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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Os Otimistas

A minha opinião:
Otimistas e livres. Uma geração que saía do armário e não desperdiçava a vida. Boystown em Chicago foi a primeira "aldeia" gay oficialmente reconhecida nos EUA. Em 1985, quando a história começa a SIDA alastra entre um grupo de amigos. Yale é o narrador. 
Fiona, a irmã da primeira vitima deste grupo é protagonista em 2015 numa demanda angustiada pela filha e pela neta, e confronta-se com as sequelas que ainda se faziam sentir. 

Mais interessante do que apaixonante pela narrativa lenta e pelo teor das relações marcadas pelo cíume e inconstância. A doença altera o modo de vida desta comunidade. A morte em massa por negligência e antipatia tornaram a SIDA em homicídio. Ou uma guerra em que se perdia a vida no auge e tudo mudava para os que ficavam. Um romance sobre a juventude perdida, que não correspondeu às minhas expectativas. 

Autor: Rebecca Makkai
Páginas: 576
Editora: Edições Asa
ISBN: 9789892346076
Edição: 2019/ setembro

Sinopse:
Numa tarde de novembro de 1985, um grupo de amigos reúne-se em Chicago. Bebem cubas-libres ao som de Fly Me to the Moon num ambiente de celebração forçada. Pois Nico morreu. Nico era brilhante e belo. Flores e lágrimas não lhe farão justiça.

A missa fúnebre decorre numa igreja a trinta quilómetros de distância. Apenas a família - que o abandonara anos antes - está presente. É uma cerimónia breve marcada pelo constrangimento.

Jovem e gay, Nico é uma das primeiras vítimas que o vírus da SIDA faz no seu círculo de amigos. Um dos mais próximos, Yale Tishman, acompanhou-o até ao fim e vive agora entre o medo da doença e a urgência de construir um futuro. Mas enquanto a sua carreira floresce, a sua vida pessoal vai ficando cada vez mais limitada. Um a um, Tishman vê os amigos perderem a vida. Até restar apenas Fiona, irmã mais nova de Nico.

Trinta anos mais tarde, reencontramos Fiona, agora em Paris.
Alojada em casa de um velho amigo, Richard Campo, um fotógrafo que documentou de perto a epidemia de Chicago, Fiona relembra a sua juventude. A sua capacidade de amar - a filha que entretanto teve, o marido que abandonou, os amigos que sobreviveram - foi modelada por esses anos.
Todos se afastaram, deixando-a só para enfrentar as consequências de três décadas ensombradas pela perda.

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