"Durante os anos de prisão, a figura de Sabir Al-Muzara ganhou dimensões inesperadas. Apesar da privação de liberdade e da tortura, através de cartas que escrevia na cela e que escapavam à confiscação, Sabir Al-Muzara comunicava com o seu povo para pedir calma e, sobretudo, nada de violência, que só gerava mais violência. Aconselhava-os a não organizarem manifestações na rua para solicitarem a sua libertação porque se infiltravam grupos mal-intencionados que causavam distúrbios; citava-lhes frases célebres de grandes homens e relatava-lhes os seus dias em Ansar 3, abstendo-se de mencionar as torturas e as péssimas condições. As cartas acabaram por ser publicadas ... Com o tempo, essas cartas converteram-se num dos seus livros mais vendidos."
(pag. 49)
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