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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Sira

 

A minha opinião: 

Assim que o recebi, não mais o larguei.

A continuação de O tempo entre costuras (que li recentemente) com uma protagonista inesquecível, cujo nome merece todo o destaque como título deste vertiginoso romance sobre a sua vida. Sira começou por ser uma menina humilde na castiça Madrid , jovem costureira em África e fraudulenta modista de um bairro distinto e recomeça casada com Marcus, quando acabam por ir parar á Palestina, um emaranhado de complexidades e conflitos, sem esperança de resolução.

Os laivos do que se segue, como que em jeito de desabafo, são bem vindo e motivadores. A estadia foi breve e novamente Sira foi arrastada para uma sigilosa intriga política e de espionagem. E não viajou só quando partiu para Londres ou regressou a Espanha.

Indubitávelmente, a descrição sumária de ambientes e locais que nos fazem sonhar num tempo de glamour, fascínio e risco são um bom complemento numa narrativa bem escrita que vicia. Não é coisa pouca porque são 600 páginas de um romance leve, bem enquadrado históricamente, envolvente e de muita ação. Dueñas escreve volumosos livros mas tão fáceis de ler e apaixonantes que se fica fã. Doze anos depois voltei a ficar rendida. Ainda bem que nos reencontrámos.

Autor: María Dueñas
Páginas: 608
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03485-4
Edição: 2021/ outubro 

Sinopse: 
A Segunda Grande Guerra está a chegar ao fim, e o mundo avança para uma reconstrução tortuosa. Depois de cumprir as suas obrigações como colaboradora dos serviços secretos britânicos, Sira encara o futuro ambicionando alguma serenidade. Mas essa paz tarda em chegar. O destino reserva-lhe um infortúnio trágico que a obrigará a reinventar-se e a, mais uma vez, tomar as rédeas da sua vida sozinha e lutar com todas as forças para se adaptar ao futuro.
Entre factos históricos que marcarão uma época, Jerusalém, Londres, Madrid e Tânger serão os cenários para as novas aventuras de Sira, onde enfrentará desgostos e novos riscos, reencontros inesperados e a experiência da maternidade.
Sira Bonnard – antes de Arish Agoriuq, antes de Sira Quiroga – não é a inocente costureira que nos deslumbrou com figurinos e mensagens clandestinas, mas o seu encanto permanece intacto.
Sira está de volta, carismática e inesquecível.
O regresso da protagonista de O tempo entre costuras.

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