Páginas

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

As Filhas do Capitão

A minha opinião:
Quase seiscentas páginas não é coisa pouca. Os romances de Maria Dueñas são pesos pesados. "O tempo entre costuras" é o único que tenho por ler, enquanto "As vinhas de La Templanza" foi uma leitura prazerosa que me encheu as medidas. Esperava o mesmo deste novo romance da autora e apesar de começar com menos ímpeto foi conquistando paulatinamente o meu entusiasmo com as fantásticas filhas d' O Capitão e a irmã Lito numa Nova Iorque dos idos anos trinta. A narrativa vibrante e vivaz como uma dança de flamenco fácilmente me levou a visualizar as cenas com as aguerridas personagens, os seus afectos, agravos e receios neste romance sobre desprovidos imigrantes. A escrita de Maria Dueñas tem esse poder. 

O romance é sobre o clã formado por quatro mulheres que foram ao encontro do seu destino, quando Emílio assentou arrebatado um negócio que mal conseguiu abrir em que deixou a familia desamparada e endivídada. Duríssima vida esta que as ensinou a sobreviver enquanto eu até às tantas lia impressionada por estas mulheres e ansiosa para conhecer o desfecho que a autora cumpriu com talento e acerto.
Sem mais... Obrigada Porto Editora.

Autor: María Dueñas
Páginas: 576
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03218-8
Edição: 2009/ Setembro

Sinopse:
Nova Iorque, 1936.
O pequeno restaurante O Capitão abre as portas na rua 14, um dos enclaves da colónia espanhola que sobrevive na grande cidade americana.

A morte acidental do seu dono, o libertino Emilio Arenas, obriga a que as suas filhas indomáveis – filhas também da loucura dos anos 20 – assumam as rédeas do negócio, enquanto nos tribunais se resolve a herança.

Abatidas pela súbita necessidade de sobreviver, as temperamentais Victoria, Mona e Luz Arenas abrirão caminho através das adversidades, decididas a transformar um sonho em realidade.

Com uma leitura tão ágil quanto envolvente e emocionante, As Filhas do Capitão conta-nos a história de três jovens espanholas que se veem obrigadas a cruzar um oceano, instalando-se numa cidade deslumbrante, e lutar com bravura para encontrar um caminho.

Baseado numa história real, este romance é também um tributo a todas as mulheres que resistem, mesmo quando os ventos sopram em desacordo, e uma homenagem aos valentes que viveram – e vivem – a aventura, simultaneamente épica e quase sempre incerta, da emigração.

Sem comentários:

Enviar um comentário