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domingo, 29 de novembro de 2020

Bela

A minha opinião:
Belas palavras para um profundo sentir na vida ficcionada de Florbela Espanca. O desfecho trágico por ela escolhido é o início deste romance que, para uma leiga como eu, poderia ter sido escrito por ela em verso, tal o encantamento das palavras.

A comoção e a força pulsa das palavras que neste estranho retiro li. Uma mulher singular, ícone da literatura portuguesa. Uma história que sempre me atraiu e muito bem escrita por Ana Cristina Silva que parece ter captado o espírito da poetisa. Uma alma atormentada que procurava desesperadamente ser amada. Impossível ficar indiferente. 

"Fiz versos porque tinha a boca cheia com os gritos de uma criança que ninguém amou.
...
Esqueci em parte essas memórias de infância e ao mesmo tempo nunca saí delas." (pag.73)


Autor: Ana Cristina Silva
Páginas: 184
Editora: Bertrand
ISBN: 9789722540766
Edição: 2020/ outubro

Sinopse: 
A 8 de dezembro de 1930, Florbela Espanca tirou a própria vida. Era o dia do seu aniversário. Fazia 36 anos.
A vida de Florbela é um retrato de um espírito criativo, insatisfeito, complexo, com laivos de luz e sombra no Portugal na viragem do século XX.
Nesta biografia ficcionada, Ana Cristina Silva faz mais do que contar-nos a história de Florbela, abre-nos a porta para os seus sentimentos, pensamentos e paixões.

Florbela foi uma mulher não convencional, que ousou viver plenamente, ainda que muitas vezes tenha sido infeliz. Encontrou na poesia, desde tenra idade, a natural expressão das suas paixões, das suas mágoas, de um erotismo sublime e sempre, sempre da procura do Grande Amor. Recusou viver pela moral dos outros e teve a coragem de abrir o seu próprio caminho.

Um romance psicológico envolvente, arrebatado e original que narra as paixões, os desencontros, os reveses e a força criativa de uma poeta cuja vida terminou cedo demais mas cuja obra perdura.

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