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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Todas as palavras de Amor

Autor: Ana Casaca
Edição: 2013, Janeiro
Páginas:
ISBN: 9789897020605
Editora: Editora Guerra & Paz 

Sinopse:
Numa viagem em busca de si mesma, Alice escreve a primeira de muitas cartas a um grande amor. Não imagina que, na morada para onde envia as cartas, vive António, um homem que nunca viu. O homem recebe a primeira carta e as palavras daquela mulher que também não conhece, confrontam-no com aquilo de que sempre fugira.
Alice é uma mulher divorciada à procura do seu próprio rumo. António é um padre que, nunca ousou trilhar o caminho do amor. Todas as Palavras de Amor é um romance que começa com a surpresa de um engano. Depois, em páginas de uma escrita fulgurante, aprendemos que um engano talvez seja a melhor forma de modificar duas vidas para sempre.

A minha opinião:
Gosto tanto de cartas de Amor. Como de receber flores. Emocionam pelo gesto e pelo muito que contêm e significam.

Num frio dia deste Inverno e com um estado de espírito soturno, triste, fiz a minha habitual ronda por uma livraria e deparei-me com este livro. A sinopse atraiu-me e sai acompanhada por esta história, que de pronto comecei a ler. Fiquei rendida e emocionei-me. Pode parecer cliché afirmar que é uma leitura compulsiva e viciante, mas não parei de o ler noite fora. Queria saber o destino de um Amor que tão bem se expressava em belas, singelas e verdadeiras palavras. Palavras que fazem eco em quem sente Amor.

Não sou influencíavel por campanhas de publicidade ou por inspirados comentários/ opiniões (apesar de partilhar as minhas), mas este livro veio de encontro ao que ansiava ler no momento. Palavras inspiradas que me fizessem estremecer de emoção.

Poderia ser mais desenvolvida, mas talvez perdesse o encanto. Afinal, o foco são os sentimentos de Amor entre as personagens princípais, Desamor entre Tomás e Sofia - amigos de António e envolvidos numa relação de longa duração e Ilusão de Amor entre Alice e Pedro. Também o Amor-filiar tem lugar nesta história expressa na sua quase totalidade por carta.

"Quando escrevo, digo o que jamais diria olhando nos olhos. Quando escrevo, sou dez vez mais eu do que quando falo e sinto que me escutaram melhor também, que me entenderam de uma forma mais íntima."
(pag. 83)

"Quando amamos alguém, temos de sair da nossa zona de conforto, temos de desprender as amarras que nos mantinham estáveis e segurarmos apenas a mão daquele que amamos, de olhos fechados e peito rasgado. "
(pag. 169)

Um grande prazer de ler!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A Última Duquesa

Autor: Daisy Goodwin
Edição: 2012, Outubro
Páginas: 384
ISBN: 9789896264079
Editora: Esfera dos Livros
  
Sinopse:
Cora Cash, possivelmente a herdeira mais rica da América nos anos 1890, foi criada a acreditar que o dinheiro lhe podia abrir qualquer porta. Bonita, com um guarda-roupa invejável, vive no meio do luxo de uma mansão em Newport. Mas a sua autoritária mãe deseja vê-la casada com um nobre inglês. Pouco interessada nos sentimentos da filha, envia-a para Inglaterra para garantir o tão desejado casamento aristocrático. Cora fica consternada com a receção. As grandes casas que frequenta são geladas e muito desconfortáveis. Sem casa de banho e aquecimento central. Os corredores enchem-se de intrigas, e nas caves, nas alas dos criados, reina a coscuvilhice. Só quando perde o seu coração para o duque de Warehamm, um misterioso homem que quase não conhece, é que Cora percebe que está a jogar um jogo para o qual não está devidamente preparada, que não entende, mas onde a sua felicidade futura pode ser o preço.

A minha opinião:
Não sei se será por me sentir cansada e um tanto tensa, que esta leitura não me agarrou e arrastou-se bem mais do que o esperado. Gosto de romances históricos e descobrir diferenças de conduta e valores no sec. XIX tem o seu quê de fascinante, mas as personagens não as senti como credíveis, e como tal carismáticas. Outro aspeto que me desiludiu foi a opulência que me pareceu absurda dos Cash, quando o objetivo deveria ser realçar os excessos dos muito ricos do Novo Continente, em contraste com a decadência da aristocracia cheia de pergaminhos do Velho Continente.

Não vou alongar-me até porque é raro não apreciar um romance senão na sua totalidade, pelo menos em parte, mas este achei-o extenso, exaustivo em pormenores e assim um tanto maçador. Faço a ressalva sobre o meu estado de espírito que não se coadunou com esta leitura mais pausada e descritiva, mas não achei "brilho" ou "encantamento" nesta narrativa ou sequer nos diálogos. Um retrato de época sem glamour. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dentro de Ti Ver o Mar

Autor: Inês Pedrosa
Edição: 2012, Outubro
Páginas: 344
ISBN: 9789722050999,
Editora: Dom Quixote
  
Sinopse:
Um romance provocador sobre os equívocos da globalização e os labirintos da identidade, que interroga, com paixão e humor, numa escrita luminosa e reflexiva, os sonhos e medos do nosso tempo.

Dentro de ti ver o mar. A frase era dele, e dissera-a sem sequer gaguejar. Dentro dela Gabriel perdia completamente a gaguez. A frase era dele e agora Rosa esperava que viesse reivindicar-lha. Era esse o seu engenho emancipatório. Dessa frase que não lhe pertencia surgira uma letra de fado e o sucesso da fadista, numa Lisboa saturada de novos heróis do fado. Procissões de artistas despontavam diariamente para o anonimato. O fracasso subia-lhes à cabeça.
A vida da fadista Rosa, que procura o pai que nunca conheceu, cruza-se com a de Farimah, que escapa ao fado desenhado pelo pai, e com a de Luísa, que não teve mãe e ofereceu a filha. A história de três mulheres desobedientes e de como cada uma delas encontra a sua própria voz.

A minha opinião:
"Dentro de Ti Ver o Mar" expressão de ternura e desejo de um amor sem esperança. Nome de um fado que Rosa compôs e canta com alma e coração. Fado é sobre saudade, solidão, dor, alegria, amor e obsessão. Síntese básica quando este romance alcança tanto mais numa escrita fluída, elaborada e madura que nos leva a reflectir sobre as circunstâncias quotidianas e as pessoas deste meio globalizado.   

Contrariamente ás minhas expectativas li este romance em dois dias, compulsivamente. Bem dimensionado, fácil de manusear e grafia adequada com personagens intrincadas e perturbadoras é um romance com sentir bem lusitano. Mais uma vez, as personagens femininas cativaram-me. Complexas, generosas e fortes, mesmo que sem consciência disso.

Uma agradável leitura, distinto, que mistura coerência com fantasia sem perder o interesse.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

As Primeiras Luzes da Manhã

Autor: Fabio Volo
Edição: 2013, Fevereiro
Páginas: 228
ISBN: 9789722349901
Editora: Editorial Presença
 
Sinopse:
Elena vive uma vida sem paixão. Mas agora, ao aproximar-se dos quarenta, a rotina fastidiosa que tomou conta dos seus dias e do seu casamento é cada vez mais difícil de ignorar. Deseja ardentemente uma mudança, mas o medo de arriscar é proporcional a esse desejo, e Elena continua à espera que seja a vida a tomar a iniciativa... Até ao momento em que ganha coragem e aceita o convite do colega de trabalho que há algum tempo se insinua junto dela. Este envolvimento intenso e inesperado inicia-a num erotismo pleno e sem tabus que a liberta e finalmente lhe abre caminho para a tão desejada intimidade com o seu próprio mundo afetivo.

A minha opinião:
Não conheço a escrita de Fabio Volo e qualquer um dos seus anteriores romances e daí o interesse em experienciar uma leitura de um bem sucedido e para mais italiano, autor. A sinopse tornou imperiosa e prioritária esta leitura. As primeiras páginas confimaram a  minha decisão porque de imediato gostei da direta e passional Elena. Uma mulher com alguma maturidade que toma consciência de si e da sua falhada relação matrimonial e abertamente assume opiniões, percepções, emoções e sentimentos mais profundos. Não é um tema novo mas a diferença está no modo como é abordado e a proximidade que o mesmo toca o(a) leitor(a).

O que me surpreendeu um pouco foi a descoberta da sensualidade e erotismo por Elena (um pouco à semelhança de alguns romances que grassam por aí recentemente), e depois perdeu-se num devaneio que não prometia terminar bem. 

Um autor que me cativou e que irei seguir. Admirável como consegue compor uma personagem feminina com tal sensibilidade e expressividade que se reconhece em amigas e conhecidas com experiências de vida análogas.
Se possivel vou tentar ler os romances anteriores para desfrutar de um autor que parece ter muito a contar.
 
"Toda a mulher deveria encontrar um homem que a levasse pela mão e a guiasse até à sua própria intimidade. Um homem capaz de, com um só abraço, reconstituir-lhe uma vida inteira."
(pag. 97)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Uma história por contar

Autor: Monica Ali
Edição: 2013, Janeiro
Páginas: 296
ISBN: 9789722524698
Editora: Bertrand 
Sinopse:
E se a princesa Diana estivesse viva?
Quando a princesa Diana morreu em Paris, tinha trinta e sete anos. Se tivesse sobrevivido, faria cinquenta e um anos no dia 1 de julho de 2012. Quem seria ela agora se estivesse viva? O que faria? E onde?
Monica Ali, uma das escritoras mais versáteis e ousadas do nosso tempo, imaginou um destino diferente para Diana no seu novo livro. Uma década após o acidente de Paris, uma mulher britânica chamada Lydia vive numa pequena cidade norte-americana. Tem um círculo de amigas: uma tem uma loja de roupa, outra é agente imobiliária, outra é uma mãe a tempo inteiro. Lydia é voluntária num canil e gosta de nadar. O namorado, que a adora, sente que ela não se dá a conhecer. Quem é ela?
Uma História por Contar fala dos custos da fama, do sentido da identidade e da possibilidade (ou impossibilidade) de se reinventar uma vida. A princesa ficcional de Monica Ali é bonita, intrépida e engenhosa e conseguiu para si própria uma paz frágil. Mas depois o passado ameaça destruir a sua nova vida.

A minha opinião:
Diana Frances Spencer, mais conhecida como Diana, Princesa de Gales, e neste romance Lydia Snaresbrook, a complexa mulher que se reinventou para além do mito e do conto de fadas que era um real pesadelo.
Diana, foi possivelmente a mulher mais amada, admirada, invejada e incompreendida do sec. XX. Um paradoxo que a personagem do seu Secretário particular, Lawrence Standing,  expõe em diário privado durante os últimos dias da sua vida, como sendo quem intimamente a conheceu e ajudou. Revelador porque inclui muitos dados que publicamente foram divulgados mas aqui considerados sobre um prisma humano.

Um romance suave e subtil que foca a essência feminina não só através da narrativa de Lydia mas também na sua relação de amizade com Tevis, Amber, Susie e Esther. Dúvidas, anseios e receios.

Sereno até à reviravolta com a casual visita de Grabowski, um conturbado foto-jornalista que se dedicava sem êxito a escrever um livro sobre tudo o que recolhera sobre Diana, a ser publicado dez anos após o seu desaparecimento, quando reconhece algo de deslumbrante na Lydia e começa uma perseguição alucinante como ambas as personagens o sentiam.

Depois do romance, o thriller. O final restaura-me a fé no ser humano.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Fragmento

"Todas aquelas obsessões, bem como a busca maníaca de conforto (na comida, nas terapias, no amor), não carregam a marca indelével de uma personalidade defeituosa ou de uma ansiedade patológica. Vi no seu comportamento a reação de uma vida em permanente estado de crise, sob um insuportável nível de escrutínio, na tóxica e altamente inflamável estratosfera da fama.
Outros houve que lidaram com isso? Não é argumento que me convença. Mais ninguém viveu ao seu nível, com as mesmas restrições, na era dos multimédida vinte e quaro horas por dia. Não me ocorre uma comparação justa."

in "Uma história por contar" de Monica Ali, pag. 145

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Diplomata


Autor: Vasco Ricardo
Edição: 2012, Dezembro
Páginas: 140
ISBN: 9789898629050
Editora: Pastelaria Studios
 
Sinopse:
Gabriel é um político norte-americano de topo que possui uma família perfeita e uma reputação imaculada. Contudo, por detrás da sua figura exemplar, um outro homem emerge. Violento, frio e calculista, Gabriel parte em busca de algo e não parará enquanto não for bem-sucedido.
"...E quando já ninguém chorava, dei por mim a verter lágrimas que cheiravam e sabiam a sangue..."

A minha opinião:
Já deixou de ser surpresa, ler um bom livro escrito por um autor português. E mais uma vez o confirmo e por essa razão, opto por o fazer quando a sinopse, a capa ou uma critica me suscitam curiosidade e interesse. 
 
A Capa é forte e apelativa e uma boa introdução para lhe pegar e começar a leitura.
 
Sucinto e objetivo, perfeito para ler numa tarde fria mas solarenta como hoje, conjuga ação, intriga, suspense e vingança numa narrativa... aliás duas. Presente e passado, Ocidente e Oriente, fausto e miséria, em duas narrativas distintas mas que acabam por convergir como o leitor o deduz, mas não sem alguns desenvolvimentos inesperados. Uma trama bem urdida, com um Secretário de Estado da poderosa  nação americana, que tem o perfil adequado para desempenhar o seu objetivo com sucesso e brilhantismo. E também, a história de  uma criança inteligente sujeita a sobreviver numa familia de pessoas corajosas e com princípios, numa aldeia sem recursos, num país em que o medo,  a violência e a fome grassam e matam impunemente.
Apresentação de um filme de Hollywood e notícia ou documentário de uma qualquer estação televisiva. Duas história que encaramos com atenção e interesses diferentes num mundo que se deseja mais justo.
 
Um livro sem grandes pretensões mas com inegável qualidade dado que oferece uma alternativa de  leitura aprazível e compulsiva.
Recomendo.
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cada dia, cada hora

Autor: Nataša Dragnić
Edição: 2012, Outubro
Páginas: 256
ISBN: 9789720043542
Editora: Porto Editora

Sinopse:
"Tudo é como sempre foi quando estão juntos. Sem tirar nem pôr. (...) É a perfeição da vida. Como se o tempo não existisse sequer."
Como nos versos de Pablo Neruda, Dora e Luka sentem, "cada dia, cada hora", estar destinados um ao outro. Em crianças eram inseparáveis, até ao momento em que a família de Dora parte da pequena cidade croata onde viviam. Dezasseis anos mais tarde, o destino volta a uni-los, desta vez em Paris. É evidente que foram feitos um para o outro, mas a vida encarrega-se de separar os seus caminhos. Cada dia, cada hora é a história de um amor atemporal e único, tão poético e comovente como a voz em que é narrado. Desde a costa do Adriático até aos teatros de Paris, o romance de Dora e Luka faz-nos sonhar com os amores perdidos ao longo da vida e devolve-nos a esperança num final feliz.

A minha opinião:
Um amor verdadeiro, desejável e universal, feito de pensamentos e emoções pausadamente exprimidos a duas vozes em paralelo, com frases curtas e incisivas em pequenos capítulos. A linguagem do sentir que sem o suporte de uma narrativa mais contextualizada e elaborada é invulgar, mas ainda assim permite uma leitura intensa e escorreita. Um romance diferente mas que sensibiliza e agita as emoções do leitor porque tudo parece tão simples em duas pessoas destinadas a estar e a ficar juntas mas ... estes dois com alma de artistas, que desde muito jovens tanto se atraem... (e mais não conto, porque este é um romance que merece ser lido e sentido).
 
"Tudo é como sempre foi quando estão juntos. Sem tirar nem pôr. Cada movimento de um complementa o movimento do outro. Tudo se ajusta. Continuamente. Corpos, olhares, palavras. É a perfeição da vida. Como se o tempo não existisse sequer. Como se não houvesse outro tempo."
(pag. 209)
 
Este fragmento que parcialmente se encontra na sinopse, parece-me uma boa imagem deste Amor que transcende o tempo e os outros, mas não as barreiras auto-impostas entre o Querer e o Poder ou o Dever. Um belissimo romance de estreia, de uma autora que desejo acompanhar num futuro que espero breve.
 
Um prazer de ler! (Que sorte a minha. Um auspicioso ínicio de ano literário.)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

O Segredo de Sophia

Autor: Susanna Kearsley
Edição: 2012, Junho
Páginas: 512
ISBN: 9789892319445
Editora: ASA

Sinopse:
Carrie McClelland é uma escritora de sucesso a braços com o pior inimigo de qualquer artista: um bloqueio criativo. Em busca de inspiração, ela decide mudar de cenário e visitar a Escócia, onde se apaixona pelas belas paisagens e pelo Castelo de Slain, um lugar em ruínas que lhe transmite uma inexplicável sensação de pertença e bem-estar. Tudo parece atraí-la para aquele lugar, até mesmo o seu coração, que vacila sempre que encontra Graham Keith, um homem que acaba de conhecer mas lhe é, também, estranhamente familiar.Com o castelo como cenário e uma das suas antepassadas - Sophia - como heroína, Carrie começa o seu novo romance. E rapidamente dá por si a escrever com uma rapidez invulgar e com um imaginário tão intrigante que a leva a perguntar-se se estará a lidar apenas com a sua imaginação. Será a "sua" Sophia tão ficcional como ela pensa? À medida que a sua escrita ganha vida própria, as memórias de Sophia transportam Carrie para as intrigas do século XVIII e para uma incrível história de amor perdida no tempo. Depois de três séculos de esquecimento, o "segredo de Sophia" tem de ser revelado.

A minha opinião:
Um romance maravilhoso. Devaneio entre páginas. 
 
Retardei a leitura só pelo prazer de viajar por paisagens e cenários de sonho junto ao mar da Escócia. Personagens admiráveis e interessantes, mobilizadas por valores e ideais como a restauração ao poder do rei Jaime Stewart VIII da Escócia,  tornaram muito dificil interromper a leitura sem ansiar por saber mais. Mas não é apenas a parte de romance histórico que cativa o leitor porque a presença e atítude de Carrie e Graham num romance contemporâneo tornam este livro digno de ser lido e relido.

Narrativa segura e suave contada em dois tons. Primeira pessoa do singular com a Carrie e terceira pessoa do singular quando se trata da história de Sophia, uma personagem fascinante e forte que resistiu a várias vicissitudes. Como a autora escreveu: "Qualquer obra de ficção histórica é baseada em pessoas reais" e esta é resultado de um apurado estudo e muito empenho num romance absolutamente imperdível pelo carisma das personagens que se tornam compreensivelmente reais para o leitor.
Duas épocas diferentes separadas por três séculos de História, que Carrie recupera quando escreve o seu romance em que pela primeira vez a protagonista é uma mulher, mas na qual os homens também tem papeis preponderantes. Semelhanças e dissonâncias na história de ambas.

Há romances que merecem uma maior projeção e divulgação e este é certamente um desses casos. A capa bonita não é suficientemente apelativa e não espelha o conteúdo deste forte e inspirado romance, que não é exclusivamente para um público feminino.
 
Um prazer de ler!