Autor: Mariana Enriquez
Edição: 2017/ maio
Edição: 2017/ maio
ISBN: 9789897223341
Tradutor: Margarida Amado Acosta
Editora: Quetzal
Sinopse:
Nestas narrativas do macabro, selvagens, imaginativas e diabolicamente ousadas, Mariana Enriquez, dá uma vida vibrante à Argentina contemporânea, e torna-a num lugar em que a desigualdade, violência e corrupção constituem a lei, e a ditadura militar e milhares de «desaparecidos» se agigantam na memória coletiva.
Mariana Enriquez tem sido comparada a Shirley Jackson e Julio Cortázar.
A par da magia negra e dos inquietantes desaparecimentos, estas histórias alimentam-se da compaixão pelos atemorizados ou perdidos, acabando por trazê-los para realidades surpreendentes. Escrito numa prosa hipnótica, As Coisas que Perdemos no Fogo, é uma exploração poderosa do que acontece quando deixamos à solta os nossos desejos mais obscuros e assinala a chegada de uma voz surpreendente e necessária à ficção contemporânea.
A minha opinião:
Gosto de contos e desde logo este livro não me passou despercebido. Porém, receava o que iria ler. Sabia que tinha que estar mentalizada para narrativas breves mas assustadoras. Não errei. Algumas são recheadas de pormenores negros ou surreais, que não é o meu género, mas não consegui parar de os ler.
O primeiro conto "O rapaz sujo" marca e define o tipo de leitura que nos espera. A prosa e o estilo de Mariana Enriquez. Dura, direta e critica. Um outro olhar para o exterior e o interior do que a rodeia. Sem contemplações ataca os grandes males, dividida entre os fantasmas do passado e os estigmas do presente. O último conto, nome do livro, foge completamente ao que eu supunha, mas não é menos terrível, uma vez que em protesto pelo crime passional, que infelizmente não é nenhum absurdo, surge a autoflagelação.
Pertubadoras histórias, como as de tradição oral que se contam em noites de Inverno. Não é uma leitura recomendável para almas sensiveis, mas para quem gosta de terror anda lá perto.
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