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domingo, 9 de agosto de 2020

Nunca é Tarde para Começar a Viver

A minha opinião:
A capa e o título sugerem um romance de fácil leitura, de entretenimento, o que é um tanto enganador porque apesar do sarcasmo inteligente do olhar de Andrew, o protagonista anti social que inventou uma história familiar tem uma vida difícil.
 
A solidão em que muitos morrem é um tema amargo e cruel. Partir deste tema e criar um bom romance com personagens empáticas que não é pesado mas lúcido e até diverte é bestial. Para mais, num primeiro romance.
 
Andrew é um sujeito simpático e bondoso por quem o leitor sente compreensão e compaixão. A estória é surpreendentemente empolgante e a expectativa domina para um final feliz que não se prevê mas se deseja. Apesar disso é tão ridiculamente possível que o leitor é enredado no quotidiano no escritório com um sorriso ou uma gargalhada à toa. 
A vida pode ser maravilhosamente simples se seguirmos em frente.
 
 
Autor: Richard Roper
Páginas: 320
Editora: TopSeller
ISBN: 9789896689384
Edição: 2020/ Junho

Sinopse:
Por vezes, é preciso arriscar tudo para encontrar uma razão de viver.

Andrew tem um trabalho pouco comum: encontrar os familiares das pessoas que morrem sozinhas. Os seus dias são passados a vasculhar casas vazias, a contactar parentes distantes e maldispostos e a assistir a funerais onde não aparece ninguém. A sua sorte é que tem uma família feliz à espera quando regressa a casa. Ou assim pensam os seus colegas de trabalho.

Tudo começou com um mal-entendido durante a entrevista de emprego, mas acabou por tornar-se uma teia de enganos tão complexa que Andrew se vê agora obrigado a manter um registo de todos os pormenores sobre a sua família imaginária.

Inesperadamente, é na mulher e nos dois filhos que nunca teve que Andrew encontra conforto, refugiando-se nessa fantasia. Até que conhece Peggy, uma nova colega que traz uma lufada de ar fresco à sua vida e que rapidamente se transforma numa amiga, fazendo com que Andrew queira deixar de viver uma mentira. Pela primeira vez em muitos anos, sente vontade de começar a viver.

Mas a escolha que tem pela frente é muito difícil.
Será capaz de contar a verdade e arriscar-se a perder a amizade de Peggy?
Ou preferirá manter a mentira com que já se sente confortável?
  

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