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domingo, 25 de março de 2018

Perdido e Achado

Autor: Stephen King
Edição: 2018/ março
Páginas: 392
ISBN: 9789722535083
Tradutor: Ana Lourenço
Editora: Bertrand

Sinopse: 

1978:
Morris Bellamy está tão obcecado por John Rothstein, um icónico autor norte-americano, que era capaz de matar para conseguir um livro inédito do escritor.

2009:
Pete Saubers, um rapaz cujo pai foi brutalmente ferido por um Mercedes roubado, descobre uma mala cheia de dinheiro e os cadernos de Rothstein.

2014:
Depois de trinta e cinco anos na prisão, Morris sai em liberdade condicional. E está determinado a recuperar o seu tesouro.

Cabe agora a Bill Hodges, detetive reformado que gere uma empresa de investigação chamada Finders Keepers, salvar Pete de um Morris cada vez mais desvairado e com sede de vingança...

A minha opinião:  
Depois de "Sr. Mercedes", "Perdido e Achado" é o segundo livro da trilogia Bill Hodges do género Thriller Policial. 

Ao contrário do que se poderia esperar, as primeiras cento e tais páginas não têm nada tem a ver com a história anterior, mas ainda assim Stephen King conseguiu um segundo vilão obcecado que me deixou impressionada e arrepiada. Uma história dentro da história, ou seja, o enredo  anterior é relembrado, mas o contexto é outro e conta com novas personagens. Os protagonistas são Pete Saubers e  Morris Bellamy, dois viciados na personagem Jimmy Gold que o escritor John Rothstein criou como ídolo de uma juventude. O desfecho desta personagem não agradou ao psicopata que anseia por novas estórias redentoras. O poder profundo da fantasia. O poder dos livros, não como objetos, mas pelas histórias e ideias que contêm, que faz ressonância na imaginação do leitor. 

"Esta merda não quer dizer merda nenhuma" 
(lema de Jimmy Gold)

O antes em 1978, e o depois em 2009, são duas das três partes que compõem esta história em que o trio improvável de detetives não se destaca. Aliás, neste segundo livro, a sua participação é quase irrelevante. Os protagonistas, tão semelhantes na sua motivação e distintos na sua envolvência familiar e social, que o autor não descura, bem como a narrativa emotiva fazem deste thriller uma leitura apaixonante. Outra coisa não seria de se esperar de Stephen King, mestre do suspense. Não é muito violento, mas o gostinho pelo terror está lá. Bill Hodges mantêm o carisma e a intuição, que o faz acreditar que o pesadelo não terminou. E assim, tenho que aguardar pelo terceiro livro. 

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