Edição: 2012, Fevereiro
Páginas: 300
ISBN: 9789896681395
Editora: Vogais
Sinopse:
Ainda jovem, Jamilet vê a sua vida mudar quando a mãe morre. Durante anos é apontada e atormentada na sua aldeia natal no México por causa da marca hedionda que tem no corpo. Ela rejeita ficar com a avó, e decide partir para os EUA à procura de alguém que a ajude. É em Los Angeles que Jamilet vai descobrir a beleza do amor e da amizade, ao conhecer Don Peregrino.
Nesta história inspiradora, de redenção e amor, que percorre o milenar Caminho de Santiago, Cecilia Samartin, «a sucessora de Isabel Allende», dá-nos uma perspetiva iluminadora do verdadeiro significado da beleza.
A minha opinião:
Belíssimo. Um prazer de ler.
(Não tenho por hábito classificar/ qualificar os livros que leio, porque acho-o muito subjectivo e variável. Mas quando um livro realmente me agrada, não deixo de referir que foi um PRAZER DE LER).
Desde o primeiro momento em que toquei neste livro que senti vontade de o ler. Não sei exacatamente o que me cativou, se a capa, a sinopse ou mesmo as criticas, mas reorganizei as minhas prioridades para o ler e fiquei refèm da história de Jamilet e depois da história de Don Peregrino.
Talvez o mais importante desta narrrativa forte, realista e com um marcado traço latino sejam as personagens integras e maravilhosas, que encaram todas as vicissitudes com determinação e convição. Jamilet, uma inteligente jovem mexicana marcada devido a um hemangioma de nascença, numa comunidade pobre que a tratou com ostracismo, tranfigura-se num rapaz para dar o salto para os EUA e reencontrar a tia Carmen.
Don Peregrino, um díficil paciente num hospital psiquiátrico é o trabalho que vai conseguir obter com um falso documento e um falso nome. A ligação entre os dois será redentora e cúmplice, dando origem à instrução de Jamilet e ao relato da peregrinação enquanto jovem de António Calderon pelos caminhos de Santiago, com o amigo Tomás, a bela Rosa e mais tarde a rica e pérfida Jenny.
Uma escrita fluida e ritmada sem excesso de detalhes que me agradou bastante. Uma digna sucessora de Isabel Allende neste romance.
"Quem inventou que os milagres são como magia? (...) E eu sei que quem faz os milagres somos nós - retorquiu ele, estendendo as mãos para ela. (...) A magia é para os fracos, ao passo que os milagres nascem da fé, mais nada. (...)
Inspirada pela força das suas palavras e pelo calor das suas mãos, Jamilet compreendeu, pela primeira vez, exactamente o que ele queria dizer.
- Só porque acreditamos que é verdade, torna-se verdade.
- Exactamente, e tu tens de escolher as tuas histórias e acreditar nelas com todo o teu coração e a tua alma - com todo o teu ser." (pag.282)
Cecilia Samartin nasceu na revolucionária Havana, em Cuba. Ainda hoje não esquece o momento em que, enquanto a família e amigos dançavam alegremente no pátio, na cozinha a mãe chorava no ombro do pai. Foi a primeira vez que se apercebeu de que uma tragédia se tinha abatido sobre a família.
Cecilia levou anos a perceber porque é que não cresceu na sua terra natal, fazendo parte de uma típica primeira geração de “Cuban American”.
A adolescência não foi muito tranquila, com as diferenças culturais a serem, por vezes, demasiado evidentes e, por vezes, conflituosas. “Trabalhar duro e, por Deus, ser cuidadoso”, foi este o lema dos pais da autora que, sempre próxima das suas origens, decidiu tirar psicologia na UCLA, de forma a poder ajudar a sua comunidade.
Há mais de 20 anos que Cecilia Samartin ajuda emigrantes da América Latina a adaptarem-se às suas novas vidas, trabalho ao qual vai buscar muita da sua inspiração para escrever. É a autora de Broken Paradise, livro aclamado pela crítica, pelo qual recebeu o Mariposa Award.
Cecilia levou anos a perceber porque é que não cresceu na sua terra natal, fazendo parte de uma típica primeira geração de “Cuban American”.
A adolescência não foi muito tranquila, com as diferenças culturais a serem, por vezes, demasiado evidentes e, por vezes, conflituosas. “Trabalhar duro e, por Deus, ser cuidadoso”, foi este o lema dos pais da autora que, sempre próxima das suas origens, decidiu tirar psicologia na UCLA, de forma a poder ajudar a sua comunidade.
Há mais de 20 anos que Cecilia Samartin ajuda emigrantes da América Latina a adaptarem-se às suas novas vidas, trabalho ao qual vai buscar muita da sua inspiração para escrever. É a autora de Broken Paradise, livro aclamado pela crítica, pelo qual recebeu o Mariposa Award.
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