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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Casa Dajani

Autor: Alon Hilu
Edição: 2009
Páginas: 352
ISBN: 9789896281625
Editora: Quidnovi

Sinopse:

Arredores de Jafa, 1895. Salah Dajani, um rapazinho muçulmano perturbado que vive num casarão em ruínas rodeado de pomares ao abandono, é consumido por estranhas visões de um desastre que se abaterá sobre o seu povo. A sua vida é, porém, virada do avesso com a chegada à cidade de um homem loiro e bonito, um colono judeu extremamente dinâmico, por quem se sente atraído e que vê como uma espécie de anjo salvador. Trata-se do agrónomo Haim Margaliot Kalvarisky, que rumou à terra dos antepassados na esperança de salvar o seu casamento com Ester – bela, mas frígida – e que anda desesperadamente à procura de terra fértil.
Desde a sua primeira visita à Casa Dajani – para a qual é convidado pela mãe de Salah, que vê nele a última esperança de cura para a agonia do filho –, a amizade entre Kalvarisky e o rapaz está, contudo, destinada à violência e à tragédia. Porque o colono não só cobiça a propriedade que o deslumbra, mas também a bela mulher árabe de olhos verdes, cujo marido se encontra quase sempre fora e acabará por morrer em circunstâncias misteriosas.
Este romance rico e colorido, construído a partir dos diários antagónicos dos dois protagonistas à medida que negoceiam o amor, a honra e a traição numa Palestina em mudança, é uma recriação ficcional da história dos primeiros sionistas e uma apresentação magistral do confronto entre duas culturas através dos sentimentos individuais de duas personagens notáveis.

A minha opinião:
Não gostei particularmente deste romance. Decorre no fim do séc. XIX, e é sustentada por diários e cartas de duas conturbadas personagens - um judeu/sionista(israel ita) e uma precoce criança muçulmana/árabe (palestiniano), onde apresenta duas versões frequentemente dissonantes sobre as vivências e a relação que partilharam. Representa o início do choque cultural e a disputa pela terra que caracteriza o conflito que todos conhecemos.
Bem construída e com uma linguagem rica e elaborada, recorrente em figuras de estilo, é um tanto confusa e perturbadora com os relatos do menino problemático e infeliz que mistura emoções contraditórias e extremas, pensamentos negros e pesadelos visionários que envolvem tragédia e morte.
Em dado momento, não sabia quem tinha distorcido mais os factos em seu beneficio

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