Autor: Bradford Morrow
Edição: 2017/ agosto
Edição: 2017/ agosto
ISBN: 9789897243813
Editora: Clube do Autor
Sinopse:
Na tradição dos policiais de Agatha Christie e Arthur Conan Doyle, um romance misterioso e profundo sobre o fascínio do colecionismo e o lado sombrio do comércio de livros raros.
O que acontece quando mentimos tão bem que perdemos a noção do que é real? Numa prosa magnificamente cuidada, Bradford Morrow traça uma linha débil entre o devaneio e a intuição, a memória e a ficção autoilusória, entre o amor verdadeiro e o falso.
Uma comunidade bibliófila é abalada com a notícia de que Adam, um colecionador de livros raros, foi atacado e as suas mãos decepadas. Sem suspeitos, a polícia não consegue avançar no caso, e a irmã procura desesperadamente uma pista.
Ao longo das páginas repletas de mistério e simbologias, escritores famosos e citações brilhantes, Will, cunhado e colega de profissão de Adam Diehl, tenta obter uma resposta e, ao mesmo tempo, escapar às ameaças do misterioso «Henry James». Consciente do simbolismo do caso, ele sabe que um homem sem mãos se vê privado do instrumento mais precioso quando se trata de imitar a caligrafia de William Faulkner, James Joyce, Conan Doyle e outros que tais. Na verdade, Will, ele próprio genial falsário, talvez saiba demais.
A minha opinião:
A capa, o título e a sinopse tornaram este livro irresistível para uma leitora como eu. Um livro sobre livros. Falsários. E um crime perturbador. Um inofensivo amante de livros foi alvo de um ataque macabro.
Brilhantismo e astúcia para concretizar missivas convincentes em manuscritos antigos com a pretensa caligrafia do autor que os peritos não detetam. São estes os falsários de livros raros, cobiça de colecionadores.
Vamos ao que interessa...
Livro pequeno que me irritou sobejamente e pensei amiude abandonar. Personagens sem brilho, relacionamentos sem chama e uma trama que não evoluia. Aguardava uma surpresa que renovasse a minha expectativa, entretanto baixa, de que esta poderia ser uma leitura empolgante e viciante. Soturno e amorfo era o que pensava. Finalmente cheguei ao fim e fui apanhada no susto. Fiquei ainda mais irritada, se tal era possível, mas compreendi a argúcia do autor. E pensei melhor sobre o que lera. E apreciei, o que antes não acontecera. Uma outra perspetiva que talvez venha a deixar marca, o que não é fácil.
Uma experiência inesperada. Não sendo o meu tipo, contráriamente ao que supus pelo que vi do seu exterior, acabou por ser fecundante.
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