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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fragmento

"E depois havia a minha filha. O facto de a ter abandonado não saía da minha cabeça, nem por um instante.
...
A cada vinte e nove dias, o luar desenhava um quadrado lento que atravessava o colchão onde nos tinhamos sentado para passar a última noite juntas e a cada mês quase esperava poder trazê-la para junto de mim. Em vez disso, o luar iluminava apenas a minha solidão e eu ficava ali sentada, sob o seu brilho pálido, a recordar-me dela como ela era e a imaginar como seria agora. A quilómetros e quillómetros de distãncia, sentia a minha filha a mudar, a crescer e desenvolver-se a cada novo dia, sem mim. Desejava estar com ela, testemunhar a sua transformação.
Mas por muito que quisesse voltar a estar com ela, não podia ir até ao seu encontro. O meu desejo por ela parecia-me egoísta. Deixá-la com Grant foi a maior prova de amor que alguma vez lhe podia ter dado e não me arrependia disso. Sem mim, a minha filha estaria em segurança. Grant ia amá-la como me tinha amado a mim, com uma devoção e carinho que eu não merecia. Era tudo o que podia desejar para ela."

(A Linguagem Secreta das Flores, de Vanessa Diffenbaught, pags. 349/50)

A Linguagem Secreta das Flores

Autor: Vanessa Diffenbaugh
Edição: 2011, Maio
Páginas: 416
ISBN: 9789896720742
Editora: Alfaguara Portugal

Sinopse:
Victoria Jones tem medo do contacto físico. Tem medo das palavras, as suas e as dos outros. Sobretudo, tem medo de amar e de ser amada. Há apenas um lugar onde todos os seus medos se esfumam no silêncio e na paz: o seu pequeno jardim secreto, num recanto de um parque público de São Francisco.

É nesse refúgio que cuida das flores e se sente em casa. Foi Elizabeth, a única mãe verdadeira que conheceu na sua vida, que a iniciou na arte da linguagem secreta das flores. Para Victoria é simples resumir a sua vida através das flores: a lavanda para a indiferença, os cardos para a misantropia, e a rosa branca para a solidão.

Abandonada ainda em bebé, passou a infância a saltitar de uma família adoptiva para outra. Agora, aos dezoito anos, está largada à sua sorte, sem um lugar a que chamar casa. Até ao dia em que uma florista descobre o talento de Victoria para as flores e lhe oferece trabalho. Rapidamente os seus arranjos florais passam a ser dos mais procurados da cidade, porque comunicam emoções, oferecem felicidade e curam a alma.

Apesar da magia e beleza que espalha em seu redor, Victoria continua sem esperança de encontrar um remédio que cure as suas feridas. Tudo muda quando conhece Grant, um jovem misterioso que também conhece a linguagem secreta das flores e parece saber tudo sobre ela. Só Grant parece ser capaz de aceder ao coração de Victoria, bem trancado dentro de um compartimento secreto. Este encontro obriga a jovem mulher a recordar um segredo do seu passado e a decidir se vale a pena arriscar tudo em troca de uma segunda possibilidade de ser feliz.
 
A minha opinião:
Mais um livro que li por sugestão de uma amiga. Não porque o título e a sinopse não fossem atrativas mas porque a minha indisponibilidade e uma critíca menos favorável o afastaram das minhas prioridades. Mas desse modo, perdia uma excelente oportunidade de me deleitar com um maravilhoso romance. Marcante.
 
Há alguns anos atrás, li e diverti-me com um dicionário sobre o significado das flores. Sabia por isso, que na época vitoriana comunicavam e encetavam relações com base na mensagem implícita das flores que se oferecia.  Ainda hoje, todos sabem que receber rosas vermelhas é uma declaração de amor, mas sobre muitas outras flores que muito apreciamos, pouco ou nada sabemos. Rosas amarelas (que adoro) é cíume.
 
Victoria é uma jovem muito especial pelo talento e sensibilidade que tem com as flores. Comunica emoções através delas e influencia a vida de muitas pessoas com os seus arranjos florais.
A sua história de vida é o mais importante de toda a narrativa. Abandono, rejeição, sofrimento, revolta e amor.
Intercalando passado, na sua relação e vivência aos 9 anos com a única mãe que amou - Elizabeth e presente, com Renata e Grant, que sem a pressionarem, a amararm e compreenderam, toda a história de vida de Victoria se desenrola sem que consigamos parar de ler. Também a autora comunica emoções nesta narrativa pausada e suave (mas dura), em que a autenticidade das personagens nunca é questionada e dificilmente nos sairá da memória.
Um romance que nos acrescenta algo e em que somos surpreendidas com o desenrolar dos acontecimentos.
Imperdível.

domingo, 22 de abril de 2012

Uma Menina de Boas Famílias

Autor: Elizabeth Edmondson
Edição: 2011, Novembro
Páginas: 560
ISBN: 9789892316390
Editora: ASA 

Sinopse:
Ela não é o que parece…

Em 1932, três amigas vão estudar para Oxford: Verity, filha de um pastor anglicano; Lady Claudia, uma jovem aristocrata; e Lally, filha de um senador. Vee, uma impetuosa maria-rapaz, planeia usar a sua liberdade para corrigir tudo o que falhou na sua infância desprovida de amor. O seu fascínio pelo jovem Alfred abre-lhe as portas das misteriosas sociedades secretas e irá conduzi-la a uma imprevisível carreira como agente secreta.
Claudia é resplandecente e intensa, e sente-se igualmente atraída por um misterioso grupo, ou melhor, por um dos seus membros em particular: o sofisticado John Petrus. É sob a sua influência que viaja para a Alemanha e se deixa enredar nos meandros do fascismo. Entre duas personalidades tão fortes, Lally, a americana glamorosa, tenta manter viva a chama da amizade mas, na verdade, está céptica e preocupada com as opções e crenças extremas das suas amigas. Mas o assustador ano de 1938 traz consigo a desilusão e Vee decide partir para a Índia. Uma decisão tempestuosa, ensombrada pelo perigo e pelo receio da guerra. Uma viagem que mudará para sempre a sua vida e a das suas amigas.

A minha opinião:
Moderadamente bom.
 
Elizabeth Edmondson ficou-me na memória depois de ser agradavelmente surpreendida com o seu livro "Uma Villa em Itália" que muito recomendo. Contudo, apesar de lhe reconhecer mérito nas suas variadas e consistentes personagens, peca neste livro, por ser extenso e muito descritivo. A autora enquadra no tempo e no espaço as personagens e toda a narrativa, com uma riqueza de detalhes que são certamente resultado de um apurado estudo e investigação.
 
A estória passa-se no período pré-Guerra Mundial, entre 1932 e 1938 no Reino Unido. As personagens princípais são as Três Graças, Verity, aliás Vee, Claudia e Lally. Três jovens mulheres de endinheiradas familias, até aristocratas como é o caso de Claudia, que persistem na ideia repudiada por muitos, de estudarem e vão para Oxford.
 
Vee, tem como influência dominante o seu irmão Hugh (e o odiado avô capitalista e despóta) e através dele conhece um gupo de jovens onde ele se insere - os Anjos, que não é nada mais que uma espécie de clube ou sociedade secreta masculina onde fervilham ideias políticas. Todos abraçam causas.

A sexualidade e os afectos também é um tema de fundo e influenciam as suas escolhas e ideologias. Claudia com a sua paixão não correspondida pelo sombrio Petrus encaminha-se para o fascismo e para a Alemanha, enquanto a amizade de Vee por Alfred leva-a para o comunismo e uma passagem pela espionagem. Lally é a mais moderada e consegue um casamento por amor mas com a oposição das familias.

Uma estória bem estruturada e rica, numa linguagem envolvente e agradável sobre uma época que muito tem para contar através de personagens inteligentes, cultas e determinadas.

(Hugh): "À medida que vou ficando mais velho, vou compreendendo melhor que nada é tão simples como costumávamos acreditar aos dezoito anos, quando ansiávamos por reformar o mundo e corrigir as injustiças. O Bem e o Mal absolutos não existem. Portanto, agora não me preocupo grandemente com rótulos políticos. Em vez disso, observo com um olhar de poeta; focando-me nas personalidades, nas paixões e na sensação de ver um drama a desenrolar-se na minha frente, sem qualquer indicação de como irá terminar o derradeiro acto.
(Vee): - E o que te parece? Será uma comédia ou uma tragédia?
...
(Hugh): Os bons e os maus momentos são igualmente trágicos desde que haja a mudança. Ninguém se recorda disso, é tudo preto e branco. Desgraça, fatalidade e um fim sinistro são tragédia. Risos, bons momentos e finais felizes são comédia."


                                                                                         (pag. 330/1)

domingo, 15 de abril de 2012

Irmã

Autor: Rosamund Lupton
Edição: 2012, Janeiro
Páginas: 369
ISBN: 9789722633833
Editora: Civilização
 
Sinopse:
Quando Beatrice recebe um telefonema frenético a meio do almoço de domingo e lhe dizem que a sua irmã mais nova, Tess, desapareceu, apanha o primeiro avião de regresso a Londres. Mas quando conhece as circunstâncias que rodeiam o desaparecimento da irmã, apercebe-se, com surpresa, do pouco que sabe sobre a vida de Tess – e de que não está preparada para a terrível verdade que terá de enfrentar.
A Polícia, o noivo de Beatrice e até a própria mãe aceitam ter perdido Tess, mas Beatrice recusa-se a desistir e embarca numa perigosa viagem para descobrir a verdade, a qualquer custo.

A minha opinião:
Por insistência de uma amiga, que me emprestou o livro, saí do meu género literário preferido para uma leitura mais forte como é o policial/ thriller. E ela não poderia estar mais certa porque adorei este livro. É muito bom.

Não é fácil de ler porque na angustiante busca de Tess (a irmã) e depois ao procurar saber toda a verdade sobre o que lhe sucedeu, Beatrice vai contra todos os indícios, opiniões ou determinações, apoiada na sua convicção e nos seus instintos, relatando dia-a-dia tudo o pensa e sente como uma mensagem póstuma e em monólogo com a irmã.

Apesar de ser uma história ficional, a autora consegue uma credibilidade e veracidade tal no sofrimento e culpa de Beatrice, que perturba o leitor. Baseada na relação entre duas irmãs que apesar de afastadas geográficamente mantinham profundos laços emocionais e afectivos e alguma comunicação sobre o acontecia nas suas vidas.

Depois de o ler pausadamente, porque a escrita é bela e singela, mas a intensidade das emoções assim o obriga, vamos captando a essência de cada personagem através do testemunho de Beatrice. Beatrice que evolui ao longo de toda a narrativa porque a dor vai transfigurá-la e fazê-la sair da sua zona de segurança. Perspicaz e destemida confronta tudo e todos para obter respostas à sua certeza do que iria encontrar...

Brilhante narrativa que emociona e comove mas também arrepia. O final é surpreendente e também aqui o leitor será arrebatado.

Sobre a autora:
Rosamund Lupton ensina Literatura Inglesa na Universidade de Cambridge. Depois de vários empregos em Londres, incluindo copywriting e revisão para a Literary Review, venceu uma competição para jovens escritores e foi selecionada pela BBC para um curso de jovens escritores. Também foi convidada para o grupo de escritores do Royal Court Theatre. Escreveu guiões originais para televisão e cinema, antes de escrever o seu primeiro romance, Irmã, um bestseller no Reino Unido e nos EUA. O seu segundo romance, Afterwards, também já é um bestseller no Reino Unido. Rosamund vive em Londres, com o marido e os dois filhos.

sábado, 14 de abril de 2012

Fragmento

"Sexo e gargalhadas. O coração e os pulmões de uma relação."
(Irmã, de Rosamund Lupton, pag.15)

Tag 11 perguntas

Mais um desafio lançado pela Mira que ouso responder e o qual agradeço. 

1. O que pensas da dita crise do país?
R: Lamento-o. Penso que mais do que uma crise económica e social, é tambem uma crise de valores que é urgente recuperar.

2. Qual o teu carro favorito?
R: Gosto dos Audis sem especificar modelo.

3. Lês? Que géneros gostas mais?
R: Bastante para o tempo de que disponho. Romances essencialmente.

4. Quais são os teus hobbies?
R: Ler e passear (a pé).

5. Sapatilhas ou tacões (mulheres) / meias brancas ou pretas (homens)?
R: Sapatilhas e tacões. Meias brancas e pretas. Tudo depende das circunstâncias. Se em desporto, tenis e meias brancas.

6. Roupa desportiva/descontraída ou roupa mais pipi?
R: Tenho os dois. Normalmente descontraída e informal. Confortável.  Mas também adoro e admiro a elegância e o charme que se consegue quando pipi.

7. Tens animais de estimação? Chuta aí os nomes.
R: Sim. Peixoto (o peixe de mais de 12 anos), Nina e BEN(jamim) os gatos pretos e BUG (informático) - o meu cão.

8. O que fazes profissionalmente?
R: Lido com papeis e pessoas.

9. Qual a tua praia favorita?
R: No Algarve, gosto da praia do Amado.

10. Qual a estação do ano que preferes? Porquê?
R: Primavera. Porque é uma estação "equilibrada". Após o frio e a chuva do Inverno, gosto da mudança que surge com a Primavera e o renovar da natureza. 

11. O que dizes sobre mim?
R: Genuína e espontânea.

domingo, 8 de abril de 2012

Provença O Lugar Mágico Onde se Curam Corações Partidos

Autor: Bridget Asher
Edição: 2012,  Fevereiro
Páginas: 416
ISBN: 9789722048439
Editora: Livros d'Hoje

Sinopse:
Com o coração destroçado e ainda a chorar a perda do marido, Heidi viaja com Abbot, o filho de sete anos, e Charlotte, a desinteressada sobrinha de dezasseis, até à pequena aldeia de Puyloubier, no Sul de França, para uma casa de pedra já velhinha que tem sido responsável pela recuperação de corações partidos, desde antes da Segunda Guerra Mundial.

Ali, Charlotte revela um segredo perturbante e Heidi fica a saber a verdade sobre o «verão perdido» da mãe, quando ela era ainda criança. Ao mesmo tempo que três gerações colidem entre si, com uma vizinha que conhece todos os segredos da família e um francês enigmático, Heidi, Charlotte e Abbot iniciam uma viagem que passa pelo amor, pela dor e pelas gargalhadas entre as vinhas, os ventos quentes e pela deliciosa comida da Provença. Conseguirá a magia da casa curar também o coração de Heidi?

A minha opinião:
Não li imediatamente este livro quando me chegou às mãos porque senti que teria que estar predisposta a lê-lo dado o que me faria sentir e/ ou pensar. Não errei porque é um dos melhores romances que li, mas não um dos mais fáceis, aliás bastante exigente porque o leitor acaba por reencontrar e experienciar algumas das emoções descritas.

Na primeira parte, a narrativa foca-se na realidade de Heidi e Abbot após a perda de Henry dois anos antes e como perservam a memória dos momentos felizes vividos. O distanciamento e desinteresse dos outros e do que os rodeia com esquecimentos, lapsos e perdas como se vivessem numa bolha que excluia tudo o resto. Saudade, dor e insegurança são transmitidos ao leitor nem sempre textualmente mas estão lá implicitos e são percepcionados.
Também nesta primeira parte, Heidi dá-nos a conhecer intimamente todos os elementos da sua familia.
 
"O beijo, esse foi o começo. Henry e eu funcionávamos como um casal porque me convencera de que estava errada sobre o amor. E o amor não é um compromisso. A vida é dura. A vida exige um compromisso. Mas, quando duas pessoas se apaixonam, criam um refúgio. A minha familia era frágil. O amor era algo feito de vidro soprado."   (pag.45)
 
A mãe de Heidi e Elysius, a irmã após o casamento da mesma, reunem-se para a persuadir a ir cuidar e restaurar a casa da Provença com a sugestão de que "Toda a mulher necessita de um Verão perdido na sua vida". Este era o dela, de Abbot (com tiques e comportamento obsessivo-compulsivo) e o de Charlotte, a enteada de Elysius, uma difícil adolescente.
Na segunda parte, a mudança de ambiente em que vão reencontrar alguns conhecidos da sua infância como Véronique e Julien, vizinhos da casa e completar a tarefa de sentir, escutar e tomar decisões referentes à casa mas principalmente sobre si próprios ao abrigo da magnifica montanha.
A histórica casa de familia continha algumas  histórias de amor que eram transmitidas oralmente. O Lugar Mágico Onde se Curam Corações Partidos.
 
Todas as personagens tem um papel relevante nesta narrativa e são verossimeis e credíveis no seu sentir, porque este é um romance sobre o amor mas não um amor de principes e princesas, ou de heróis, mas o amor intenso e possível apesar das perdas ou dificuldades para quem tem o coração aberto a novas emoções.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Fragmento

"De um modo geral, Henry e eu éramos de opinião que a culpa acabava por ser dos homens. Eram desastrados no afeto, estavam mal preparados para o conflito, zangavam-se quando precisavam de se mostrar arrependidos, mentiam quando deveriam ter optado pela franqueza absoluta, exprimiam opiniões que deveriam ter guardado só para si... etc, etc, etc.,etc.
- Sofás falantes, disse Henry."
...
"Abanou a cabeça e sorriu-me.
- Não foi um casamento. Foi um amor. Algumas pessoas conseguem um e o outro. Algumas pessoas conseguem ambos ao mesmo tempo - disse. Tu entendes."

(Provença O Lugar Mágico Onde se Curam Corações Partidos, de Bridget Asher, pags 79 e 82)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Casamento do Ano

Autor: Laura Lee Guhrke
Edição: 2011, Outubro
Páginas: 368
ISBN: 9789722047838
Editora: Livros d'Hoje

Sinopse:
Beatrix Danbury sempre teve a certeza de que iria casar com William Mallory. Amava-o desde sempre e nunca duvidou que ele a amasse também. Mas quando Beatrix o obriga a ter de escolher entre uma vida a dois ou o seu sonho de sempre, ele decide-se pela última hipótese... a duas semanas do casamento.
O regresso do Duque...
William estava certo de que Beatrix o receberia de braços abertos. Os seis anos que haviam passado desde que a deixara, não tinham feito desaparecer o seu amor por ela. O problema é que Beatrix estava prestes a casar-se com outro homem. Alguém previsível e em quem sentia que podia confiar... alguém que era o oposto do seu antigo noivo.
Conseguirá William impedir o casamento do ano e ter Beatrix de volta, ou será tarde demais?

A minha opinião:
Um romance de época/ histórico leve, divertido e romântico. Um romance padrão que nos aquece o coração e nos faz sonhar com o tal príncipe encantado. Ideal para esquecer as agruras da vida e prepararmo-nos para leituras mais "pesadas" ou realistas.

Reminiscências da minha adolescência em que adorava ler este género de romances, que sucederam a fase das histórias de princesas, contos de fadas, e que nos distanciam de todo o tipo de aborrecimentos e de jovens menos sensíveis, educados ou gentis comparado ao nobre cavalheiro inglês Will Mallory, Duque de Sunderland.

Não é o primeiro romance que leio desta escritora e sabia que seria uma leitura fácil, agradável e cheia de diálogos divertidos e provocadores entre as duas apaixonadas personagens, que terminam num Final Feliz. Assim, deixei-me ir nesta corrente de palavras e deslizei no delírio do passado cheio de regras e normas de conduta da classe priveligiada no trato e comportamento social. Uma vida tão distante da nossa em que atividades lucrativas para as mulheres eram impensáveis e apenas podiam aspirar a um casamento (frequentemente de conveniência) com algum cavalheiro de elevada posição social e muitos filhos.

Não é um best seller mas proporcionou-me momentos descontraídos e de puro lazer e esquecimento. Exactamente o que pretendia. Terapêutico.
 
Sobre a autora:

Laura Lee Guhrke formou-se em Administração de Empresas na Boise State University. Depois de trabalhar sete anos em publicidade, algum tempo como fornecedora de comida e alguns anos a dirigir os escritórios das empresas de construção e desenvolvimento de seus pais, percebe que escrever é bem mais divertido. Vencedora do prestigiante prémio RITA, atribuído pela associação Romance Writers of America a romances históricos, é uma das autoras mais respeitadas deste género. Neste momento está a preparar o seu décimo oitavo romance histórico. Em Portugal, a Livros d’Hoje, já editou, em 2009, Prazeres Proibidos e, em 2010, A Cama da Paixão.

terça-feira, 3 de abril de 2012

TAG 11 Perguntas

Recebi este desafio mas tive que adiar porque não consegui gerir o meu tempo para todos os meus afazeres. Agradeço a simpatia de http://leiturasdeaab.blogspot.pt/ que me incluiu e espero não desiludir por apenas agora o responder.

1- Qual a maior qualidade que aprecias numa pessoa?
R: Ser verdadeira na sua relação com os outros.

2 - Que defeito não suportas?
R: Inveja.

3 - Profissão de sonho:
R: Qualquer actividade que nos faça começar e acabar o dia com um sorriso. Uma relacionada com livros para quem gosta de ler, parece-me bem.

4 - Qual a cidade/vila/aldeia portuguesa que mais gostas?
R: Gosto muito da minha - Alenquer.

5 - Local preferido para ler?
R: Ao ar livre - o meu pequeno quintal.  O aconchego da minha casa (quarto e sala).

6 - Se a tua vida fosse um livro, que titulo teria?
R: Era um vez ...

7- Qual o teu género literário preferido?
R: Romance.

8 - Quem são os teus escritores preferidos?
R: Muitos mas de imediato ocorro-me: Sveva Casatti Modignani, Sarah Addison Allen; Charles Martin; Nicky Pellegrinno; Will North; Marc Levy e Marisa de los Santos.

9 - Se fosse possível, que personagem literária gostarias de conhecer?
R: Don Peregrino ( de um dos mais recentes livros que li - Beleza Atormentada).

10 - Qual o filme adaptado de um livro que mais gostaste de ver?
R: A papisa Joana.

11 - Que livro gostarias de ver transformado em filme?
R: Jardim dos Segredos.