poéticas, deve ser lido para sentir o pulsar destas mulheres tão genuinas e humanas.
Apesar disso, não correspondeu às minhas expetativas. Não deve ser lido de seguida porque se torna um tanto repetitivo, monocromático como a capa. Por outro lado, talvez não tenha sido o meu melhor momento para o ler. Não deixem por isso de o experienciar.
A minha consciência indagadora e limitada levou-me a ler este livro. A abrir o meu prisma sobre a condição destas mulheres. "Sonhos, ansiedades, dificuldades, tempo ocupado, reinserção social, criminalidade" (pag. 106) violência e dor. Em suma, a condição feminina em reclusão, porquê e como subsistem.
O peso do tempo fechada. "O tempo, sempre o tempo, precioso traiçoeiro se não ocuparem os dias. Uma faca de dois gumes, uma densidade que impõe a inércia e a autodestruição." (pag.107) (PELE, Afroreggae e Reklusas). Projectos ocupacionais e não só. Tantos testemunhos apurados em sete anos entre lá e cá do Oceano Atlântico. Na sua essência muitos são semelhantes. Lamento, engano, culpa, mas nunca desapego afectivo que dá alento, esperança e disponibilidade para a mudança ao sairem.
Fragmentos de histórias escolhidas. De azar, ambição e ilusão. Narrativas paralelas. Desabafos de alma. A forma de ver, pensar e sentir da jornalista que compôs este livro com intenção de dar voz às margens. Simples e cru, em passagens quase poéticas, deve ser lido para sentir o pulsar destas mulheres tão genuinas e humanas.
Apesar disso, não correspondeu às minhas expetativas. Não deve ser lido de seguida porque se torna um tanto repetitivo, monocromático como a capa. Por outro lado, talvez não tenha sido o meu melhor momento para o ler. Não deixem por isso de o experienciar.
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