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domingo, 26 de setembro de 2021

Quem disser o contrário é porque tem razão

A minha opinião: 
Desengane-se quem pense que leio este livro porque tenho pretensões à escrita. Nada mais longe da verdade. Aliás, há alguns anos este livro foi comentado numa Roda dos Livros e como tal, apesar de muito elogiado não me interessou. Desta vez, uma leitura conjunta me motivou e ainda que céptica (um outro livro recente de MdC não me cativou por aí além) dei-lhe uma oportunidade e fiquei rendida nas primeiras páginas por um refinado sentido critíco, dominio assertivo das palavras e um bom humor.  Não se trata de um livro convencional, com uma história, mas é exemplar e sem dúvida, uma leitura imparável e refrescante que muda a perspectiva de um leitor sobre o que lê. E se pretender esscrever, tanto melhor.
Ademais, são muitas as referências literárias dignas de registo.

Autor: Mário de Carvalho
Páginas: 280
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04699-4
Edição: 2015/ abril 

Sinopse: 
Ser escritor. O texto ficcional. Dilemas, enigmas e perplexidades do ofício. No vale das contrariedades. Nada do que parece é. O «assertivismo» é um charlatanismo. A valsa dança-se aos pares: escrita e leitura, autor e leitor, personagem e acção, causalidade e verosimilhança, contar e mostrar, o dentro e o fora, a superfície e o fundo. O bico-de-obra do primeiro livro. Por onde começar? Com que começar? Com quem começar? A manutenção do interesse. Não há regra sem senão; não há bela sem razão. Ou o oposto. Riscos, cautelas e relutâncias.

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