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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A Travessia

Autor: Wm. Paul Young
Edição: 2013, setembro
Páginas: 304
ISBN: 9789720042354
Editora: Porto Editora

Sinopse:
Anthony Spencer é um empresário de sucesso, um homem orgulhoso e egocêntrico que não olha a meios para conseguir os seus objetivos. Um dia, o destino prega-lhe uma partida: um AVC deixa-o nos cuidados intensivos, em estado de coma.
Entre a vida e a morte, Anthony vê-se num mundo que espelha a dor e a tristeza que tem dentro de si.

Confuso, sem compreender exatamente onde está e como foi ali parar, viaja pela sua consciência para compreender quem realmente é e descobrir tudo o que tem perdido ao longo da vida: a esperança, a amizade genuína e o amor verdadeiro, sentimentos que há muito o seu coração deixara de sentir.
Em busca de uma segunda oportunidade, Anthony fará uma jornada de redenção e encontro com o seu verdadeiro ser.

A minha opinião:
Não li o anterior romance deste autor, "A Cabana", porque me pareceu muito sentimental e banalizado. Contudo, este novo romance despertou-me alguma curiosidade. Pretendia conhecer o género que tantos apreciaram e comentaram e sem termo de comparação ou expetativas elevadas, arrisquei.

O título e a sinopse deixam antever do que se trata. Uma narrativa ficcional de um homem depois de uma vida desgarrada e solitária, até paranóica, que após uma partida do destino faz uma jornada espiritual e religiosa extraordinária. Algumas personagens peculiares com a aparência que a imaginação de (Antony) Tony cria nos momentos em que se cruzam no devastado ermo que fora a sua vida, e outras menos peculiares e mais plausíveis como Molly, Cabby, Clarence e Maaggie no mundo real que ele via através das janelas da alma (olhos) de qualquer um deles e com quem conseguia comunicar.

Narrativa inicialmente amarga e desagradável,  que provoca aversão por uma personagem tão odiosa e egocêntrica. Subitamente muda drasticamente e Tony é uma nova personagem que não reconheço. Apesar de a apreciar e esta me divertir com diálogos bem humorados, a travessia espiritual revelou uma personagem demasiado distinta desde a transição.

Nada de muito surpreendente ou emocional e por isso, não foi uma leitura tão satisfatória como gostaria. Fluída e acessível e talvez daí a fácil promoção. Contudo, as mensagens que transmite são louváveis e a ter em consideração. 

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