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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Águas Profundas

Autor: Robert Bryndza
Edição: 2018/ janeiro
Páginas: 328
ISBN: 9789899993389
Tradutor: Ana Lourenço
Editora: Alma dos Livros

Sinopse:
Debaixo de água, o corpo afundou-se rapidamente. Ali permaneceu, imóvel e imperturbável durante muitos anos, mas, lá em cima, fora de água, o pesadelo estava apenas a começar.
Quando a detetive Erika Foster recebe uma denúncia anónima informando que uma prova fundamental relacionada com um caso de narcóticos estava escondida numa pedreira abandonada nos arredores de Londres, ela manda investigar a pista. No espesso lodo das águas encontram as drogas que procuravam, mas também os restos mortais de uma criança pequena. O esqueleto é rapidamente identificado como Jessica Collins, a menina de sete anos que fizera as manchetes das notícias vinte e seis anos antes.

Ao mesmo tempo que tenta juntar provas novas à investigação, Erika depara-se com uma família que guarda muitos segredos, uma detetive atormentada pelo fracasso e a morte misteriosa de um homem que vivia junto à pedreira.

Será o assassino alguém dos elementos mais próximos da menina? Há quem não deseje ver o caso resolvido. E tudo fará para impedir Erika de descobrir a verdade.

A minha opinião:
Gosto de um bom policial. Daqueles que nos agarram e não largam até chegarmos ao final. Um final que não conseguimos prever. Uma personagem antipática ou demasiado simpática que parece suspeita, sem com isso alcançarmos o mote para o crime. Uma trama tão bem urdida que acompanhamos atentamente sem perceber onde vai descambar quando surge a primeira pista. Uma intriga vagamente familiar a um outro caso muito mediático ainda por deslindar. Enfim... em dois dias devorei este livro e sem ser initerruptamente porque tive que trabalhar. 

Numa investigação descobrem um cadáver de uma criança e Erika decide que tem que desvendar este crime que ocorreu vinte seis anos antes e apanhar o rasto a um assassino que ficou impune e que vai querer desaparecer. O desaparecimento de uma criança é um crime hediondo e provoca forte comoção social. Como leitor também não se fica impassível. A angústia da incerteza que se quer apaziguar com respostas. São necessárias personagens fortes que interajam desembaraçadamente para não o defraudar, o que é plenamente conseguido neste policial.

O prólogo que termina com a frase "À superfície, o pesadelo estava a começar" deixou-me empolgada para perceber os contornos do enredo que deu origem a um outro crime simulado de suicidio. E não parei de admirar a narrativa assinalada por muitos diálogos e marcada por pequenos capítulos, muitos deles recuados no tempo. A familia de Jessica provocou-me calafrios. 

Um bom sortilégio levou-me a ganhar este livro num passatempo. Adorei.


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