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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Uma Mulher em Berlim

 

A minha opinião: 

Muitos são os romances sobre a Segunda Guerra Mundial. E reais ou baseados em factos. Não opto por os ler porque me faz sofrer. Dos que li, este destaca-se. E é tão bom. É como o título indica sobre uma mulher em Berlim mas no fim da guerra. Culta, inteligente, jovem (não tem 30 anos) e fala russo.

Um importante testemunho sobre os civis que ficaram na cidade tomada pelos russos. E apesar dos horrores que sabemos sobre os nazis, surpreendeu-me o comportamento dos russos. Perseguiam as mulheres que se tornaram objectos sexuais. Esta mulher anónima escreveu diáriamente sobre o que ela e os moradores do edíficio onde se refugiou viveram num breve período. E numa escrita fluída e focada descreve a existência de núcleos não familiares, que se uniam por medo e necessidade. Os sentimentos congelados porque o instinto de sobrevivência se impõe. A coragem de resistir. Extraordinário documento humano.

Autor: Anónimo
Páginas: 304
Editora: Edições Asa
ISBN: 9789892323121
Edição: 2013/ junho 

Sinopse: 
Com início a 20 de Abril de 1945, o dia em que Berlim viu pela primeira vez a face da guerra, a autora deste diário descreve o quotidiano de uma cidade em ruínas, saqueada pelo exército russo.
Durante dois meses, afasta a angústia e as privações sofridas, e concentra-se no relato objectivo e racional das suas experiências, observações e reflexões.
Apesar dos constantes bombardeamentos, de actos de violação, do racionamento alimentar e do profundo terror da morte, este diário traçanos uma perspectiva única de uma mulher dotada de um optimismo notável, que não se deixa abater pelas agruras sofridas. Quem ler este diário, jamais o esquecerá.

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