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segunda-feira, 22 de junho de 2020

O comboio das crianças

A minha opinião:
Amerigo é um menino de sete anos em 1946, no pós guerra em Nápoles. Sem pai, vive apenas com a mãe´. Um menino pobre que nunca teve sapatos seus e olha para os sapatos das pessoas. Um menino que tem a esperteza das crianças de rua e que um dia viajou no comboio dos comunistas para o Norte e conheceu outra vida. Outro destino.
 
A capa, expressiva, com o rosto do menino, sugeria-me outro tempo e se não tivesse lido a sinopse não o teria começado a ler e teria perdido o mundo visto pelos olhos desta criança. Um romance espantosamente bem escrito que impressiona porque escrever uma história em que o narrador/ protagonista é tão novo não é fácil. Não é um romance piegas ou fantasioso mas credível e terno. O amor de mãe e o amor divido ao meio de filho. Um amor que não se perde neste romance inesquecível.
 
Se não souber o que ler este verão, lembre-se deste romance. Não o vai pousar mal comece.  
 

Autor: Viola Ardone
Páginas: 296
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03267-6
Edição: 2020/ junho
 
Sinopse: 
Nápoles, 1946 Amerigo, um menino de sete anos, deixa a vida que sempre conheceu em Nápoles e parte num comboio. Não sozinho, mas no meio de milhares de outras crianças do Sul de Itália que atravessam o país para passarem alguns meses com uma família do Norte, enquanto a sua terra natal se reconstrói do caos e da destruição.
Com o espanto típico de uma criança de sete anos e a astúcia de um rapaz de rua, Amerigo mostra-nos uma Itália que renasce da guerra e conta-nos como, mesmo renunciando a tudo - até ao amor da própria mãe -, é nessa viagem que descobre o seu verdadeiro destino.
Um romance apaixonante sobre uma pequena testemunha de uma Grande Guerra e da sua luta pela sobrevivência e pelo amor. O fenómeno italiano vendido para 25 países que irá derreter o seu coração.

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