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domingo, 31 de janeiro de 2021

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A minha opinião:
Como referido no prefácio por Sara Augusto, autora das encantadoras fotos que complementam a narrativa e embelezam este livro, que se trata de uma história em que as personagens e as suas ações são representações da vida. Reminiscências e afetos que o José neste segundo romance apresenta com um cunho muito pessoal. Um apego à terra e ás pessoas de quem se quer bem. Laços que perduram num romance sentido. E uma protagonista que se desdobra em cuidados com a família desde que saiu de Cabeceiro para seguir uma carreira. Uma história de normalidade neste estranho retiro que se torna tão aconchegante e nostálgica.

Um triãngulo amoroso. Inusitado. Inesperado. Irresistível. A relação afetiva estável e rotineira com Guilherme que, acomodado desdenhava dos cuidados da companheira com o irmão que sofria um profundo desgosto amoroso e muito preocupava os pais, e o desmazelo em que se deixava cair quando esta se ausentou em trabalho por um período maior. João, o diretor da unidade hoteleira onde se instalou e com o qual a empatia e à vontade logo se fez sentir. E depois, quando se trata de sentimentos muito pode acontecer. E o José Rodrigues, o autor deste envolvente romance é um romântico. Procura palavras simples para emoções complicadas e não desarma. 

O desfecho foi muito bom. Não que fosse idílico mas foi verossímel. E terno. Gostei muito. E pensar que o recebi como prenda de anos e natal antecipada e protelei a leitura.

Autor: José Rodrigues
Páginas: 272
Editora: Coolbooks
ISBN: 978-989-766-152-5
Edição: 2020/ novembro

Sinopse: 
«O amor não é sentimento para repousos longos e confiantes, mas, como acontece com todas as coisas intensas deste mundo, é uma das fontes maiores da felicidade humana.»

Constança divide os seus dias entre dois mundos. Na cidade grande do Norte, dedica-se ao trabalho e a Guilherme, o companheiro com quem reparte os planos para o futuro. Na sua pequena aldeia do interior, encontra a doçura das memórias de infância e o carinho dos pais, enquanto apoia e conforta o irmão mais velho, Luís, recentemente regressado a casa, onde procura recuperar de um profundo desgosto.

Um inesperado desafio profissional força-a a alterar as rotinas. Se a distância geográfica a obriga a reconstruir a sua presença habitual entre os dois lugares, sentimentos novos e inesperados abrem-lhe um caminho até agora desconhecido pelo seu coração.

Entre a tragédia e a perda, o amor e a saudade, o novo mundo de Constança surge de forma intensa, surpreendendo-a a cada passo e a cada incerteza. Com ele, a sua reconstrução interior e também a espera, sempre paciente, pela felicidade…

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