Edição: 2016/ abril
Páginas: 528
ISBN: 9789896650704
Editora: Suma
Sinopse:
Se a vida fosse um romance, o da Sara certamente não seria um livro de aventuras. Em vinte e oito anos nunca saiu da Suécia e nenhum encontro do destino desarrumou a sua existência. Tímida e insegura, só se sente à vontade na companhia de um bom livro e os seus melhores amigos são as personagens criadas pela imaginação dos escritores, que a fazem viver sonhos, viagens e paixões. Mas tudo muda no dia em que recebe uma carta de uma pequena cidade perdida no meio do Iowa e com um nome estranho: Broken Wheel. A remetente é uma tal Amy, uma americana de 65 anos que lhe envia um livro. E assim começa entre as duas uma correspondência afetuosa e sincera. Depois de uma intensa troca de cartas e livros, Sara consegue juntar o dinheiro para atravessar o oceano e encontrar a sua querida amiga. No entanto, Amy não está à sua espera, o seu final, infelizmente, veio mais cedo do que o esperado. E enquanto os excêntricos habitantes, de quem Amy tanto lhe tinha falado, tomam conta da assustada turista (a primeira na história de Broken Wheel), Sara decide retribuir a bondade iniciando-os no prazer da leitura. Porque rapidamente percebe que Broken Wheel precisa de um pouco de aventura, uma dose de auto-ajuda e, talvez, um pouco de romance. Em suma, esta é uma cidade que precisa de uma livraria. E Sara, que sempre preferiu os livros às pessoas, naquela aldeia de poucas gente, mas de grande coração, encontrará amizade, amor e emoções para viver. E finalmente será a verdadeira protagonista da sua vida.
A minha opinião
Uma tentação a que não resisti. A capa e o titulo sugerem um livro sobre livros, o que a uma livrólica assumida não deixa alternativa.
Uma livraria com livros com finais felizes intriga. E esta é uma livraria muito especial que resulta do esforço de Sara com o espolio de Amy em retribuir a uma pequena comunidade, que subsistia graças a uma rede de favores em cadeia, com um livro para cada um dos seus habitantes. O que consegue de uma forma simplista e muito eficaz e paulatinamente cativar o leitor.
Achei muito curiosa a livraria com obras que Sara bem conhecia, muitos lidos e relidos e como tal catalogados não por géneros literários, mas com indicações úteis e relevantes para um leitor não experimentado que precisasse de informação para se deixar seduzir.
Sara aceita um convite para passar dois meses numa pequena cidade do Iowa para conhecer com quem convivia por carta. E as surpresas sucedem-se porque apesar de Amy ter referido muito nas suas cartas, não corresponde exatamente ao esperado. E nesta aventura, com alguma reciprocidade com personagens bem peculiares se desenrola a ação. Mais do que um livro sobre livros temos um livro sobre a descoberta de novos amigos e o quanto podemos mudar por influencia dos outros e... de um bom livro.
"Não é que os livros conseguissem, de uma maneira ou de outra, atenuar o sofrimento causado pela guerra, quando um ente querido morria ou alcançar a paz mundial ou algo do género. Porém, Sara não conseguia deixar de pensar que na guerra, tal como na vida, um dos grandes problemas era o tédio, um desgaste lento e implacável. Nada de dramático, apenas uma erosão gradual da energia do individuo e da sua vontade de viver.
Então, o que poderia ser melhor que um livro?" (pag. 154)
Uma livraria com livros com finais felizes intriga. E esta é uma livraria muito especial que resulta do esforço de Sara com o espolio de Amy em retribuir a uma pequena comunidade, que subsistia graças a uma rede de favores em cadeia, com um livro para cada um dos seus habitantes. O que consegue de uma forma simplista e muito eficaz e paulatinamente cativar o leitor.
Achei muito curiosa a livraria com obras que Sara bem conhecia, muitos lidos e relidos e como tal catalogados não por géneros literários, mas com indicações úteis e relevantes para um leitor não experimentado que precisasse de informação para se deixar seduzir.
Sara aceita um convite para passar dois meses numa pequena cidade do Iowa para conhecer com quem convivia por carta. E as surpresas sucedem-se porque apesar de Amy ter referido muito nas suas cartas, não corresponde exatamente ao esperado. E nesta aventura, com alguma reciprocidade com personagens bem peculiares se desenrola a ação. Mais do que um livro sobre livros temos um livro sobre a descoberta de novos amigos e o quanto podemos mudar por influencia dos outros e... de um bom livro.
"Não é que os livros conseguissem, de uma maneira ou de outra, atenuar o sofrimento causado pela guerra, quando um ente querido morria ou alcançar a paz mundial ou algo do género. Porém, Sara não conseguia deixar de pensar que na guerra, tal como na vida, um dos grandes problemas era o tédio, um desgaste lento e implacável. Nada de dramático, apenas uma erosão gradual da energia do individuo e da sua vontade de viver.
Então, o que poderia ser melhor que um livro?" (pag. 154)
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