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sexta-feira, 18 de maio de 2018

A rapariga que lia no metro

Autor: Christine Féret-Fleury
Edição: 2018/ março
Páginas: 168
ISBN: 978-972-0-03038-2
Tradutor: Artur Lopes Cardoso
Editora: Porto Editora

Sinopse:

De segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora matutina, Juliette apanha o metro em Paris. Nesse caminho diário e rotineiro para um emprego cada vez mais rotineiro, a viagem na linha seis é a única oportunidade de que Juliette dispõe para sonhar.

Aos poucos, essa necessidade espelha-se na observação dos demais passageiros, pelo menos, daqueles que leem: a velha senhora que coleciona edições raras, o ornitólogo amador, a rapariga apaixonada que chora sempre na página 247. Com curiosidade e ternura, Juliette observa-os como se, pelas suas leituras, lhes adivinhasse as paixões, e a diversidade das suas existências pudesse dar cor à sua vida, tão monótona e previsível.

Até ao dia em que, seguindo um impulso invulgar, decide descer duas estações antes da paragem habitual - e esse gesto, aparentemente inocente e aleatório, acabará por se tornar o primeiro passo de uma experiência completamente alucinante e tão perturbadora quanto a de Alice no País das Maravilhas.

A minha opinião:
Ao ver este pequeno livro recordei-me de "O Leitor do Comboio" e fiquei ansiosa por o ler. Livros que reportam a outras livros são sempre desejáveis para uma livrólica. Nem sempre são bons, mas ainda assim são imperdíveis.

O título fisgou-me logo, ou não fosse eu também uma rapariga que lê no metro. E tal como Juliette tenho algumas rotinas em que  observo as pessoas e o que lêem. Aborrece-me um pouco quando os livros vão tapados, mas compreendo que desse modo protegem a sua privacidade e a integridade dos livros.

Lamentavelmente, não me agarrou. O tom é de desalento e melancolia. Esperava que ficasse mais animado e nem por isso. A esperança e entusiasmo passou ao de leve. As referências a livros e autores, bem como as manias de leitor foi o que mais me agradou. As personagens não são relevantes, apenas suporte para os verdadeiros protagonistas, os livros. Julliette, a personagem principal merecia mais, assim como a criança Zaide. 

Enfim...

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