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terça-feira, 30 de abril de 2024

Fahrenheit 451

A minha opinião: 

A temperatura a que um livro se inflama e consome.

Nesta frase está contido tudo o que eu sabia sobre este livro. Um livro sobre a destruição de livros. E apesar de ser um clássico, muitas vezes recomendado, não me tentava. Os clubes de leitura têm essa incrivel vantagem, como já tenho referido. Direcionam. Vamos renitentes abrir um livro pousado à espera do momento certo e não raras vezes ficamos maravilhados.

Guy Montag é o protagonista. Um bombeiro, como o pai e o avô foram mas não apagava mas ateava fogos. Uma jovem vizinha questiona se é feliz e ...

A destruição dos livros como forma de impedir de se sentir emoções ou sentimentos. De se pensar. Os livros são coisas. Era a mensagem.
"Assim, quando eram só coisas, nada restava mais tarde para incomodar a consciência. Tratava-se simplesmente de uma limpeza, de um trabalho de desinfeção."

"Abatamos o espírito humano."

A formatação desde o berço. Alegres foliões e estúpidos. Todos iguais. Um romance distópico de ficção cientifica de 1953, que continua pertinente como um alerta para a censura institucional ou a restrição de liberdades e direitos, com o apoio dos meios de comunicação (e atualmente das redes sociais).
Dividido em três partes é um livro que procura agitar consciências a não ceder ao alheamento em que se acomodam sem procurar uma posição esclarecida e sem espaço para a imaginação e a criatividade que abrem novos mundos.
Não sendo o meu gênero de leitura favorito gostei.

Autor: Ray Bradbury
Páginas: 240
Editora: C11 X 17
ISBN: 9789897733048
Edição: julho/2020

Sinopse:
Guy Montag é um bombeiro. O seu emprego consiste em destruir livros proibidos e as casas onde esses livros estão escondidos. Ele nunca questiona a destruição causada, e no final do dia regressa para a sua vida apática com a esposa, Mildred, que passa o dia imersa na televisão.

Um dia, Montag conhece a sua excêntrica vizinha Clarisse e é como se um sopro de vida o despertasse para o mundo. Ela apresenta-o a um passado onde as pessoas viviam sem medo e dá-lhe a conhecer ideias expressas em livros. Quando conhece um professor que lhe fala de um futuro em que as pessoas podem pensar, Montag apercebe-se subitamente do caminho de dissensão que tem de seguir.

Mais de sessenta anos após a sua publicação, o clássico de Ray Bradbury permanece como uma das contribuições mais brilhantes para a literatura distópica e ainda surpreende pela sua audácia e visão profética.

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