Edição: 2016/ setembro
Páginas: 176
ISBN: 9789896651176
Editora: Alfaguara Portugal
Sinopse:
Mais do que uma história de mãe e filha, este é um romance sobre as distâncias por vezes insuperáveis entre pessoas que deveriam estar próximas, sobre o peso dos não-ditos no seio das relações mais íntimas e sobre a solidão que todos sentimos alguma vez na vida. A entrelaçar esta narrativa está a voz da própria Lucy: tão observadora, sábia e profundamente humana como a da escritora que lhe dá forma.
A minha opinião:
“O meu nome é Lucy Barton” incomoda.
Lucy Barton é uma protagonista que marca. O que revela é intenso e emocionalmente verdadeiro. Relatos pungentes e lúgubres de incursões ocasionais no passado. Um passado de solidão, miséria e exclusão. Temas fortes, intemporais e transcendentes a muitas sociedades, inclusive nas ditas civilizadas.
Nas palavras da autora, pag. 93:
"Esta é uma história sobre amor, você sabe disso. Esta é a história de um homem que viveu todos os dias da sua vida atormentado por coisas que fez na guerra. Esta é a história de uma mulher que ficou com ele, porque era o que a maioria das mulheres fazia naquela geração, e que entra no quarto do hospital da filha e fala compulsivamente sobre os casamentos malogrados de toda a gente e que não sabe, não tem a menor ideia, do que está a fazer. Esta é história de uma mãe que ama a sua filha. De modo imperfeito."
Lucy é uma escritora que recorda nove semanas que passou hospitalizada após uma intervenção cirúrgica simples em que ao acordar deparou com a mãe com quem quase não tinha comunicação. Um amor imperfeito que não se expressa por palavras. Um amor imperfeito aprendido e que se replicou nos casamentos áridos e na relação com pais e irmãos.
Um estilo franco em que despeja coisas sobre as quais as pessoas nem sequer querem pensar mas que fazem parte da condição humana. Despojado e sentido parece ter muito de autobiográfico. Um percurso de redenção.
Muito bom mas não tão fácil de ler como se poderia julgar com apenas 176 páginas.
Um estilo franco em que despeja coisas sobre as quais as pessoas nem sequer querem pensar mas que fazem parte da condição humana. Despojado e sentido parece ter muito de autobiográfico. Um percurso de redenção.
Muito bom mas não tão fácil de ler como se poderia julgar com apenas 176 páginas.
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