Edição: 2018/ março
Páginas: 388
ISBN: 9789897243677
Tradutor: Inês Guerreiro
Editora: Clube do Autor
Sinopse:
Século XVI. Os conflitos pelo poder nos Estados Italianos crescem ao mesmo tempo que as artes prosperam. A Igreja e famílias como os Médici e os Sforza detêm o domínio do território e das riquezas. Savonarola ganha seguidores. Verrocchio, Botticelli, Miguel Ângelo e Rafael são artistas respeitados.
Florença é casa dos Médici e berço desta ebulição cultural. O criativo e genial Leonardo da Vinci finalmente começa a criar nome, tem o seu próprio ateliê e clientes e liberdade para desenvolver a sua arte e as suas invenções. Mas uma acusação anónima de sodomia obriga-o a abandonar os seus planos e a cidade das artes.
Invejas e medos, ignorância e corrupção, sofrimento e perseguição. Quando Leonardo percebe que nada do que parece ser é e que os inimigos podem estar em qualquer lugar, debate-se entre a vontade de triunfar e o desejo de vingança, entre o homem pecador e o génio inventivo, entre o passado e o futuro.
Este é um romance histórico com uma extensa pesquisa por trás, em que as descrições e os grandes nomes da época criam o ambiente perfeito para conhecermos melhor o homem por trás de toda a genialidade.
A minha opinião:
Há algum tempo que não lia um romance histórico, particularmente um bom romance histórico. Mais uma gentileza do Clube do Autor que, muito agradeço.
Leonardo da Vinci, o imortal génio de que ouvimos falar, foi pintor, cientista, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, urbanista, botânico, músico, poeta, filósofo e escritor. Este romance histórico pretende dar a conhecer um pouco do homem, por detrás de todos estes talentos. Leonardo era belo e garboso e conheceu a lealdade e a traição. E a vingança. Usou a perseverança e a determinação para sobreviver e vingar num mundo de fanáticos religiosos em que ousou voar e conquistar o céu ancorado ao chão.
O seu quadro mais famoso, Mona Lisa, também conhecido como A Gioconda, é explicado no fim pelo seu fiel discípluo Francesco Melzi a D. Francisco I, rei de França.
Uma vida corajosa, aventuras e rivalidades, num elaborado romance que resultou de uma exaustiva investigação e verdadeira paixão e admiração por esta personagem impar. Um romance que não me conquistou de imediato mas seduziu-me gradualmente, página a página. Ausente destas páginas a sexualidade de Leonardo da Vinci, que muito jovem foi acusado de sodomia e quase pereceu. Os amigos e os inimigos. Miguel Ângelo Buonarroti, retratado como rude e mal disposto foi um rival digno que apreciava a competição, enquanto Sandro Botticelli, um traidor com o pecado da gula.
Recomendo.
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