Edição: 2013/ junho
Páginas: 664
ISBN: 9789896721824
Editora: Alfaguara Portugal
Sinopse:
Verão de 1975. Nola Kellergan, uma jovem de quinze anos, desaparece misteriosamente da pequena vila costeira de Nova Inglaterra. As investigações da polícia são inconclusivas. Primavera de 2008, Nova Iorque. Marcus Goldman, escritor, vive atormentado por uma crise da página em branco, depois de o seu primeiro romance ter tido um sucesso. Junho de 2008, Aurora. Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados do país, é preso e acusado de assassinar Nola, depois de o cadáver da rapariga ser descoberto no seu jardim. Meses antes, Marcus, discípulo de Harry, descobrira que o professor vivera um romance com Nola, pouco tempo antes do seu desaparecimento. Convencido da inocência de Harry, Marcus abandona tudo e parte para Aurora para conduzir a sua própria investigação.
A minha opinião:
"Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter acabado de ler." (pag. 680)
Sem dúvida, que muitas pessoas sabem de que falava Harry após lerem este livro. E muitas são as pessoas que já leram este livro. Eu demorei muito para lhe pegar e perceber os meandros da trama policial e entender o fenómeno Harry Quebert.
Marcus Goldman e Harry Quebert são dois afamados escritores que tiveram o bloqueio da página em branco e são grandes amigos. Duas personagens solitárias que o leitor acarinha desde o início por serem tão normais e humanas. O amor proibido de Harry e Nola é que me custou um pouco mais a crer mas ao longo da narrativa fui aceitando como possível e enquanto os enganos foram sendo desfeitos, uns que antecipei e outros não, fiquei irremediavelmente presa a esta trama despretensiosa e quase banal que não deixa pontas soltas.
O humor ficou por conta da exagerada mãe de Marcus que não me convenceu, inclusive porque li "O Livro dos Baltimore" e não me recordo desta mãe. Ainda assim, diverti-me com o sargento Gahalowood e Marcus.
Aurora, New Hampshire é uma pequena cidade costeira onde se passa a ação deste romance policial cinematográfico, e este é o maior elogio que faço a este romance.
"O que faz do dom da escrita um dom não é o facto de permitir escrever bem, mas o facto de poder dar sentido à vida. (pag. 279) "Era essa a sensação dos escritores." (pag. 475)
Gostei das trinta e uma frases sobre o boxe, sobre a vida e sobre os livros que vão sendo introduzidas como capítulos em contagem decrescente.
Os livros como a vida nunca chegam a terminar. E não esquecer as duas coisas que dão sentido à vida. Os livros e o amor.
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