Simplídade de escrita numa estória que nos parece próxima, como se o Miguel fosse mais um amigo que se questiona sobre o que fazer com a sua vida. Muito bom o que li e vi, com as belas fotos que marcam o início de cada capítulo.
De quando em quando, sempre que um livro me chama, faço uma incursão por autores portugueses e o gosto de encontrar a alma lusa nos usos e costumes e até nos cantos descritos ou nos aromas e paladares que não nos saem da memória, é um conforto bem vindo.Certamente, este romance foi feito com imenso carinho porque é raro encontrar uma personagem masculina tão conectada com os seus sentimentos e emoções que nos passa noções claras do que é primordial. O outono é uma estação de grande beleza, tal como este romance.
Sem ser uma narrativa virtuosa é tocante ao abordar vários temas mundanos e nada fáceis. Mas para saber mais é preciso ler este romance. Eu, adorei. E, se possível, irei repetir com os livros de José Rodrigues.
Autor: José Rodrigues
Páginas: 304
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03339-0
Edição: 2020/ setembro
Sinopse:
«O sentimento de felicidade pode dar medo. Medo de que, de repente, tudo se desmorone. Que o coração gele, depois de aquecer. Que a pele esfrie, depois de recolher os melhores pedaços do Sol.»
Os dias de Miguel são divididos entre a intensa atividade profissional e o apoio a Teresa, a sua tia, institucionalizada com uma doença irreversível. Na família encontra o conforto dos seus dias agitados, com Catarina e os filhos André e Tiago.
As alterações recentes na administração do banco onde trabalha, a degradação do casamento e os problemas vividos pelo filho adolescente levam Miguel a questionar as opções de vida. Ao mesmo tempo, retoma as memórias mais antigas, incluindo a sua vila no interior e a casa onde nasceu e viveu, criado por Teresa, num ambiente de permanente felicidade.
Quando o mundo de Miguel parece desabar, passado e presente unem-se numa longa jornada de salvação e de mudança de prioridades, onde o amor se transforma no principal caminho para a reconstrução da felicidade, mesmo quando a perda e a saudade pareciam não querer dar tréguas…
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