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domingo, 24 de novembro de 2013

Tango da Velha Guarda

Autor: Arturo Pérez-Reverte
Edição: 2013, outubro
Páginas: 464
ISBN: 9789892324432
Editora: ASA

Sinopse:
1928. No salão deserto e silencioso de um transatlântico que navega pela noite dentro, um casal dança um tango ainda por escrever... Ela é Mecha Inzunza, uma mulher enigmática e melancólica. Ele é Max Costa, um elegante fura-vidas. Rumam a Buenos Aires, onde Armando de Troeye, marido de Mecha e músico afamado, enfrenta um extravagante desafio.
Ao abrigo das ruelas lúgubres e ilícitas da cidade, nasce entre Mecha e Max uma história de amor arrebatadora que será precocemente interrompida. Voltarão a encontrar-se apenas duas vezes ao longo das suas vidas.

Em 1937, numa intriga de espionagem na Riviera Francesa, um dos destinos preferidos da alta sociedade europeia. E em Sorrento, 1966, durante uma inquietante partida de xadrez. Aqui, o tempo é já de nostalgia. O jogo dos amantes está perto do fim. A sua paixão acompanhou o esplendor e a decadência da Europa do século XX e transcendeu o tempo e a distância. Sempre presente e sempre impossível.
Dois amantes dotados de um carisma apenas possível aos grandes personagens de ficção. O século XX como cenário teatral onde decorrem paixões, intrigas, aventuras e reencontros. Esperança e nostalgia. Luz e sombra. Arturo Pérez Reverte escreveu um romance trepidante e criou com Mecha Inzunza uma heroína épica e definitiva.

A minha opinião:
Em tempos ouvi que um bom romance é um que nos marca, que deixa uma marca indével. E não poderei fazer melhor elogio a esta leitura do que considerar que as personagens Max Costa e Mecha Inzunza vão figurar no universo das que, provavelmente, nunca esquecerei. Mecha Inzunza e Max Costa são carismáticos e fortes e protagonizam uma memorável história de amor em três actos ao longo de 40 anos.

Três períodos históricos distintos (1928; 1937 - marco; Guerra Civil Espanhola e 1966 - marco: a Guerra Fria) em que se entrelaça sedução, aventura, intriga, espionagem e suspense.

Romance longo de um hábil contador de histórias atento aos pormenores, pelo cuidado em caraterizar as personagens e os ambientes que as envolvem, assim como os contextos históricos em que se movem. Um romance que classifico de cinematográfico. 
Alternando o ano de 1966 do último reencontro, e os dois encontros anteriores, desenvolve-se a trama num crescendo interesse (sem nunca nos confundirmos ou perdermos). Lento e lascivo em 1928, depois audaz e perigoso em 1937, para concluir como inteligente e planeado em 1966.

Para mais tarde reler. Um prazer de ler. 

1 comentário:

  1. Este também está na minha wishlist :)
    (e tempo para ler??? não existe, começo a panicar com a quantidade de livros que tenho para ler)

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