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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cada dia, cada hora

Autor: Nataša Dragnić
Edição: 2012, Outubro
Páginas: 256
ISBN: 9789720043542
Editora: Porto Editora

Sinopse:
"Tudo é como sempre foi quando estão juntos. Sem tirar nem pôr. (...) É a perfeição da vida. Como se o tempo não existisse sequer."
Como nos versos de Pablo Neruda, Dora e Luka sentem, "cada dia, cada hora", estar destinados um ao outro. Em crianças eram inseparáveis, até ao momento em que a família de Dora parte da pequena cidade croata onde viviam. Dezasseis anos mais tarde, o destino volta a uni-los, desta vez em Paris. É evidente que foram feitos um para o outro, mas a vida encarrega-se de separar os seus caminhos. Cada dia, cada hora é a história de um amor atemporal e único, tão poético e comovente como a voz em que é narrado. Desde a costa do Adriático até aos teatros de Paris, o romance de Dora e Luka faz-nos sonhar com os amores perdidos ao longo da vida e devolve-nos a esperança num final feliz.

A minha opinião:
Um amor verdadeiro, desejável e universal, feito de pensamentos e emoções pausadamente exprimidos a duas vozes em paralelo, com frases curtas e incisivas em pequenos capítulos. A linguagem do sentir que sem o suporte de uma narrativa mais contextualizada e elaborada é invulgar, mas ainda assim permite uma leitura intensa e escorreita. Um romance diferente mas que sensibiliza e agita as emoções do leitor porque tudo parece tão simples em duas pessoas destinadas a estar e a ficar juntas mas ... estes dois com alma de artistas, que desde muito jovens tanto se atraem... (e mais não conto, porque este é um romance que merece ser lido e sentido).
 
"Tudo é como sempre foi quando estão juntos. Sem tirar nem pôr. Cada movimento de um complementa o movimento do outro. Tudo se ajusta. Continuamente. Corpos, olhares, palavras. É a perfeição da vida. Como se o tempo não existisse sequer. Como se não houvesse outro tempo."
(pag. 209)
 
Este fragmento que parcialmente se encontra na sinopse, parece-me uma boa imagem deste Amor que transcende o tempo e os outros, mas não as barreiras auto-impostas entre o Querer e o Poder ou o Dever. Um belissimo romance de estreia, de uma autora que desejo acompanhar num futuro que espero breve.
 
Um prazer de ler! (Que sorte a minha. Um auspicioso ínicio de ano literário.)

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