Edição: 2011
Páginas: 184
ISBN: 978-989-676-035-9
Editora: Sextante Editora,Lda
Editora: Sextante Editora,Lda
Sinopse:
Uma vida à sua frente é narrado por Mohammed, um rapaz árabe de 14 anos, órfão, que vive no bairro pobre de Belleville com Madame Rosa, prostituta reformada e sobrevivente de Auschwitz.
A minha opinião:
A minha opinião é pouco importante porque este livro publicado em 1975, teve êxito imediato: vendeu milhões de exemplares em todo o mundo, foi traduzido em mais de vinte línguas e adaptado para o cinema num filme com Simone Signoret. Nesse mesmo ano, recebeu o Prémio Goncourt.
Perante isto, é de ler. Mais uma vez, uma boa amiga o recomendou e emprestou. E assim se fazem as coisas. Obrigado Cristina Delgado.
Uma romance para quem tem necessidade de se imiscuir mais e mais em vidas fictícias que se desenvolvem enquanto folheamos as páginas do livro e nos deparamos com um miúdo muçulmano criado por uma judia idosa com outras crianças em idênticas circunstancias (dificuldades), e que assim descreve a sua vida:
"Explique-lhes que a Madame Rosa era uma antiga puta que tinha regressado enquanto deportada nos lares judeus na Alemanha e que tinha aberto uma casa clandestina para filhos de puta que se podem chantangear com perda dos direitos de paternidade por prostituição ilícita e que se vêem obrigadas a esconder os miúdos, porque há vizinhos sacanas e que podem sempre fazer uma denuncia à Assistência Publica.(...) com a Madame Rosa em estado de abstinência e o meu pai que matara a minha mãe porque era psiquiátrico... E a minha mãe chamava-se Aicha e defendia-se com... e tinha até vinte serviços por dia, antes de ser morta numa crise de loucura, mas nao era certo que eu era hereditário." (pag. 144)
Solidariedade, solidão, velhice, sofrimento, abandono e amizade, num prédio que é uma pequena comunidade e onde diferentes pessoas convivem em harmonia e respeito e tudo isto visto pelos olhos de uma criança que interpreta e conta à sua maneira. Sem preconceitos ou tabus.
Ler para crer. E tanto para pensar.
Um prazer de ler.
Solidariedade, solidão, velhice, sofrimento, abandono e amizade, num prédio que é uma pequena comunidade e onde diferentes pessoas convivem em harmonia e respeito e tudo isto visto pelos olhos de uma criança que interpreta e conta à sua maneira. Sem preconceitos ou tabus.
Ler para crer. E tanto para pensar.
Um prazer de ler.
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