Edição: 2010/ março
Páginas: 180
ISBN:
Editora: Dom QuixoteISBN:
Sinopse:
Instalada na casa que herdou do seu pai e com a única companhia de uma parente idosa, Eszter é uma mulher solteira que vive com a placidez de quem conseguiu adaptar-se ao que a vida lhe ofereceu. Até que um dia recebe um telegrama de Lajos, um velho amigo da família, anuciando a sua iminente visita. Um canalha encantador e sem escrúpulos, dotado de um poder de sedução irresistível, Lajos não só traiu o amor de Eszter, mas também destruiu a sua família e roubou tudo o que possuíam, excepto a casa em que vivem e o jardim com que subsistem. Eszter prepara-se então para o receber, comovida por um turbilhão de sentimentos contraditórios.
A minha opinião:
A sinopse resume bem a trama desta história. O que não nos conta, sabemos assim que começamos a ler este romance, e ficamos absortos e inquietos com a força dos sentimentos expressos em personagens que são intemporais.
Sándor Márai tem uma escrita assim, perturbadora. E isto é dizer pouco. Escrita irrepreensível e acutilante que trespassa a nossa couraça de duros e indiferentes e sem haver sangue. E tudo isto, apenas expondo sentimentos e emoções que ultrapassam a ficção. Provavelmente, o profundo conhecimento que tinha do coração humano não o permitiu continuar.
Em jeito de confissão, Eszter escreve a história do dia em que Lajos foi vê-la pela ultima vez e a roubou, bem como revela tudo o que sabe sobre ele. A sabedoria de Nunu e a fuga de Eszter, em luta contra um inimigo mais forte do que elas. Ardiloso e sem escrúpulos, consegue tudo o que quer, sem com isso trabalhar um dia, ou amar com coragem quem quer que seja. Um individuo que sabe o poder que detém, porque tem consciência de uma lei mais dura e severa que estabelece a ligação entre as pessoas e da qual não se pode fugir.
Um pequeno livro com uma grande história, que não nos deixa indiferentes. Imperdível!
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