Edição: 2011, Novembro
Páginas: 560
ISBN: 9789892316390
Editora: ASA
Em 1932, três amigas vão estudar para Oxford: Verity, filha de um pastor anglicano; Lady Claudia, uma jovem aristocrata; e Lally, filha de um senador. Vee, uma impetuosa maria-rapaz, planeia usar a sua liberdade para corrigir tudo o que falhou na sua infância desprovida de amor. O seu fascínio pelo jovem Alfred abre-lhe as portas das misteriosas sociedades secretas e irá conduzi-la a uma imprevisível carreira como agente secreta.
A sexualidade e os afectos também é um tema de fundo e influenciam as suas escolhas e ideologias. Claudia com a sua paixão não correspondida pelo sombrio Petrus encaminha-se para o fascismo e para a Alemanha, enquanto a amizade de Vee por Alfred leva-a para o comunismo e uma passagem pela espionagem. Lally é a mais moderada e consegue um casamento por amor mas com a oposição das familias.
Sinopse:
Ela não é o que parece…
Em 1932, três amigas vão estudar para Oxford: Verity, filha de um pastor anglicano; Lady Claudia, uma jovem aristocrata; e Lally, filha de um senador. Vee, uma impetuosa maria-rapaz, planeia usar a sua liberdade para corrigir tudo o que falhou na sua infância desprovida de amor. O seu fascínio pelo jovem Alfred abre-lhe as portas das misteriosas sociedades secretas e irá conduzi-la a uma imprevisível carreira como agente secreta.
Claudia é resplandecente e intensa, e sente-se igualmente atraída por um misterioso grupo, ou melhor, por um dos seus membros em particular: o sofisticado John Petrus. É sob a sua influência que viaja para a Alemanha e se deixa enredar nos meandros do fascismo. Entre duas personalidades tão fortes, Lally, a americana glamorosa, tenta manter viva a chama da amizade mas, na verdade, está céptica e preocupada com as opções e crenças extremas das suas amigas. Mas o assustador ano de 1938 traz consigo a desilusão e Vee decide partir para a Índia. Uma decisão tempestuosa, ensombrada pelo perigo e pelo receio da guerra. Uma viagem que mudará para sempre a sua vida e a das suas amigas.
A minha opinião:
Moderadamente bom.
Elizabeth Edmondson ficou-me na memória depois de ser agradavelmente surpreendida com o seu livro "Uma Villa em Itália" que muito recomendo. Contudo, apesar de lhe reconhecer mérito nas suas variadas e consistentes personagens, peca neste livro, por ser extenso e muito descritivo. A autora enquadra no tempo e no espaço as personagens e toda a narrativa, com uma riqueza de detalhes que são certamente resultado de um apurado estudo e investigação.
A estória passa-se no período pré-Guerra Mundial, entre 1932 e 1938 no Reino Unido. As personagens princípais são as Três Graças, Verity, aliás Vee, Claudia e Lally. Três jovens mulheres de endinheiradas familias, até aristocratas como é o caso de Claudia, que persistem na ideia repudiada por muitos, de estudarem e vão para Oxford.
Vee, tem como influência dominante o seu irmão Hugh (e o odiado avô capitalista e despóta) e através dele conhece um gupo de jovens onde ele se insere - os Anjos, que não é nada mais que uma espécie de clube ou sociedade secreta masculina onde fervilham ideias políticas. Todos abraçam causas.
A sexualidade e os afectos também é um tema de fundo e influenciam as suas escolhas e ideologias. Claudia com a sua paixão não correspondida pelo sombrio Petrus encaminha-se para o fascismo e para a Alemanha, enquanto a amizade de Vee por Alfred leva-a para o comunismo e uma passagem pela espionagem. Lally é a mais moderada e consegue um casamento por amor mas com a oposição das familias.
Uma estória bem estruturada e rica, numa linguagem envolvente e agradável sobre uma época que muito tem para contar através de personagens inteligentes, cultas e determinadas.
(Hugh): "À medida que vou ficando mais velho, vou compreendendo melhor que nada é tão simples como costumávamos acreditar aos dezoito anos, quando ansiávamos por reformar o mundo e corrigir as injustiças. O Bem e o Mal absolutos não existem. Portanto, agora não me preocupo grandemente com rótulos políticos. Em vez disso, observo com um olhar de poeta; focando-me nas personalidades, nas paixões e na sensação de ver um drama a desenrolar-se na minha frente, sem qualquer indicação de como irá terminar o derradeiro acto.
(Vee): - E o que te parece? Será uma comédia ou uma tragédia?
...
(Hugh): Os bons e os maus momentos são igualmente trágicos desde que haja a mudança. Ninguém se recorda disso, é tudo preto e branco. Desgraça, fatalidade e um fim sinistro são tragédia. Risos, bons momentos e finais felizes são comédia."
(pag. 330/1)
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