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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

As aves não têm céu



A minha opinião:
Estava empolgadíssima por ler este romance. A sinopse prometia... mexer com as emoções. O tipo de romance que nem sempre consigo ler. A morte de uma filha é avassalador. E a culpa associada, devastador. 

Neste romance lidamos com esta tragédia de Leto. Mas não apenas. Outras personagens entram e surpreendem numa história que não é corrida, nem simples, escrita de forma a que as palavras marquem em capítulos curtos, preenchido com figuras de estilo. 
Profundamente diferente. A dor como nunca a tinha lido. 

Autor: Ricardo Fonseca Mota
Páginas: 184
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03192-1
Edição: 2020/ janeiro

Sinopse:
Um homem vagueia pelas noites insones, revisitando o passado e a culpa que lhe vai consumindo os dias. A mulher trocou-o por outro e levou consigo a sua única filha, ainda pequena. Na semana de férias em que finalmente pode estar com ela, sofrem um acidente de viação que resulta na morte da filha.
A culpa e o passado cruzam-se neste romance feito de gente que vive no escuro, como o taxista que várias vezes apanha este pai e o transporta pela cidade silenciosa, e os dois companheiros com quem desde a morte da filha partilha o espaço.

Vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís 2015, Ricardo Fonseca Mota regressa à ficção com As aves não têm céu, um romance lírico que vem dar voz às sombras que se escondem nos recantos mais obscuros da alma humana.

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