Edição: 2010/ março
Páginas: 377
ISBN: 9789896720155
Tradutor: Ana Mendes Lopes
Editora: Suma de Letras
Sinopse:
Depois do sucesso estrondoso do seu primeiro livro, a jovem escritora Juliet Ashton procura duas coisas: um assunto para o seu novo livro, e, embora não o admita abertamente, um homem com quem partilhar a vida e o amor pelos livros.
É com surpresa que um dia Juliet recebe uma carta de um senhor chamado Dawsey Adams, residente na ilha britânica de Guernsey, a comunicar que tem um livro que outrora pertenceu a Juliet.
Curiosa por natureza, Juliet Ashton começa a corresponder-se com vários habitantes da ilha.
É assim que descobre que Guernsey foi ocupada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, e que as pessoas com quem agora se corresponde formavam um clube secreto a que davam o nome de Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata.
Fascinada pela história da dita Sociedade Literária, e ainda mais pelos seus novos amigos, Juliet parte para Guernsey. O que encontra na ilha mudará a sua vida para sempre…
A minha opinião:
Ler bons livros arruina a nossa capacidade de ler livros maus. (pag. 78)
Este romance estava pousado na minha estante à espera do momento certo que chegou agora. Um daqueles livros que comprei para ler um dia. Eventualmente, quando passasse à reforma. Como se eu precissasse disso! Comprei-o porque sabia que era bom. Com a sua reedição, depois do filme chegar às salas de cinema, com um título mais completo como Guernsey - A Sociedade Literárira da Tarte de Casca de Batata, peguei nele para desanuviar do thriller anterior. Não é exatamente como eu esperava. É melhor! Comovente e divertido, num estilo mordaz e loquaz, trata-se de um romance epistolar. As cartas de Juliet são espirituosas e fiquei fã dela desde a primeira. De resto, adorei tudo. As descrições da ilha, as extraordinárias personagens e a ligação entre elas. Um romance em que aprendemos sobre a Ocupação das Ilhas do Canal e não só, mais se pudermos rir ao mesmo tempo. Emocionei-me também. Nada sabia sobre este pedaço da História. Da Segunda Guerra Mundial sabia o suficiente para temer ler mais sobre o assunto. Sabia porém que uma sociedade literária com referência a livros seria fascinante de ler.
Uma casualidade. Um livro é devolvido à sua legítima proprietária, Juliet Ashton e começa uma inesperada troca de correspondência no pós-guerra com os habitantes da ilha de Guersney e uma interessante partilha entre personagens tão altruistas e generosas.
Curiosamente, esta sociedade literária tem muito em comum com um grupo de leitores com quem me enconto mensalmente. As regras: "falávamos à vez dos livros que iamos lendo. No início, tentámos ser calmos e objectivos, mas essa intenção desmoronou-se rápidamente e o propósito dos oradores passou a ser o de tentar convencer os ouvintes a lerem o livro em questão. (Nós também o fazemos). Depois de dois membros lerem o mesmo livro já podiam discutir - que era aquilo que mais nos dava prazer. Nós liamos, falávamos e discutíamos livros e fomo-nos tornando cada vez mais amigos uns dos outros. (Nós também o fizemos). Outros habitantes da ilha pediram-nos para se juntarem à Sociedade e os nossos serões juntos passaram a ser momentos animados, vivos - de quando em vez quase nos conseguíamos esquecer da escuridão que grassava lá fora."
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