A minha opinião:Um pequeno livro. Uma simples paixão. Pessoal. Intemporal porque os sentimentos assim o são. E universais.
Ao contrário do que eu imaginava, a escrita não é maçadora mas fluída e rica. É impossível não perceber o estado de paixão cega desta mulher. Profundamente honesto e solitário também. Desamparo e êxtase.
O tempo de escrita não tem nada que ver com o da paixão. A narrativa é uma partilha intima de um tempo fora do tempo em que não é ele ou ela mas o sentimento. Uma dádiva invertida. Uma dádiva para o leitor que comunga deste sentir.
Autor: Annie Ernaux
Páginas: 72
Editora:Porto Editora
Sinopse:
De um lado, uma mulher culta, independente, divorciada e já com filhos adultos. Do outro, um homem casado, estrangeiro, mais jovem, por quem ela perde completamente a cabeça. E por quem espera, dia após dia. Se o tema parece trivial, não o é, de todo, o modo como os dois anos que dura esta «paixão simples» são contados: no seu estilo frontal, acutilante, despido de vergonhas e julgamentos, Annie Ernaux desfoca a linha ténue entre ficção e autobiografia e põe na voz da narradora as confidências da história de uma relação que toma conta de tudo, que extasia e rebaixa, fonte da maior felicidade e da mais dolorosa solidão. Viver algo assim será, talvez, o maior privilégio da existência. Lançado em 1991, Uma Paixão Simples surpreendeu o panorama literário francês, quebrando os estereótipos do romance sentimental pelo seu erotismo e pela sua honestidade. Em 2020, é adaptado ao cinema por Danielle Arbid.
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