Rosa Ventrella é uma exímia contadora de histórias, que eu adoro. A narrativa é cinematográfica e parece que visualizamos em filme a preto e branco a vida desta familia contada devagarinho e desde o início com a maledic que ência. E a guerra. Na sua percepção de criança arguta, Tere´
tudo escuta e tudo vê.
Suave e cristalina a escrita de Rosa e muito bela. Semtimos afeto por estas personagens que sabem que por vezes a fealdade se esconde dentro da beleza.
As privações e a resiliência numa perspectiva feminista e intimista de um tempo duríssimo em que o amor não se expressava.
Lindo e inspirado, como que sussurado pela avó da autora e a sua irmã.
Autor: Rosa Ventrella
Páginas: 296
Editora: Dom Quixote
ISBN: 9789722071253
Edição: 2021/ junho
Edição: 2021/ junho
Sinopse:
Teresa e Angelina são duas irmãs diferentes em tudo: a primeira, a narradora desta história, é tão mais delicada, reservada e silenciosa, quanto a segunda, e mais nova, é cheia de vida, curiosa e impertinente.
Estamos no início dos anos 40, em Cupertino, nas terras de Arneo, uma extensão imensa de campos cultivados no coração da Apúlia. É aqui que ambas crescem, numa família de camponeses, pobres mas cheios de recursos. Os seus avós são exímios contadores de histórias: com eles, defronte da lareira, salteadores, lobos e bruxas ganham vida; à sua mãe, Caterina, calhou-lhe em sorte uma beleza mourisca e orgulhosa, que captura o olhar de todos os homens, incluindo o do latifundiário mais importante da aldeia. «A tua beleza é uma condenação», repete-lhe constantemente a avó Assunta. Uma beleza, e uma condenação, que passaram em herança para Angelina.
Quando o pai parte para a guerra deixando as três mulheres sozinhas, Caterina não tem outra arma senão a sua beleza para sobreviver, e será obrigada a ceder a um terrível compromisso. Depois disso, começa a ser perseguida pela maledicência, pelo coscuvilhar das más-línguas. Esta vergonha, que infecta toda a família, terá em Angelina um efeito contrário: ela, que não suporta viver na pobreza, irá procurar impudentemente um amor igual ao das histórias de encantar.
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