A minha opinião:
Depois de ler a trilogia A Contraluz, Trânsito e Kudos, não podia deixar Segunda Casa. A prosa de Rachel é incisiva e muito precisa. Pequenos livros dão para ler e reler sem ficar indiferente.
Mas... contráriamente ao que eu esperava (e senti quando o iniciei), este romance não me agarrou. Muito conturbado emocionalmente e não consegui sentir empatia pelas personagens.
A narradora, que no fim é identificada como M. conta a Jeffers (desconhecido na trama) o que se passou desde que se deixou impressionar por uma tela que a reconfortou e libertou, o que a levou a convidar o artista, conhecido pela inicial L., para a sua Segunda Casa. A turbulência desta hospitalidade que envolve o marido Tony, a filha Justine e o companheiro Kurt é devastadora para todos os envolvidos. E reveladora mas também extenuante para o leitor que se vê arrastado num rodopio de emoções. Afinal, o diabo andava à solta. E nada mais do que uma homenagem.
Autor: Rachel Cusk
Páginas: 160
Editora: Relógio D'Água
ISBN: 9789897831843
Edição: 2021/ novembro
Edição: 2021/ novembro
Sinopse:
Uma mulher convida um prestigiado pintor para passar uma temporada com ela e a sua família, na casa que acabam de construir numa remota zona costeira. Profundamente impressionada com a sua pintura, espera que o particular olhar do artista ilumine com uma nova luz a sua própria existência e os mistérios da paisagem.
Ao longo desse verão, a presença do pintor vai revelar a distância que separa a realidade das ficções que vamos construindo e as subtis dinâmicas de poder que existem nas relações entre homens e mulheres.
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