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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

O Prazer de Guiar

A minha opinião: 

Tal como eu esperava, este pequeno romance é uma delicia. O prazer de viver, é disso que se trata quando o prazer de guiar era o espelho desse sentir. Uma projeção futura quando alguns dos problemas quotidianos foram resolvidos numa cultura tecnológica moderna, uniformizada, robotizada e automatizada. Muito engraçado e bem pensado Uma nova perspectiva. Os idosos, mais solitários, silenciosos e resilientes a tais mudanças, enquanto João e Raquel decidem arriscar e quebrar as normas. E têem um reencontro numa fase tardia depois de tanta mágoa. Acreditar na mudança se procurarmos oportunidade.
Valentina, é a anti-heroína numa sociedade da perfeição que apetecia entortar à martelada.

Um romance ligeiro e divertido que ainda assim nos dá que pensar. Bem escrito é um prazer de ler. Um prazer que não adio de ler autores portugueses que me falam ao coração. Lamechas?! Nem tanto. A nossa cultura e identidade surge ali representada e é um bom confronto. Um conforto até.

Autor: João Pedro Marques
Páginas: 160
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03019-1
Edição: 2021/ setembro 

Sinopse: 
Raquel e João têm cerca de setenta anos de idade. Amaram-se na juventude e, em tempos idos, foram casados e criaram filhos em conjunto antes de a vida os ter afastado. O Prazer de Guiar é a história do seu reencontro e reaproximação. É, também, simultaneamente, um romance on the road, no qual o casal reencontrado vai viver uma aventura adolescente que lhe reabre os horizontes numa fase tardia da sua existência.
O palco da sua aventura é Portugal no ano de 2032, um tempo em que o progresso tecnológico trouxe muito bem-estar, mas em que, paradoxalmente, cerceou as liberdades individuais. Uma época cada vez mais automatizada e robotizada em que o Estado já codificou quase tudo, impôs regras e normas em várias áreas da vida colectiva, mas proibiu muitas coisas, nomeadamente a possibilidade de conduzir nas cidades e principais estradas do país.
Serão Raquel e João capazes de lutar por esse direito que lhes foi negado? Terão sucesso no desafio que lançaram às autoridades? E conseguirão contornar ou iludir a opressiva e omnipresente vigilância policial?

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