Edição: 2014/ setembro
Páginas: 96
ISBN: 9789722055840
Editora: Dom QuixoteISBN: 9789722055840
Sinopse:
Trata-se de um monólogo de um homem que está num bar em Macau. As memórias vão derretendo como o gelo no fundo do copo. A sua interlocutora imaginária é a mulher estranha que está do outro lado do balcão. Alguém que é apenas, como o personagem principal, um acumular de histórias ou de banalidades. Como tudo na vida.
Esta novela, vencedora do Prémio Nacional de Literatura 2013-2014 da Fundação Lions Portugal, é uma nova forma de trabalhar o discurso interno, as memórias, sempre com a indicação de uma certa polifonia, já habitual nos livros da autora.
A minha opinião:
Como a sinopse depreende-se o tipo de leitura que iremos ter. Com alguma amargura. Mas por vezes, é preciso encararmos o lado menos bonito e bem sucedido da vida e fazer um balanço. Por opção, temperamento ou sorte, ou talvez um mix de tudo, tanto acontece alheio `a nossa vontade, contrario `as nossas expectativas. Quantas vezes não projetamos filmes sobre a vida alheia ou a nossa, em dialogo imaginário com alguém, mas que se trata apenas de um monologo para colocar em melhor perspectiva as nossas ideias ou vivências.
Por impulso, insanidade momentânea, um homem de meia idade aceita deslocar-se durante um mês para Macau para ensinar algo que não se ensina: a escrever. A ser criativo. Pareceu-lhe um lugar para perder a razão, recordar memorias sem interessa e ter fantasias estúpidas. Uma alma solitária no mundo. Como tantos. Nada escapa impunemente ao seu desencanto e desalento ébrio.
Um livro sério e lúcido. Uma leitura breve e introspetiva. Bem escrito e bem estruturado, como seria de se esperar.
"As historias de cada um são testemunhos irregulares, com arestas e falhas, buracos e acrescentos." (pag.51)
Por impulso, insanidade momentânea, um homem de meia idade aceita deslocar-se durante um mês para Macau para ensinar algo que não se ensina: a escrever. A ser criativo. Pareceu-lhe um lugar para perder a razão, recordar memorias sem interessa e ter fantasias estúpidas. Uma alma solitária no mundo. Como tantos. Nada escapa impunemente ao seu desencanto e desalento ébrio.
Um livro sério e lúcido. Uma leitura breve e introspetiva. Bem escrito e bem estruturado, como seria de se esperar.
"E´ crucial dar um destino `as coisas. Por isso, fazemos tantos planos. E a vida troca-nos os planos e atira-nos para o fundo de um copo." (pag. 82)